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Posted: 13 Sep, 2023 @ 9:43am
Updated: 13 Sep, 2023 @ 2:16pm

Prós
-O Combate é muito bom, uma evolução do que foi feito no Quantum Break. -A física dos objetos do jogo é fantástica, como o nível de destruição do cenário. -Ambientação fantástica, um mundo estranho e interessante ao estilo David Lynch.
Contras
-O Mapa é Horrível e extremamente confuso. -A IA dos inimigos são bem ruins. -Não conter um sistema de troca de arma tradicional por meio de atalhos. Duração: Umas 56 horas. Finais: 1 Final. Tradução: Já é localizado para o Português-Br. Configuração: RTX 3070 - Ryzen R5 3600 - 32gb Ram

Sempre observava as pessoas falarem como Control é complicado, que não entendia nada do que estava acontecendo, e imaginava o quão verdadeiro seria essa afirmação. Com a divulgação da Remedy que Control faz parte do mundo compartilhado deles, começando com o primeiro Alan Wake, e o Alan Wake 2 batendo na porta, enfim comecei esse jogão e me surpreendi, gostando mais do que pensava que iria gostar, e enfim entendendo que Control não é esse bicho de 7 cabeças que muitos pintam.

https://steamproxy.net/sharedfiles/filedetails/?id=3031220904

"O Mundo é Muito Maior, e Muito Mais Estranho..."

Na sua infância, Jesse Faden viu um outro lado do mundo, mundo esse que a afetou para sempre. Pessoas vieram e disseram que ela imaginou tudo. Jesse nunca acreditou, e por 17 longos anos procurou respostas. Enfim, encontrou o local onde as pessoas, que mentiram para ela, trabalham. Mas algo estranho está acontecendo nesse lugar. Em busca das respostas que há anos procura, Jesse adentra em um mundo novo, e completamente estranho.

Talvez são duas coisas que fazem as pessoas não entenderem a história de Control: Jogar cortando diálogos e cenas, e não lerem os arquivos do jogo. Eu me espantei o quão o jogo é bem claro e informativo quanto o seu plot principal [mesmo sem o auxílio dos arquivos], algo que muitos diziam ser completamente confuso. No começo sim, é estranho, com diálogos de Jesse mais metafóricos, mas isso se abre de uma forma gigantesca muito rapidamente. Os arquivos exploram bastante a Lore do jogo, algo bem chato dos arquivos são a quantidade de palavras censuradas na maioria deles.

A Influência em Twin Peaks e toda a filmografia do David Lynch é nítida desde Alan Wake, mas sendo muito mais presente em Control, pela sua forma estética surreal e estranha, como em sua história e Lore também, é algo familiar para quem gosta do diretor.
A Remedy sempre flertou com o cinema em seus jogos desde Max Payne, em Control temos fitas de multimídia que são explicações do cientista Darling sobre pesquisas do departamento, o ator Matthew Porretta [dublador do Alan Wake] que faz o Dr. Darling está fantástico no papel, as atuações da Courtney Hope [a Beth do QB] como Jesse Faden, Antonia Bernath como Emily Pope e Martti Suosalo como Ahti são destaques também.

Como eu estou vindo do Alan Wake, consegui aproveitar mais ainda esse pontapé do mundo compartilhado da Remedy, perguntas que ficaram no primeiro jogo foram respondidas aqui, a dlc AWE faz o gancho para Alan Wake 2, então fica a dica, se puderem, joguem Alan Wake e logo depois Control. Uma pena QB ter sido tirado desse mundo compartilhado.


“Tem um Buraco Escondido Atrás do Poster que Leva ao Mundo Real...”

Graficamente é bonito, sendo esse jogo a minha primeira experiência com o Ray Tracing e foi bem bacana. A sua estética é muito diferente do QB, como o estilo de jogo no todo também. Mesmo sendo um jogo bonito, percebesse que teve um orçamento menor do que QB, que era um blockbuster com aporte financeiro enorme da Microsoft. Vemos isso na qualidade dos modelos dos personagens, que não são ruins [os principais], mas ficam abaixo do apresentado em QB.

