Recent reviews by Lulivs

Jogo super fofo e cativante, com diálogos engraçados e personagens super carismáticos. É difícil não gostar de alguém que aparece na tela dos personagens mais relevantes. Todos os jogos são bem interessantes e inovadores, mudando bem a dinâmica de cada sessão. Agora se você quer completar todos os troféus é chato de ter que ficar revendo algumas cutscenes inteiras pq não tem como pular, além de ter de ficar lembrando se pegou X ou Y coletável pq o jogo não tem uma forma de indicar qual está faltando, além da quantidade que você tem. Fora isso, a experiência da história base é super boa, recomendo demais.

Rain World eu conheci completamente por acaso alguns anos atrás vendo promoção de jogo indie no ps4 e um dos marcadores era algo do tipo de simulador de meio ambiente e biologia, algo assim. Eu achei bonitinho e comprei. Achei o jogo MUITO difícil, comecei o modo padrão e mal conseguia sair dos 2os mapas que tavam ao redor. E foi aí que me deparei com a primeira coisa que me apaixonou pelo jogo, a IA é extremamente bem feita, o mundo é verdadeiramente vivo. Se você tá fugindo de um lagarto que é dificil de matar pra você, você pode subir num poste e se equilibrar no topo. Alguns (a minoria) dos lagartos não conseguem escalar, então vc fica a salvo. Vc imaginaria que em algum momento o jogo faria ele desistir de você e ir procurar outra coisa já que não te alcança, mas não. Quando ele percebe que não te alcança ele deita no chão e aguarda vc sair por conta própria pra te pegar dps. E da mesma forma que o jogador tem alguns canos que pode utilizar pra chegar em partes diferentes do cenário, os lagartos (e outros bichos) tem um sistema parecido mas que só eles podem usar, então frequentemente eles somem no chão ou parede e vc acha que tá a salvo e logo dps aparecem do seu lado e te emboscam.
Todas as criaturas interagem entre si de várias maneiras, lagartos disputando território ou se predando pra se alimentar, mariposas polinizando plantas, predadores de topo de cadeia caçando predadores menores e afugentando todas as outras formas de vida, catadores que coletam especiarias, ferramentas e afins e possuem uma sociedade MUITO complexa (a nível de gameplay e de programação) que criam sistemas de pedágio pra vc atravessar pra outro mapa, do contrário eles te matam caso você não pague ou não tenha uma boa relação com eles.

Nada nesse jogo parece ser colocado por acaso, mas nada disso que eu falei representa a totalidade do porque eu sou apaixonado pelo jogo.
Rain World brilha na construção do mundo, mas principalmente em unir tudo que um jogo pode oferecer pra aprimorar sua experiência, e a construção da experiência e imersão desse jogo é o que me deixa abismado com a qualidade do produto entregado pela VideoCult. O jogo é propositadamente punitivo pra quem não tem as manhas, e mesmo pra quem tem horas de jogo vai sofrer em muitas situações que dependem de RNG ou sorte (ou azar nesse caso), fazendo vc genuinamente se preocupar em fazer tudo certo, mas ao mesmo tempo querendo explorar tudo de diferente que o jogo tem a oferecer. Você fica angustiado de morrer e ter que voltar do ultimo abrigo que vc salvou. Você fica eufórico de ver que conseguiu passar de uma parte que é muito difícil mas nesse ciclo vc teve sorte ou finalmente aprendeu a lidar com os padrões (geralmente uma combinação dos dois). Você fica emocionado quando vê uma paisagem linda ou vê um filhotinho te seguindo e te ajudando na aventura. Você acha hilário as interações entre as outras formas de vida, porque o mundo está de fato vivo sem sua presença. Quando você morre sua câmera se mantém até vc pedir pra reiniciar, e frequentemente eu deixo ali só pra ver os animais que passam por aquela região, como eles tão interagindo, se algum bicho vai coletar meu corpo e levar pra outro lugar que eu não consigo ir facilmente.

