M1xY
Guilherme Santos   Caruaru, Pernambuco, Brazil
 
 
“Jogos não devem ser apenas divertidos. Eles devem ensinar ou despertar o interesse em outras coisas.” :aceok:
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Desbrave o sombrio e desafiador reino de Hallownest e torne-se o Cavaleiro Vazio!

Começando como uma campanha de sucesso no Kickstarter, o bom desempenho da ideia por trás de Hollow Knight abriu caminho para que uma empresa como a Team Cherry, composta por apenas três membros, pudesse apresentar sua visão sobre um gênero que entra cada vez mais no esquecimento. O Metroidvania vem sofrendo uma decadência constante a cada ano que se passa, mas os poucos e valiosos projetos independentes lançados conseguem perdurar o legado daqueles que moldaram e estabeleceram esse gênero na história dessa indústria. Por sua vez, Hollow Knight olha com o devido respeito para o legado de cada aspecto que serviu de referência para sua obra, não tentando se destacar ou aparecer mais que seus predecessores, inserindo as mecânicas, estruturas e premissas parecidas, enquanto minunciosamente coloca alma e beleza própria em cada canto do profundo e subterrâneo mundo de Hallownest, dando todo um ar de grande jornada ao se aventurar nessa gélida história sobre a decadência de seu reino, mas que ainda consegue ter seus momentos de admiração e fascínio, que irá lhe envolver com uma curiosidade incessante em desbravar esse mundo e descobrir seus mistérios, construindo assim um dos pináculos mais influentes e marcantes de todo o gênero.

O mundo criado pela Team Cherry é simplesmente encantador. Hallownest possui uma variedade surpreendente de áreas que transmitem uma atmosfera única e particular de cada local, além de diferenças na própria jogabilidade. A liberdade dada para desbravar o subterrâneo reino de Hallownest entrega ao jogador um punhado enorme de sensações e expectativas do que pode ter acontecido nesse reino decadente, te instigando a descobrir seu próprio universo à sua maneira, entregando poucos detalhes de sua história trágica sobre essa sociedade de insetos antropomorfizados, sendo passada através de uma narrativa ambiental exemplar. Cada área de Hallownest tem sua identidade própria, com visual e atmosfera inerente a sua concepção, sendo ampliados por esse sentimento de um passado presente naquele local, constantemente reforçados por uma ambientação fortemente detalhada, além de contar com desafios e inimigos específicos de cada local, com características e modos de enfrentamento próprios. Essa numerosa quantidade de áreas exploráveis também se reflete num level design que, independente da direção que você tome, sempre haverá uma quantidade massiva de chefes, itens e segredos para você desvendar.

Espelhando-se num design de mundo baseado nos conceitos de interconectividade de Dark Souls e Zelda, e múltiplos caminhos do gênero Metroidvania, Hollow Knight não se prende a dicas ou objetivos no mapa, ao oferecer diversas rotas possíveis ao jogador, permitindo que você crie seu próprio caminho de diferentes maneiras, reforçando um senso de liberdade e autonomia, além de criar uma sensação constante de progresso, por mais perdido que você possa estar. Independente de onde for, sempre terá algo de novo para se fazer. Cada nova habilidade adquirida abre um leque imenso de áreas para explorar, o que dá uma sensação de continuidade a cada pequeno traço de progresso feito. Graças a isso, mesmo que o sentimento de perda se faça presente em grande parte dessa jornada, ele sempre estará sendo recompensado por um descobrimento constante. A Team Cherry nos entrega um mundo gigantesco para explorar, repleto de conteúdo para inúmeras horas de jogo, mas ela não tem medo em esconder quantidades massivas de segredos que seu mundo possui. Perca uma simples chave ou uma parede quebrável e você poderá nunca enfrentar um chefe, ou até mesmo explorar uma área inteira. Contudo, por mais negativo que isso possa soar, uma segunda jogada ou uma exploração mais dedicada mesmo após terminar o jogo se mostram incrivelmente vivas, com novas descobertas desse mundo tendo ainda mais força, tornando aquela sensação de perder algumas horas indo e voltando nas diversas áreas de Hallownest em algo completamente comum e intuitivo nessa nova fase de sua aventura.

