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32.9 hrs on record (19.8 hrs at review time)
Isso é pôquer. PÔQUER! Com...um monte de curingas estranhos e arcanos de tarô e planetas e...

Mas é pôquer! Como um conceito tão simples pode ser tão bem executado e tão viciante?

Compre e perca sua vida. Você vai sonhar com jogadas de pôquer. A musiquinha do jogo vai aparecer na sua mente enquanto você trabalha, enquanto come, enquanto faz xixi. Você terá que controlar durante todo o dia o impulso de clicar no ícone "Balatro" do pc.

E na hora em que finalmente ceder...vai valer muito a pena porque esse jogo é bom demais.
Posted 31 January.
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3 people found this review helpful
17.5 hrs on record
Engraçado como minha opinião sobre esse jogo foi mudando conforme o tempo passava.

Impressão inicial: UAU, isso sim é uma direção de arte, visual espetacular. Pena que a trilha sonora não faça jus...mas ainda gostei.

Pouco tempo depois: Nossa, que combate lixo. Estou inclinada a tacar um "não recomendado" só por causa do combate.

Algum tempo mais tarde: Até que o combate melhora um pouco com os upgrades, embora continue desajeitado. Estou começando a entender a história e...é interessante, apesar da falta de carisma dos personagens - menos o demônio. ~Beeeenediiiiiicttttttt~

Perto do fim: Sério que só tinha isso de boss? Que preguiçosos.

Jogo finalizado: Não é perfeito...mas curti. Gostei da vibe noir, gostei dos visuais e gostei da história. Não gostei do combate, então...acho que valeu.
Posted 29 January.
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6 people found this review helpful
129.5 hrs on record
Não poderia recomendar mais.

Esse jogo é a coisa mais divertida do universo. As side quests são as mais inspiradas que já vi desde The Witcher 3, eu ria alto sozinha na minha sala com algumas delas.

Os minigames são quase todos muito bons também. Adorei catar latinhas enquanto derrubava os outros mendigos das bicicletas deles ou fazer minha empresa de biscoitos crescer até ficar no topo da bolsa de valores.

O Ichiban é carismático demais, todos os membros do grupo também são. Não tem como não gostar dele e não torcer por ele. Ele é tecnicamente um bandido, mas é um amor. hahaha

Eu nunca tinha jogado um Yakuza antes, peguei esse especificamente por ser um RPG de turno e curti a jogabilidade. Simples, não inventa a roda, mas é efetiva.

Resumindo: vale muito mesmo com preço cheio se você gosta de RPG japonês, especialmente daqueles em cenários mais contemporâneos.
Posted 24 January.
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43.6 hrs on record
Cara, que joguinho charmoso.

Ele consegue unir a nostalgia de um JRPGzão de turno com jeitão de anos 90 com um nítido frescor.
Você joga e sente que é um jogo novo apesar de ele claramente se inspirar em títulos antigos.

A arte é de longe a melhor coisa do jogo, muito bonita mesmo. O design de personagens é bem feito, os ambientes são variados e conseguem imprimir o mood certo. Tudo complementado por uma competente trilha sonora.

A história é bem basicona, tem alguns plot twists legaizinhos mas não é nada muito denso. Nos primeiros minutos de jogo você já sabe basicamente como ele vai terminar - a graça é o percurso. O design ambiental é super bem feito, você não se sente repetindo mapa nenhum.

O combate é ok. Bem padrão de JRPG de turno, sem mecânicas sensacionais. Golpes normais, golpes combinados, golpes especais...o feijão com arroz.

Agora que estou sabendo que vai ter DLC de história grátis só posso recomendar. Adoro quando tratam o público com carinho.
Posted 23 December, 2024.
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12.8 hrs on record (8.7 hrs at review time)
Jogo com aquele jeitão de adventure pixel art point-and-click dos anos 90. Recomendadíssimo.

Os casos são todos muito bem montados e a trama por trás de todos eles é cativante, com plot twists excelentes. A arte é boa e a mecânica de resolução dos casos também - os últimos vão te fazer quebrar a cabeça. A competente trilha sonora ajuda a montar o clima de mistério.
Posted 8 December, 2024.
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139.3 hrs on record
TLDR:

É meio que Persona, mas não é Persona. É meio que SMT, mas não é SMT. Se você gosta de jogos da Atlus, quase certamente vai gostar desse. E se nunca jogou um, é um excelente ponto de entrada.