A história segue o tipo de narrativa não intrusiva (pra quem tá familiarizado, similar a dark souls), vc pode zerar o jogo inteiro dezenas de vezes e rushar sem saber nada da história, sem falar com ninguém que não seja obrigatório e vc nn vai saber nada basicamente, a história tá nos cenários, nas criaturas, nos itens e principalmente em pérolas coloridas que vc encontra espalhadas no mundo, que são diários e registros da antiguidade do planeta. Não vou me estender muito na história porque o que ela tem de linda e criativa é igualmente complexa e caótica. Mas fato é que cada detalhe da história faz vc apreciar ainda mais tudo que eu já falei aqui antes, você faz conexões, você vê motivação praquilo existir onde existe, porque foi desenhado de tal maneira e não de outra (novamente, nada está pelo acaso).

E por fim a parte que mais prende muita gente que são os personagens e a gameplay. Eu falei isso tudo do jogo mas só joguei e zerei 4 das 8 campanhas disponíveis, o resto que sei são de vídeos do youtube, mas dá pra ter uma visão boa. Mas seu personagem pode ser extremamente limitante ou extremamente satisfatório de jogar e de utilizar as mecânicas a depender da situação. Seu personagem não foi feito pra viver na água, então naturalmente predadores aquáticos vão levar a melhor sobre você. Seu personagem não tem domínio do ar, então naturalmente predadores que voam vão te sobrepujar. Mas ainda assim, o jogo oferece ferramentas e estratégias alternativas pra vc lidar com isso. Eu jamais pensaria que eu conseguiria sozinho derrotar uma centopeia vermelha, que é um dos inimigos com mais vida, mais resistência e, como 90% dos inimigos, te mata com 1 hit. Mas o jogo tem uma planta que é super venenosa contra artrópodes e bastou jogar uma nela e esperar alguns segundos e pronto, o trabalho tava feito. Quando você aprende e domina as mecânicas de movimentação (rolar, usar um dash, jogar uma lança pra cima e pra baixo no meio de um mortal) o jogo vira basicamente outro, e tem personagens que se utilizam dessas mecânicas para serem melhor aproveitados ou requerem o domínio delas para serem jogados stritu sensu. E nada é feito de maneira narrada ou apresentada, se ninguém te explicar, em algum momento vc vai apertar sem querer e descobrir que seu personagem fez algo que vc nn sabia que era possível e vai tentar descobrir como fazer. Nada no jogo envolve habilidades adquiridas, ganhar poderes novos nem nada. Tudo que você têm é seu leque de habilidades padrão (correr, pular, agachar, investida) com variações dessas para os personagens das DLCs. Todo o resto é puramente conhecimento adquirido e seu conhecimento de mundo, do mapa e das criaturas que vivem ali. Você só avança em Rain World quando você para pra analisar como o mundo funciona, como as criaturas trabalham, como você pode usar um caminho mais longo e demorado porém mais seguro do que um caminho rápido e perigoso que você provavelmente vai morrer muitas vezes tentando passar.

Enfim, deixei de fora toda a complexidade das criaturas pq deixaria ainda maior essa dissertação, mas deixo a titulo de curiosidade pra quem quiser saber mais ou quiser me perguntar. Mas Rain World é definitivamente um dos melhores jogos que já vi (obvio que vou tatuar) e tem um lugar muito importante na minha vida por indiretamente me ensinar algumas lições valiosas. Recomendo muito o jogo pra quem se interessar, se gostar recomendo ainda mais a DLC que tem ainda mais conteúdo q o jogo base e deixa ainda mais divertido. A quantidade de conteúdo e as possibilidades de criação e criatividade em cima da fauna, flora, mundo e história de Rain World são absurdas e acho que demonstra a tremenda criatividade e eficiência do grupo que produziu com tanto amor esse projeto.

Iniciamos mais um dia de trabalho como qualquer outro. A meta não era grande, precisávamos apenas de 185 créditos para passar. Nossa última missão tinha sido um extremo sucesso e já tínhamos conseguido guardar um excedente bom, então saímos aquele dia apenas para cumprir a meta. Nosso primeiro erro.