Backtracking é a principal característica do gênero Metroidvania, e Hollow Knight entende e aplica esse conceito firmemente em seu gameplay. Instigando o jogador em cada área com um número gigantesco de entradas a seguir, diversos desses caminhos só poderão ser acessados com as devidas habilidades, o que amplia bastante esse senso da necessidade de ir e vir em cada área, deixando esses trechos marcados na sua memória para uma revisitação futura. Dado que o backtracking é uma função inerente ao gênero Metroidvania, não é nenhuma surpresa que estivesse tão presente em um jogo que bebe assumidamente da fórmula. Graças a enorme variedade de segredos espalhados pelo mundo de Hallownest, andar repetidamente pelas áreas sempre acrescentará em algo novo, mas a necessidade de ter que ir e voltar tantas vezes para o prosseguimento do jogo pode se tornar um tanto cansativo em certos momentos, visto que o sistema de viagem rápida não é eficiente o suficiente para te livrar de percorrer longas distâncias. Problemas como esses são comuns em Hollow Knight, o que pode engessar o ritmo de sua jornada, ao se ver passando pelos mesmo lugares repetidas vezes. No entanto, a sensação real de explorar cada canto é um ponto extremamente satisfatório para aqueles verdadeiramente dispostos a se aventurar em seus desafios.

Hollow Knight não possui um dos combates mais elaborados, mas é justamente na simplicidade que seu sistema brilha. Aliando primorosamente suas mecânicas simples, ressaltadas pela fluidez e precisão em seus movimentos, com uma jornada repleta de desafios, Hollow Knight entrega um sistema de combate fácil de se aprender, mas desafiador de se lapidar. Seu combate é sobre posicionamento e tempo de resposta, mas dominar esses dois aspectos é um objetivo complicado, mesmo que nunca frustrante. Contando com uma curva de dificuldade semelhante à utilizada na saga Dark Souls, seus inimigos não apresentam tamanho perigo inicialmente, mas progridem gradualmente até o ponto de se tornarem verdadeiros obstáculos em certo ponto. Para facilitar essa jornada, o nosso cavaleiro conta com uma boa variedade de habilidades adquiridas no decorrer de seu caminho, o que aumentará a dinâmica proposta em cada uma de suas batalhas. Sua progressão nas melhorias das habilidades e suas variantes, assim como da arma utilizada também escalam bem com o gameplay, principalmente para aqueles que exploram tudo, mas sem acabar deixando a experiência muito fácil. Por fim, seus amuletos proporcionam uma variedade definitiva para suportar os mais destintos estilos de gameplay, onde estratégias agressivas ou defensivas são igualmente beneficiadas e tem seu devido espaço para serem exploradas dentre tantas possibilidades. Além disso, a enorme variação também se reflete através de combinações específicas de amuletos que alteram consideravelmente as mecânicas deles, permitindo ao jogador abusar de ainda mais opções e formas de jogar.

Hollow Knight é talvez o maior e mais expansivo Metroidvania das últimas décadas. A quantidade de conteúdo em comparação aos seus semelhantes do gênero é quase abismal, mas tudo é ampliado por doses gigantescas de carinho e polimento posto em cada detalhe. Seja numa ambientação visual deslumbrante, sendo impulsionado por uma atmosfera envolvente, por um level design complexo e labiríntico, uma trilha sonora tocante e sentimental ou num genuíno sentimento de aventura através da exploração, desbravar o subterrâneo mundo sombrio e gélido de Hallownest é uma aventura impar, trazendo momentos de admiração constantes, envolvidos num misto de fascínio e curiosidade. É uma experiência desafiadora e indispensável para amantes do gênero, mas é também com essa obra que a Team Cherry se firma no mercado de 2D platformers com excelência, trazendo o que para mim, tornou-se a melhor experiência que já tive com um jogo indie e um dos meus favoritos de todos os tempos.
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Vulnerabilidade e Insegurança: Uma constante caçada onde você é a presa!