A ambientação de Control é fantástica, esse lugar surreal com o paranormal é esteticamente muito bem feito, com momentos de brilhar os olhos na forma que desenrola a mudança de um cenário ou cenas específicas. A trilha sonora segue o mesmo fluxo, uma mistura de estranheza e o tradicional, e com a volta do Poets of the Fall, que fez falta em QB.

Há uma variedade boa de cenários que são repetitivos no começo, principalmente na área executiva, onde muitas salas são extremamente parecidas e iguais, como os banheiros e escritórios, mas quando o jogo começa a abrir, esse sentimento muda, e eles exploram mais a construção de cenários variados.


Performance e Pcismo

Existe um Patch não oficial que foi feito por um desenvolvedor da Remedy, ele adiciona suporte para a última versão do Dlss, HDR, Ultra Wide e fix de diversos bugs, um patch extremamente essencial. Mas fica ciente, alguns mods não funcionam com ele.
Patch Essencial[community.pcgamingwiki.com]

Um vídeo com configurações otimizadas. A base da minha configuração gráfica veio desse vídeo, aliás, um canal muito bom focado nisso.

Settings Optimization

Control tem um problema bem grave na renderização de textura, um bug que até hoje está presente no jogo. Isso tem haver, dizem alguns, na quantidade de Vram, e quando extrapola a textura não carrega, a minha config foi essa de baixo, com texturas no médio, esse problema foi pouco recorrente nessas opções minhas.

Minha Configuração Gráfica[i.ibb.co]

https://steamproxy.net/sharedfiles/filedetails/?id=3035154128

“Mas às vezes, Alguma Coisa Rasteja Detrás do Poster.”

Control é um jogo de ação com vários momentos de plataforma, e ainda por cima um Metroidvania, quão louco isso pode parecer. Você vai ir e voltar em vários locais de diversas formas, tendo acesso que antes era impossível.

O combate é um dos pontos fortes do jogo, eles fizeram um combate com foco nos poderes, como em QB, só que foram além e exploraram muito bem isso, é muito bacana mesclar os poderes no combate, você sente que Jesse é uma personagem muito poderosa conforme aprendemos mais. A exploração é bacana, principalmente quando um poder específico é adquirido, fazendo ficar mais divertido explorar o cenário.
A Evolução da física de QB foi colossal, é impressionante, tudo quebra, tudo pode ser jogado no inimigo, em compensação houve uma queda de qualidade na movimentação do jogador, que ficou bem arcade comparado ao realismo de QB.

Uma dica, desative o Hud de HP do jogador e inimigos, e principalmente, o de missões, ainda bem que dão essas opções, essa última suja demais a tela desnecessariamente, o jogo fica muito mais bonito dessa forma, e muito bem jogável.

Alguns pontos negativos: A IA dos inimigos é bem simples. O Respawn de inimigos constantes nos mesmo cenários pode irritar bastante ao enfrentar pela décima vez um grupo de inimigos no mesmo local.
O mapa é um dos pontos mais fracos do jogo, lugares inferiores acabam ficando escondidos no mapa. O mapa é importantíssimo para esse tipo de jogo, e aqui ela acaba sendo mais uma vilã do que um companheiro essencial.
Faltou muito um sistema de mudança de arma mais tradicional por meio de atalhos, somos obrigados a pausar sempre para colocar uma arma específica, e no fim, desencorajar-se a explorar as outras armas.

A duração, junto com as Dlcs foi de 56 horas, explorando muito, lendo e procurando o máximo de arquivos e segredos.

https://steamproxy.net/sharedfiles/filedetails/?id=3033409914

Control foi um jogo que eu gostei mais do que eu imaginava, tem um combate muito bom e um nível de destruição de cenário e física de objetos impressionantes, eu gostei da história e aproveitei bastante a Lore apresentado no jogo. Tem seus pontos baixos na gameplay, como o mapa horrível ou queda técnica nítida comparado ao Quantum Break [como a movimentação], mas foi um ótimo jogo, agora não vejo a hora de jogar Alan Wake 2, e como irão explorar mais ainda esse universo da Remedy.
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