Falei para meus dois outros amigos "vamos para lua Vow, quero checar uma coisa", eles concordaram. Estávamos todos equipados com lanternas profissionais e eu segurando uma pá como forma de nos defender, quanta ingenuidade... Ao aterrissarmos, percebemos nosso primeiro problema, estava relampejando. Imediatamente retiramos todos os objetos metálicos da mão e seguimos atravessando a ponte até a instalação. Rapidamente percebemos que não havia muito o que se tirar dali, conseguimos achar apenas 2 chaves e um presente embrulhado que nunca chegamos a abrir...

Só nos restava uma opção, a saída de incêndio que ficava abaixo da ponte. Nos aventuramos descendo o barranco enlameado pela chuva, meu amigo que levava uma das chaves quase foi acertado duas vezes por um raio antes de conseguir escapar por um triz. Deixamos os itens do lado de fora para ter mais espaço para coletar e adentramos pela saída de incêndio. Não demos mais que 15 passos e ao abrirmos a primeira porta nos deparamos com ele, aqueles olhos brilhantes, aquele kimono laranja inconfundível e seu cabelo espetado, Son Goku estava na nossa frente. Gritamos desesperados e eu sem pensar duas vezes corri para o lado de fora da instalação. Esperei alguns segundos e nada de meus amigos retornarem.

Decidi que era mais inteligente levar nossos itens para a nave e checar no terminal se eles estavam seguros. Para minha infelicidade, mesmo com a chuva torrencial eu consegui avistar não muito longe de mim, saindo de dentro das árvores uma criatura gigantesca, do tamanho das próprias árvores, encarando o redor à procura de algo para se alimentar. Eu fiquei estático, rezando para que fosse embora ou um raio de sorte matasse aquela criatura para mim. Infelizmente, após longos segundos encarando a criatura, ela finalmente me enxergou, e veio correndo na minha direção com suas mãos estendidas prontas para me agarrar, minha visão ficou turva. Desesperado, volto para dentro da instalação, à procura de refúgio e dos meus amigos.

Ao entrar de novo, me deparo com uma cena aterrorizante, ao lado da porta, estava o corpo estendido de um dos meus amigos com o pescoço quebrado, antes que eu pudesse me perguntar onde estava o outro, ao olhar para frente vejo meu companheiro subindo as escadas em alta velocidade, com Goku em seu encalço ao som da música do instinto superior, demonstrando que ele não estava para brincadeiras. Imediatamente saio da instalação esbaforido e vejo que a criatura enorme se afastou de mim, mas ainda está no caminho entre eu e a saída.

Volto para a instalação em um último ato de coragem, determinado a pegar os últimos itens de meus colegas. Passo pelo cadáver de meu amigo e subo as escadas onde me deparo com uma parede lisa, com apenas um parafuso para ser coletado, mas nenhum rastro do meu amigo que foi perseguido. Pego o parafuso e ao me virar encontro uma figura me esperando no batente da porta no andar debaixo, Son Goku. Imediatamente viro o rosto, evito fazer contato visual prolongado, mas ao mesmo tempo não tiro ele totalmente do meu campo de visão, aos poucos, ele vai lentamente se afastando e adentrando a escuridão. O silêncio é quebrado pela voz do meu amigo desaparecido: "só consegui encontrar isso aqui". Um surto de alívio percorre meu corpo, grito pelo seu nome na expectativa dele me encontrar e complemento "cuidado, o Goku tá aqui!". Poucos segundos foram precisos para perceber meu grande engano, meu amigo já estava morto há muito tempo. O sádico Goku estava imitando sua voz para me dar uma falsa sensação de segurança e me capturar.