Jogos de terror sempre foram uma incógnita para mim. Por mais que eu admire bastante que experiências aterrorizantes possam ser genuinamente divertidas, envolvendo o jogador numa dualidade constante de tensão e alívio, é difícil encontrar a motivação necessária para me arriscar nesses ambientes tão opressivos. É o incômodo inquietante em saber que algo pode estar te observando nas sombras, esperando o menor dos seus vacilos para lhe atacar e acabar com sua tranquilidade, que desencoraja muitas das minhas vontades com certos jogos. Sei que enfrentar esse medo é sempre uma tarefa complicada para os corajosos que se aventuram nesse gênero, mas essa acaba sendo uma tarefa ainda mais complexa comigo que tenho pavor do gênero. Contudo, conforme eu tento me incentivar a descobrir novas experiências nessa indústria, decidi me focar para essa que é uma das minhas maiores frustrações com jogos, enfrentando esses medos e mergulhando de cabeça nessa atmosférica e sinistra estação espacial. E ao fim de quase 20 horas de pura tensão e adrenalina, posso afirmar que essa é, de longe, uma das melhores experiências que já tive, e isso tem alguns motivos.

Para servir de palco para suas ideias, toda obra de terror que se preze precisa de uma ambientação forte em sua concepção. Algo que seja impactante o suficiente para alimentar seus maiores pesadelos, fazendo com que a mente do jogador possa depositar seus medos nesse ambiente. Nesse sentido, Sevastopol é um prato cheio para qualquer amante do gênero. Devido a algumas falhas no setor de energia, essa gigantesca estação de suprimentos está passando por crises de mau funcionamento, transformando-a em uma grande sucata flutuante. Corredores bagunçados, dutos enferrujados, instalações médicas desativadas, tudo nessa estação está inoperante, o que gerou uma enorme comoção de seus habitantes, que agora agem sem regras de acordo apenas com suas necessidades. Praticamente todos são seus inimigos, desde os humanos que ainda restaram em meio a todo esse caos, assim como os robôs sintéticos que eram responsáveis pelo gerenciamento de Sevastopol. Absolutamente tudo está caindo aos pedaços, criando o ambiente perfeito para comportar um jogo com foco em stealth, aonde se esconder das ameaças presentes é a chave para atingir seus objetivos.

Falando em ameaças, o nome “Alien” não está no título à toa. Esgueirando-se pelos cenários sombrios e atacando de surpresa após qualquer pequeno barulho, o Alien cria uma tensão enorme simplesmente pela possibilidade de sua presença, aonde mesmo um singelo ruído dele se movendo nos dutos de ventilação acima de você é capaz de gerar uma desconfiança instantânea, alterando totalmente sua rota só para fugir de perto dessa criatura. Sendo por muitas vezes imprevisível, dinâmico e demonstrando um aprendizado de acordo com suas ações, o Alien é o maior dificultador dessa jornada. Sua aparição em qualquer ambiente já é o suficiente para moldar as ações do jogador, seja ao obrigá-lo a ficar sempre abaixado para reduzir o som de seus passos, ou induzindo-o a ficar trancado num armário durante alguns minutos. Independente do que aconteça, você sempre estará executando seus passos baseando-se no Xenomorfo, criando uma ótima deixa para incentivar a furtividade do jogador, buscando evitar qualquer possibilidade de encontro com esse ser. E mesmo eu não sendo o maior fã do gênero stealth, aprecio muito como Alien: Isolation distribui sua furtividade em meio aos seus cenários aterrorizantes.