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Se eu recomendo? CLARO que eu recomendo. A indicação a GOTY é mais que merecida.

O jogo tem, sim, aquela estrutura formulaica de jogo da Atlus - vínculos sociais, limite de tempo para completar tarefas, herói (quase) quieto, entre outras coisas...mas ele consegue ter identidade própria mesmo assim. Não é simplesmente um Persona medieval (e, para falar a verdade, nem sei se dá para dizer que o jogo é realmente medieval, em certos aspectos ele parece mais steampunk).

O combate é excelente. Diferentemente da maioria dos JRPGs - nos quais os chefes são as batalhas realmente interessantes e todo o resto é ruído que você tem que aturar para passar pelas dungeons e grindar - cada batalha nesse jogo, se você não estiver bem ligado, pode te surpreender, graças a um sistema em que esquivar ou bloquear um ataque pode virar completamente o rumo da batalha, a seu favor ou contra. Morri para inimigos comuns mais de uma vez nesse jogo por não estar prestando atenção o suficiente. E outra coisa legal é que se o nível do seu personagem for suficientemente alto para aquela dungeon, você pode matar os inimigos com 1-hit kill como se fosse um action RPG.

A arte e o design das cidades e das dungeons são todos muito bons. As dungeons em si são na maioria bem básicas em estrutura - explore, mate inimigos, chegue do outro lado - mas são bonitas e ajudam a compor o clima das missões. A arte dos personagens é especialmente linda. Até mesmo de personagens super secundários.

Por falar em personagens, esse é o segundo melhor cast de tudo que joguei este ano (só perdendo para FFVII-Rebirth). Todos os personagens são carismáticos e têm backstories interessantes. Queria ter visto os personagens interagindo mais entre eles, mas não chega a ser uma falta. Basilio melhor personagem <3

Quanto à história...claramente é uma...huh...metáfora para o racismo e a intolerância. Os jogos da Atlus tendem a ter temas bem claros sobre os quais se assentam, e esse não é exceção. Você tem raças privilegiadas, raças que sofrem e toda a tensão que existe em decorrer disso. E no meio dessa confusão - e se aproveitando dela - temos um vilão que, claro, tem por objetivo aparente tomar o poder. Mas vai muito além disso. Louis Guiabern, pra mim, já entrou no rol de vilões memoráveis de JRPGs ao lado de figuras como Sephiroth e Luca Blight. Toda vez que ele aparece é uma delícia, você consegue sentir a tensão no ar. Ele é convincente como uma figura temível e mortal e diz rapidamente a que veio.

Boa parte disso se deve também ao excelente trabalho de dublagem em inglês. Altíssimo nível mesmo. Aliás tenho percebido isso quando jogos são dublados por estúdios britânicos - o mesmo aconteceu com Final Fantasy XVI. É sempre outro nível de atuação.

Por fim, a trilha sonora...ela é...diferentona. No início dá até para estranhar um pouco, mas logo fui me afeiçoando e curtindo. É única, ousada e difícil de esquecer, o que é bom para um jogo. No fim eu já estava cantando sozinha o leitmotif da Akademia. Enfim, Shoji Meguro, né.

Então é isso. Vale o preço cheio facilmente. JOGAÇO.
Posted 7 December, 2024.
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2 people found this review helpful
3.6 hrs on record
Este não é um jogo perfeito. De vez em quando tem uns bugs estranhos, a navegação pelo terreno às vezes é meio esquisita, eu me perdi mais vezes do que eu gostaria - especialmente depois de sair de El Condor - o que foi meio frustrante.

Mas eu vou recomendar mesmo assim porque esse jogo tem coisas mais importantes que defeitinhos pontuais: ele tem alma. Ele tem uma vibe, ele tem essa capacidade de te transportar para outro lugar que nem todo jogo tem. As paisagens são lindas e casam perfeitamente com a trilha sonora. Além disso, eu adoro quando desenvolvedores se arriscam com conceitos pouco explorados. Na hora em que li "RPG de mochileiro" eu fui conquistada. Só pelo risco e pela coragem nesse tempo mala de "remakes", "remasters", "reloads", "reboots" vocês merecem a recomendação.
Posted 15 November, 2024.
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A developer has responded on 15 Nov, 2024 @ 6:34pm (view response)
339 people found this review helpful
28 people found this review funny
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79.0 hrs on record (76.6 hrs at review time)
Começo meu review dizendo que estou recomendando, mas fiquei a um triz de não recomendar.