Amedrontado pela experiência eu pulo o corrimão e imediatamente saio correndo da instalação, agarro o presente e saio correndo em direção ao único caminho que levava à nave, enquanto corro, noto que o gigante está se afastando e sumindo na neblina, pensei estar com sorte. Ao me aproximar, começo a diminuir a velocidade e andar agachado para que a besta não me encontre, sei que seus sentidos são apurados. Quando noto que a situação está mais perigosa do que previa, eu abandono a minha inútil pá no chão, na expectativa de conseguir correr mais rápido caso fosse necessário. Ando agachado pelo mato até ouvir um rugido ensurdecedor vindo de trás de mim, a criatura me viu! Corro desesperadamente, consigo ver pelo radar que a nave está próxima, se eu tivesse só mais um pouco de tempo conseguiria. Mas era inútil. Subitamente estou sendo levantado à 3m do chão como se eu não pesasse nada, vejo aquelas mãos me segurando e me levando em direção àquela bocarra amaldiçoada. Em meus últimos instantes, a última coisa que escuto, é a perfeita imitação da voz do meu falecido companheiro, que a criatura fez questão de vocalizar antes de me mastigar para zombar da minha morte: "Vocês estão bem?".

O jogo vanilla é ótimo, mas com mods fica infinitamente melhor, recomendo muito.

Definitivamente um dos melhores jogos que joguei recentemente e na minha vida. É um daqueles jogos que quanto menos você sabe sobre, maior a sua diversão, isso que corrobora o mistério, estratégia e apreço pela jogabilidade e trama (similar a Obra Dinn, Frog Fractions, Outer Wilds etc). Um jogo com uma premissa "simples" de jogo de carta que conta com muita estratégia e atenção, com trilha sonora, adversários e personagens muito instigantes, carismáticos e interessantes. Tive a impressão que passei muito rápido de algumas partes e queria ter me demorado mais para aproveitar, infelizmente. Contudo, uma vez que você zera o jogo, existem outras atividades para fazer (que não comentarei para evitar spoiler) que supriram essa minha necessidade e me mantém ainda mais entretido. Super recomendo.

Jogo muito fofo, muito divertido e engraçado, com uma proposta, jogabilidade e trilha muito seduzentes. Infelizmente, o nome "short hike" também se aplica a duração, consegui todas as conquistas do jogo em um pouco mais de 6h, mas ainda assim diria que vale super a pena, principalmente em promoção. Apesar da pouca duração o jogo não dá a sensação de ser apressado ou que as coisas não se desenvolveram como poderiam, sinto que tudo teve seu devido trabalho no seu devido tempo (não espere nada muito profundo, mas os personagens são legais e você consegue se aproximar da protagonista). Após finalizar a missão principal, as side quests também são legaizinhas e relativamente fáceis de conseguir (com exceção de achar alguns peixes específicos, mas nunca se trata de algo chato).

Exemplo (pequenos spoilers): Duas missões secundárias, que garantiam conquista eram coletar as 15 conchas e entregar para um NPC e regar todos os brotos de flor (não lembro quantos são, mas são muitos mesmo). A primeira vista parece que vai demorar horrores, mas você se integra tanto com o jogo, as mecânicas de movimentação (que são muito boas) enquanto explora a ilha que naturalmente você consegue achar todos esses objetos se estiver com o olho atento para isso.

Única pena é que se trata de um jogo rápido. Me senti tentado algumas vezes a checar a wiki do jogo pra saber como progredir pois tinha ficado preso em algumas partes, mas tudo foi por desatenção minha mesmo, não demérito do jogo. E que bom que não fui atrás da resposta, porque a satisfação que vc ganha ao descobrir as coisas sozinho e ao ir descobrindo os diferentes plot twists (são vários, pelo menos uns 5) é imensa. Vale super a pena jogar e rejogar para descobrir os outros finais.

O jogo me foi recomendado baseado nas minhas experiências com jogos indies e "simples" que sou apaixonado. Comprei na promoção sem esperar muita coisa e me surpreendi.
A dose de mistério, investigação, as pitadas de terror, de comédia, de tensão. Tudo é bem feito, na medida e tempo corretos, chega dar gosto de acompanhar e tentar fazer tudo de uma vez só. Me surpreendi quando vi que tinham vários finais e não apenas 1 ou 2. Sua relação com cada personagem é relevante pra história e pra história que você quer contar também. Me senti muito apegado aos personagens, o que é surpreendente pra um jogo que dura apenas 4h, mas creio que só reforça o quão bem feito e bem trabalhado são os personagens, suas relações, experiências e aprofundamento. Tenho vontade de saber os outros finais com certeza, mas o ritmo do jogo (mais lento e cadenciado) não me atrai muito a jogar mais de uma vez, mas isso é algo pessoal, quem sabe no futuro quando eu lembrar menos da história, com certeza adoraria. Recomendo demais o jogo!

