Álvaro de Campos
Fernando António Nogueira Pessoa
Portugal
Chamo-me Álvaro e masturbo-me para máquinas





Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo.

São — tictac visível — quatro horas de tardar o dia.

Abro a janela directamente, no desespero da insónia.

E, de repente, humano,

O quadrado com cruz de uma janela iluminada!

Fraternidade na noite!

Fraternidade involuntária, incógnita, na noite!

Estamos ambos despertos e a humanidade é alheia.

Dorme. Nós temos luz.

Quem serás? Doente, moedeiro falso, insone simples como eu?

Não importa. A noite eterna, informe, infinita,

Só tem, neste lugar, a humanidade das nossas duas janelas,

O coração latente das nossas duas luzes,

Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida.

Sobre o parapeito da janela da traseira da casa,

Sentindo húmida da noite a madeira onde agarro,

Debruço-me para o infinito e, um pouco, para mim.

Nem galos gritando ainda no silêncio definitivo!

Que fazes, camarada, da janela com luz?

Sonho, falta de sono, vida?

Tom amarelo cheio da tua janela incógnita...

Tem graça: não tens luz eléctrica.

Ó CANDEEIROS DE PETRÓLEO DA MINHA INFÂNCIA PERDIDA!
Chamo-me Álvaro e masturbo-me para máquinas





Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo.

São — tictac visível — quatro horas de tardar o dia.

Abro a janela directamente, no desespero da insónia.

E, de repente, humano,

O quadrado com cruz de uma janela iluminada!

Fraternidade na noite!

Fraternidade involuntária, incógnita, na noite!

Estamos ambos despertos e a humanidade é alheia.

Dorme. Nós temos luz.

Quem serás? Doente, moedeiro falso, insone simples como eu?

Não importa. A noite eterna, informe, infinita,

Só tem, neste lugar, a humanidade das nossas duas janelas,

O coração latente das nossas duas luzes,

Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida.

Sobre o parapeito da janela da traseira da casa,

Sentindo húmida da noite a madeira onde agarro,

Debruço-me para o infinito e, um pouco, para mim.

Nem galos gritando ainda no silêncio definitivo!

Que fazes, camarada, da janela com luz?

Sonho, falta de sono, vida?

Tom amarelo cheio da tua janela incógnita...

Tem graça: não tens luz eléctrica.

Ó CANDEEIROS DE PETRÓLEO DA MINHA INFÂNCIA PERDIDA!
Currently Offline
Favorite Game
34
Hours played
34
Achievements
Recent Activity
11.4 hrs on record
last played on 24 Apr
4.4 hrs on record
last played on 23 Mar
50 hrs on record
last played on 11 Mar
PEDROSDC08 2 Aug, 2022 @ 10:27am 
don´t speak
Alfie Solomons 19 Mar, 2020 @ 3:43pm 
anasını siktiğim
>ApA< 20 Jan, 2020 @ 2:35pm 
NO TE LO CREES NI ´TU LA MOCHA Q HAS DAOD CORRIENDO, PUT0 PAYASO D MIERDA!
☯ xDeMoNaTiOn ☯ 24 Jul, 2019 @ 2:16pm 
SIGNED by .................▄▄▄▄▄
..............▄▌░░░░▐▄
............▐░░░░░░░▌
....... ▄█▓░░░░░░▓█▄
....▄▀░░▐░░░░░░▌░▒▌
.▐░░░░▐░░░░░░▌░░░▌
▐ ░░░░▐░░░░░░▌░░░▐
▐ ▒░░░ ▐░░░░░░▌░▒▒▐
▐ ▒░░░░▐░░░░░░▌░▒▐
..▀▄▒▒▒▒▐░░░░░░▌▄▀
........ ▀▀▀ ▐░░░░░░▌
.................▐░░░░░░▌
.................▐░░░░░░▌
.................▐░░░░░░▌
.................▐░░░░░░▌
.................▐░░░░░░▌
................▐▄▀▀▀▀▀▄▌
...............▐▒▒▒▒▒▒▒▒▌
...............▐▒▒▒▒▒▒▒▒▌
................▐▒▒▒▒▒▒▒▌
..................▀▌▒▀▒▐▀
RyppeR 3 Jun, 2019 @ 2:25pm 
SO MATA COSTAS
jm2$ 18 Apr, 2019 @ 8:37pm 
mas ca ganda pescanhoço que tu tens , só para não falar do batatanz que ele tem, só pode ter posto adubo naquele batatão, só pode, para ter um batatão daquele tamanho.