Ter que me enfiar pelos dutos e corredores enferrujados de Sevastopol foi uma das experiências que mais me exigiu paciência e noção de espaço, sempre entregando áreas complexas de se navegar, sendo vigiadas por esse assassino implacável e brutal. E por se tratar de uma criatura invencível, enfrentar esse alienígena é sempre uma péssima ideia. Mesmo que ao longo de sua exploração nessa estação espacial, você encontre diversas armas e ferramentas de combate, como um revólver, espingarda, lança-chamas, etc, nada será definitivamente efetivo com o Xenomorfo, sendo seus maiores aliados a paciência para se esconder e um sensor de movimentos, essencial para evitar encontros com a criatura. Contudo, para superar o jogador e proporcionar ainda mais momentos de tensão, o Alien possui uma inteligência artificial bastante elogiável. Por vezes, ele fica rondando o mesmo local, procurando você em cada canto, exigindo que você tenha que adiantar seus movimentos e escapar de sua visão. Essa brincadeira de gato e rato geram situações de tirar o fôlego, como ao se esconder num armário e o Alien começar a olhar dentro dele para conferir se você está lá. São esses momentos que fazem o terror de Alien: Isolation brilhar tanto comigo, e para um novato na franquia, devo admitir que foram esses momentos que garantiram um pequeno espaço para esse alienígena sinistro em meus pesadelos.

Por se tratar de uma obra que faz referência direta ao filme “Alien, o Oitavo Passageiro”, servindo quase como uma continuação dos eventos, é interessante ver como pequenos detalhes são transportados para o jogo com muita fidelidade. Algumas instalações de Sevastopol são quase recriações da Nostromo, nave em que se passa o filme, além de trazer muito daquele charme característico dos anos 70. A representação da tecnologia é um dos aspectos mais curiosos nesse sentido, por retratar uma visão tecnológica futurista de uma forma bastante analógica, com computadores e sistemas bem ultrapassados para nossos padrões atuais. Falando desse jeito, pode-se dizer que a melhor experiência talvez seja adquirir o conhecimento prévio do filme antes de adentrar em Sevastopol, mas devo ressaltar que isso é inteiramente opcional. Mesmo com referências estéticas e narrativas, Alien: Isolation é sólido como uma experiência única em qualquer sentido. Porém, criar esses paralelos entre o filme e o jogo pode acabar sendo uma boa maneira de apreciar ainda mais os ótimos designs dessa estação espacial e toda essa história que carrega.

Alien: Isolation é o típico jogo que vai muito além do susto, preocupando-se muito mais com uma construção sólida de tensão e medo para atingir seus ideais de desespero. Contando com um trabalho impecável na criação dos ambientes abandonados de Sevastopol, um design de som invejável e um assassino feroz e desalmado para aterrorizar o jogador, o jogo consegue traduzir com maestria o sentimento de isolação em uma instalação espacial tomada pelo caos. Cada objetivo era acompanhado de uma insegurança enorme, me deixando cada vez mais amedrontado em prosseguir na minha missão. E mesmo com eventuais deslizes, como uma repetição exagerada de tarefas bem parecidas, taxa de quadros baixa em cutscenes ou a inteligência artificial dos inimigos desligando simplesmente do nada, eu não consigo não ver esse jogo como um clássico do terror moderno. Para alguém que estava afastado há tanto tempo do gênero, Alien: Isolation me puxou com tudo para dentro desse espiral de pavor e receio!
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survetinhu 6 Dec, 2024 @ 7:32am 
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survetinhu 28 Nov, 2024 @ 1:40pm 
esse é o gatinho da fortuna ❤️
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   /` ミ_xノ
   /  ヽ   ノ
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| ( ̄ヽ_ヽ)__)
\二つ
repasse se você tem envolvimento com os chips implantados nas vacinas de Covid-19 no dia 11 de janeiro de 2020 as 19:43, produzidos em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac que terminarão com metade da população mundial até os meados do ano de 2042.