É realmente um daqueles casos em que o jogo não é bom o suficiente para merecer um "SIM!" enfático nem ruim o suficiente para merecer um "NÃO" contundente.

Dragon Age: The Veilguard é...um jogo ok.

É, portanto, um decepção. Um Dragon Age não deveria ser apenas um jogo ok.

Eu jogo Dragon Age desde o Origins. Lembro quando o ponto do jogo era justamente o de ter uma vibe mais dark, mexer com assuntos mais pesados, ter storylines mais densas, personagens complexos, conflitos para torturar o jogador com decisões impossíveis. Até o marketing do jogo nessa época martelava tanto essa ideia que ia até pra um lado meio cafona, exagerado - lembram daquele vídeo promocional com música do Marilyn Manson e tudo o mais? hahahah

Bons tempos.

Como tudo hoje em dia, Dragon Age foi devidamente ~higienizado~ para se adaptar aos novos tempos. Se nos jogos anteriores, o jogador era transportado para o tenso e quebrado mundo de Thedas, agora somos transportados para um outro mundo mágico cheio de criaturas estranhas: o Twitter/X, onde tudo é militância e palavras machucam.

"Nossa, que exagero". Exagero?

Lembra dos temas pesados que mencionei antes? Como, por exemplo, o caso dos elfos, perseguidos e discriminados em uma clara alegoria do racismo. Veilguard começa exatamente onde Inquisition terminou - com um deus élfico que deseja salvar seu povo do sofrimento que ele mesmo causou...com métodos um tanto extremistas. Era para esse ser um ponto central na trama. Isso até mesmo é SUGERIDO no Inquisition. Mas nesse jogo? Puf. Nada. Ninguém menciona mais esse que é um dos maiores conflitos da lore do Dragon Age, é quase como se existisse um esforço consciente para apagar um tema incômodo e deixar de abordá-lo.

Não vale só para os elfos. Os qunari foram cada vez mais amaciados. De uma cultura belicista, conquistadora, intolerante, agora eles são bem tranquilos, certamente para não atiçar sensibilidades - claro que convenientemente existem os Antaam, que são basicamente os "qunari fanáticos do mal". Porque agora o qunari padrão é paz e amor. Fico pensando o que o Sten do primeiro jogo acharia se a filha dele aparecesse na mesa do almoço declarando ser não binária.

Eu posso discorrer por dias sobre isso. Quase TODOS os temas mais densos foram abandonados ou abrandados. O fanatismo dos templários, a prática de magia de sangue em Tevinter (você nem pode mais usar magia de sangue in-game), as injustiças e a sociedade de castas dos anões, as práticas questionáveis de gente como os Antivan Crows. Tudo foi varrido para baixo do tapete para ficar mais seguro, palatável e limpinho.

E o que sobrou no lugar? Bem...

A Bioware sempre foi famosa por ser um estúdio cujos jogos tinham um texto fenomenal e cujos personagens tinham cabelos horríveis.

Agora os cabelos são lindos e sedosos. Porém, o preço a pagar por isso foi alto: os diálogos são um esterco fumegante.

Pensa nos filmes recentes da Marvel, nos quais todo mundo fica soltando tiradinhas engraçadinhas e não existe um único diálogo com profundidade. É isso.

Não é que o texto seja ruim. Ele é mais que isso - é insanamente ruim. É uma queda brutal no padrão de qualidade. É como se tivessem deixado as falas dos personagens nas mãos de pirralhos de 13 anos do Wattpad. Não tem uma única banter interessante, profunda de verdade, que faça a gente ter mais curiosidade pelo mundo ou pelo personagem. É só assunto banal, discutido superficialmente, com tiradnhas toscas. As conversas entre os personagens parecem bate-papo entre adolescentes.

Colabora para isso o fato de que esse é, certamente, o pior grupo de companions desde o início da saga.

Não é como se os personagens fossem todos horríveis. Eles são só sem-graça. Chatos, entediantes de dar dó. A conversa entre eles não dá liga porque não há conflito, não há diferenças de personalidade, não há choque de interesse ou de valores. Temos basicamente uma anãzinha muito gente fina, uma elfinha muito gente fina, uma humana maga mais fria...mas também gente fina. Um Grey Warden, claro, gente fina - e pai de pet. Aí depois fica mais engraçado, porque tem um ASSASSINO PROFISSIONAL gente fina pra caramba que ama café. E um NECROMANTE também gente fina pra caramba.