Tentei acompanhar o máximo de conteúdo possível dentro do jogo e por gameplays/campeonatos pra finalmente colocar uma análise que ao meu ver seria mais justa ao que o jogo realmente oferece, então vou começar com as partes positivas e as negativas (pra mim o jogo tem muitas de ambos os lados).

Partes positivas:
- O jogo está muito bonito, os redesigns dos personagens, os cenários, o modo história, os golpes, tudo parece muito bem feito e condizente com a proposta, se encaixa bem e cada personagem têm sua identidade.
- Os fatalities são criativos, engraçados e legais de se fazer, o mesmo para os brutalities.
- O modo história até boa parte antes do final é muito bom, finalmente dando destaque aos personagens menosprezados na franquia anteriormente (não dá pra jogar com o smoke que é meu fav mas paciência, me contento com os outros).
- As mecânicas do kameo ainda é difícil de se adaptar mas transformam o jogo em completamente novo e deixa... interessante.
- A jogabilidade é divertida e emocionante, dá gosto de acertar os golpes e usar as mecânicas que o jogo oferece
- O tutorial geral e de personagens é interessante, intuitivo e ensina alguns combos interessantes. Alguns são mt superficiais e outros muito complexos para realmente serem utilizados de forma otimizada numa partida, mas são ótimos para o jogador ter uma noção do que seu personagem é capaz de fazer e não fazer (mas sinto falta dos comentários que o tutorial do mk11 tinha pros personagens, indicando estratégias boas a se seguir com o boneco).

Partes negativas:
- Disparadamente, o ponto principal desse jogo e que só esse fator pode ser um diferencial entre comprar o jogo ou não é que por enquanto ele continua muito mal otimizado, com travadas, bugs de brutalities (cabeça do adversário fica flutuando no brutality clássico), loadings muito travados no modo invasão. Além de estar mal polido, como sequência de comandos de alguns fatalities e brutalities estarem erradas (o segundo fatality do smoke por exemplo está com o imput errado), além da frame data estar incorreta na lista de datas, sendo diferente da frame data de verdade do jogo (recomendo ligar as informações de frame no modo treino).
- A segunda principal coisa negativa, que também é muito relevante, é o fato que o jogo possui pouco conteúdo para quem deseja seguir o modo offline. Após completar o modo história e o invasões, não existe mais nada de interessante pra fazer. Ao contrário do MK11 que ainda possuiam torres do tempo e torres invocadas pros personagens, aqui as "torres do tempo" foram resumidas à um dos reinos do modo invasões, em que você não consegue ver as recompensas antes de entrar (até porque são sempre as mesmas: moedas, talismãs e relíquias (esses dois últimos sendo praticamente inúteis). Além de modificadores desinsteressantes e alguns que literalmente impedem você de jogar corretamente, como o da fumaça que de 2 em 2 segundos faz você parar pra tossir e nada pode impedir isso, é apenas chato e frustrante.
- O modo invasões facilmente fica enjoativo, as recompensas não são suficientes pra tornar tão interessante, as lutas secretas e emboscadas só servem para gastar seu tempo e esgotar sua paciência quando você só quer rushar pro boss daquele reino e pegar a skin dele. Mas mesmo assim, as skins e equipamentos não são frequentes o suficiente para tornar o modo interessante. Você ganhar um talismã diferente depois de cada luta não é legal, você toda hora tem que jogar fora um monte pra ter espaço e não ficar sobrecarregado, a maioria deles nem faz diferença significativa justamente porque demora muito de terminar a animação de invocação, as relíquias eu admito que nunca usei outra sem ser a que me garante mais XP nem vi outros jogadores também, mas também não senti falta alguma, só reforçando o ponto delas serem inúteis.
- O sistema de nível de personagem, apesar de ser interessante e uma mecânica de liberação de itens superior ao MK11, ainda tem muitas falhas. A principal é que você precisa de um grind absurdo pra conseguir as coisas. Eu estou com mais de 45h de jogo e praticamente só joguei de Smoke e cyrax (no modo invasão que é o que mais dá XP de personagem e no online), com mais de 400 partidas jogadas e sempre buscando fazer brutality porque garante mais XP e ainda estou no nível 23 de 35. Demorar para ganhar níveis não é um problema em si, porque te instiga a jogar mais, o problema é que, como dito anteriormente, uma vez que você zera o invasões, não há mais NADA para fazer no jogo além de repetir o modo (acredite, não tem paciência no mundo que seja suficiente pra fazer isso, eu tentei) ou desistir do offline e jogar online. Assim, você só fica frustrado e sem aproveitar tudo que o personagem poderia oferecer (brutalities, skins e etc). Tudo isso se aplica aos kameo também.
- Faz muita falta uma forma de colocar os golpes na tela de jogo marcando eles como nos jogos anteriores, mas por alguma razão, sem justificativa alguma, retiraram a possibilidade de salvar os combos, golpes especiais e fatalities na tela de combate, você precisa manualmente abrir a lista e ficar checando item por item, completamente antiprático.

Dito isso, eu ainda acho que o jogo seja divertido e ainda pretendo jogar mais pois é de fato um jogo interessante e no geral funcional. Mas todos esses problemas que eu trouxe tornam a experiência muito insatisfatória e cansativa na maioria das vezes, diminuindo sua diversão e te irritando quando você só queria se distrair e descansar. Tenho esperança que com o tempo e temporadas novas os conteúdos sejam renovados com maior frequência e resolvam as MUITAS questões que vários jogadores já abordaram antes de mim. Por isso, por enquanto, ainda não recomendo o jogo.

Na minha opinião o único problema desse jogo é que não tem uma continuação e que é relativamente curto (fiz quase 100% do jogo em um pouco menos que 6h). Mas sem sombra de dúvidas foi uma das melhores 6h de jogo que já joguei. O cuidado e carinho em cada mínimo detalhe é perceptível e amável. A movimentação normal e a com auxílio de teia fluem perfeitamente e é sempre muito prazeroso. Os NPCS são carismáticos, fofos e memoráveis. A trilha sonora é cativante e condizente. Os easter eggs e extras (stickers, chapéus e até os coletáveis) são divertidos e não dão a sensação de cansaço ou de trabalho pra alcançar, você sente que faz parte da experiência e quer ter 100% de tudo por que quer aproveitar o jogo ao máximo (ainda mais considerando sua curta duração). Me encontrei travado poucas vezes em alguns puzzles mas apenas por que não sabia/lembrava que a teia poderia ter X ou Y funcionalidade que eu me esquecia, mas o design dos puzzles e do mundo de modo geral pra mim é simplesmente impecável. Dá vontade de esquecer tudo e zerar de novo, recomendo demais.

Um jogo com uma premissa extremamente simples (investigar e deduzir o destino dos passageiros de um navio) mas que está longe de ser uma tarefa simples e muito menos entediante. Obra Dinn foi um dos melhores jogos que tive a oportunidade de jogar, você fica imerso completamente na narrativa, na investigação e na premissa de desvendar os vários mistérios que acarretaram no desaparecimento e reaparecimento do navio. Algumas deduções infelizmente senti que alguns destinos são muito sobre tentativa e erro e pouco sobre reconhecimento de pistas e provas, mas são apenas uma minoria e não afetam a experiência geral que é sempre muito divertida e prazerosa quando você descobre que 3 suposições estavam certas e que você está no caminho certo. Particularmente acho que esse jogo tem uma das melhores formas de recompensa por investigar e deduzir. Não só você fica satisfeito por acertar, como também é um indicativo de que agora você pode utilizar as informações que já sabe pra resolver os próximos enigmas, simplesmente incrível.