E tem a Taash. Que é uma chata de galochas. Mas está mais para uma adolescente birrenta que para um elemento interessante que desafia a coesão no grupo.

Até o/a Rook não escapa de ser pasteurizado. Pode esquecer, nesse jogo você não pode ser renegade, não pode ser nem babaquinha de leve. Em quase todos os momentos em que é exigida uma resposta sua, você pode responder de três maneiras:

1 - Gente fina e muito educado
2 - Gente fina e engraçadão
3 - Gente fina, mas incisivo

O jogo simplesmente não permite nem que você dê passa-fora nos outros, que dirá fazer maldade. É a MORTE DO ROLEPLAY. Seu Rook é e sempre será o líder escoteiro do seu grupo de escoteirinhos, rumo à sua missão de salvar o mundo.

Aliás...salvar o mundo de que mesmo?

Leeembram quando o jogo era para se chamar Dreadwolf porque o Solas - nosso companion por um jogo inteiro, um personagem interessante e complexo, com motivações cativantes - seria o vilão principal? Sdds daquilo que a gente nunca viveu.

O Solas ainda tem um papel grande na trama (que brilha mais quando ele aparece). Mas os antagonistas principais são dois deuses élficos para os quais ninguém liga, e cujas personalidades são mais ou menos as do Pinky e do Cérebro. Sim, eles querem dominar o mundo, e acabou a profundidade deles aí. Conceito inovador.

Aí você pensa, "nossa, ela tá espezinhando o jogo, por que ela está recomendando então?"

Porque embora eu esteja ainda MORDIDA com a decepção que esse jogo foi pra mim como fã da saga e especificamente como fã da LORE da saga, eu reconheço que ruim, RUIM o jogo não é.

Para começar, visualmente ele é lindo. Os cenários são simplesmente maravilhosos e o design intrincado dos terrenos só valoriza a experiência. A única parte nesse aspecto que, na minha opinião, o jogo peca é na direção de arte que propositalmente escolheu, mais uma vez, deixar os ambientes mais palatáveis. A Necrópole, por exemplo, poderia ser um lugar fantástico, aterrorizante, mas tem mais uma vibe de filme do Tim Burton. O que não é ruim por si só - mas é ruim porque é um Dragon Age! Não deveria ser ESSE tom.

O mesmo problema também se reflete nos personagens. que têm um visual levemente cartunesco nas proporções do corpo, do rosto, nos cabelos. Não chega a ser feio, mas não é Dragon Age.

Outra coisa extremamente positiva é a trilha sonora. Hans Zimmer com Lorne Balfe, né. Precisa dizer mais alguma coisa? Esse era o ponto que não tinha como falhar e realmente foi indefectível.

O combate...claramente puxa muito do Mass Effect. No início eu odiei, conforme fui acostumando fiquei mais neutra. Não chega a ser ruim, é ágil, dinâmico, mas é bem acéfalo, no final em 95% das lutas você vai ficar só clicando clicando clicando sem pensar. As únicas lutas que vão exigir um pouco mais de estratégia são as contra os dragões.

Resumindo...recomendo SE:

1 - Você não odiar conteúdo DEI. Inclusão é algo válido, o problema é quando fazem de uma maneira desajeitada, e é exatamente o que ocorre nesse jogo. Você pode acrescentar diversidade de maneira orgânica e natural sem que fique parecendo uma palestrinha;
2 - Você não for um fã de longa data de Dragon Age. Quanto menos contato com os jogos anteriores, mais você vai gostar desse. A ignorância é uma bênção;


Considerações finais:

- O romance nesse jogo é uma piada de mau gosto. Até nas cenas de oxes fica todo mundo vestido kkkkkk
- Não consegui platinar o jogo porque aparentemente há um bug causado por um patch que saiu há mais de uma semana. Isso é inaceitável.
Posted 11 November, 2024.
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47.8 hrs on record
Sim, ele mesmo, o jogo que foi avaliado como 40/40 pela Famitsu.

A pergunta de milhões: ele é REALMENTE tão bom assim?

Não é uma pergunta fácil de responder. O que eu posso dizer é que realmente é uma ótima visual novel, provavelmente está no top 10 de todas que já joguei. Os personagens são carismáticos e interessantes, e mais que os personagens, as SUBTRAMAS são interessantes porque cada uma tem um feeling diferente. A do Kano tem uma vibe de filme policial, claro; a do Achi é uma fuga desenfreada; a da Tama é puro nonsense hilário; a do Osawa, pra mim a melhor de todas, parece um suspense psicológico e a do Minorikawa, apesar de ser a mais fraca em termos de enredo, tem o melhor protagonista.

Se é um jogo perfeito, não sei dizer. Ás vezes o jogo tem problemas de ritmo, algumas piadas são forçadas, nem todo mundo vai curtir o humor bem animezão, exagerado. Alguns plot twists são muito bons, outros vocë vai ver na sua cabeça 2 horas antes de acontecerem. O conteúdo bônus é 80% chato para um queráleo. Mas eu não vou dizer que um jogo lançado em 2008 não merece a nota que ganhou à época: seria injusto eu julgar a obra com um olhar de 2024.

Resumindo: recomendo SE você gostar muito de visual novel e de jogo japonês de modo geral.
Posted 21 August, 2024.
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177.8 hrs on record
Eu nunca canso de me impressionar com o fato de que cada Persona consegue ser melhor que seu antecessor. SEMPRE. A Atlus sempre consegue manter a qualidade dos pontos bons e melhorar os ruins, é impressionante. Toda franquia tem uns títulos meio "oops", esquecíveis, no meio...mas aqui não. Aqui a qualidade é sempre garantida.

Mais que isso, as versões definitivas sempre valem a pena em relação à versão vanilla. A quantidade de conteúdo a mais é enorme e é conteúdo bom e interessante.

Isso tudo com certeza vale também para este título aqui. Persona 5 Royal é um jogo que todo fã de JRPG deveria ter na sua biblioteca, porque é um game realmente brilhante e envolvente. Todo o conceito junguiano de personas que é a base dos outros jogos é muito criativamente utilizada aqui: dessa vez, os personagens são "ladrões de corações" que entram na mente de pessoas - geralmente vilões "intocáveis", gente que nunca vai pagar pelos seus crimes se não confessar - para fazê-las mudar de ideia e confessar. A história é muito legal, funciona, e é uma delícia circular pelos "palácios" com seu time charmoso de ladrões. Aliás o design das dungeons, um dos pontos mais fracos do Persona 4, aqui é muito superior. O combate não mudou muito, até porque ele já era muito bom. Continua sendo um combate por turnos fluido e divertido.

Os personagens são o ponto alto do jogo como sempre. Todos eles são extremamente carismáticos e é legal o começo, quando você está basicamente com o seu main - que tem ficha criminal, o melhor amigo com fama de delinquente e a menina mal falada da escola. Você como jogador logo percebe que todos eles são boas pessoas, mas a dinâmica toda deles com todos os que o cercam, na qual eles são constantemente julgados de forma preconceituosa e ostracizados por coisas que fogem completamente ao seu controle faz com que você comece a torcer por eles imediatamente.

Aliás uma das coisas que eu mais gosto na franquia Persona é como eles constroem uma vida escolar e, em sentido mais amplo, uma vida de adolescente tão realista e relacionável mesmo em um contexto de fantasia. Mesmo sendo uma escola japonesa, é inevitável a imersão total e sentir, de certa maneira, que você voltou a ser adolescente - a panelinha de amigos, os colegas fofoqueiros e problemáticos, professores mais legais e outros menos legais, dizer que está tudo bem para os adultos enquanto esconde um segredinho aqui e ali, paixonites, o estresse com as provas (a matéria das aulas CAI nas provas, melhor prestar atenção). Mesmo esse protagonista em especial sendo menos envolvido com a escola que o prota do P4 - não frequenta clubes, por exemplo - essa sensação ainda é maravilhosamente mantida. É algo digno de nota porque muitos jogos tentam e falham - para ficar em um dos mais recentes, Hogwarts Legacy, que não conseguiu transmitir, ao menos para mim, essa sensação de ser um aluno em uma escola passando por problemas mundanos de adolescente enquanto salva o mundo.

As side quests brilham exatamente por conta dessas questões de relações mundanas com outras pessoas - e que muitas vezes exigem o uso dos seus poderes secretos para ajudar. A main quest é também bem legal, embora as lutas contra os chefes tenham sido, de modo geral, fáceis.

Resumindo, jogaço. Pague até o preço cheio pq vale.
Posted 15 October, 2023.
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