Recent reviews by Calhorda Explosivo

Metal Slug Tactics é como aquele primo rebelde da família: artístico, diferentão, ainda preso nos anos 90, um cabra que decidiu largar a jogatina dos fliperamas para virar estrategista. E o que acontece? Bem, ele chega com estilo, jogando na nossa cara gráficos maravilhosos, animações fluidas e um toque de nostalgia que aquece o coração. Mas, como todo primo que se preze, também traz umas manias irritantes que tiram um pouco da alegria do encontro.

Vamos começar pelo lado bom da vida: os sprites estão tão bonitos que dá vontade de imprimir e pendurar na parede. Os soldados rebeldes têm mais personalidade do que nunca — pixels estilosos, armamento polido, expressões com personalidade e aquele charme retrô que só Metal Slug sabe entregar. E, olha, a introdução dos elementos táticos e roguelike realmente faz o cérebro trabalhar mais do que o tiroteio frenético do original. É divertido planejar movimentos, calcular riscos e até decidir se vale a pena resgatar aquele hippie loiro prisioneiro de guerra que mal vai te dar umas moedinhas. O problema? Nem sempre essas decisões são recompensadoras — às vezes, parece que o jogo simplesmente te dá um soco na cara só porque quer. É cruel, e você sente o peso de cada erro na mesma hora.

Agora, os tropeços, o lado trabalhoso: A variedade de inimigos é, no máximo do máximo, mediana... Isso sendo bondoso. Depois de enfrentar as mesmas múmias e nativos pela enésima vez, dá vontade de perguntar: "Cadê os marcianos, os robôs e os insetos gigantes da época dos arcades?" Além disso, alguns bugs aparecem para dar aquela rasteira perversa. Nada é mais frustrante do que ver a hitbox de um chefe enlouquecer, tornando-o inalcançável, ou escutar um som agudo interminável até o jogo te forçar a reiniciar.

E a trilha sonora? Bem, se você esperava músicas que te fizessem querer pegar uma metralhadora na vida real, vai ficar decepcionado. As músicas são... funcionais. Bem, funcionam para um elevador, mas são frustrantes para um jogo que deveria te deixar com o sangue fervendo. Então eu diria que dava pra ser bem melhor nesse departamento.

No geral, Metal Slug Tactics é um abraço caloroso de nostalgia, mas com um tapinha sem jeito e doloroso no ombro. É bonito, é divertido, é viciante, mas falta polimento e variedade para ser algo verdadeiramente espetacular. De qualquer modo eu me diverti muito, só que não é o jogo mais caloroso com novatos no gênero de estratégia ou para quem não tem paciência em geral. Se você é fã da série e de jogos de estratégia realmente desafiadores, vale a pena conferir — mas vá com muita calma, e uma boa dose de sorte no bolso não vai fazer mal.

Nota: 8/10 (Pode subir pra um 8,5 facilmente se arrumarem os bugs)

Hades 2 é o roguelike perfeito. Com uma narrativa profunda, personagens envolventes, jogabilidade equilibrada e um ciclo de jogatina viciante, o jogo conquista de imediato. O único problema é que, por ser um acesso antecipado, a sensação de "quero mais" é inevitável. Mesmo com bastante conteúdo para um jogo em estágio incompleto, o final real é inalcançável. Tantas pontas soltas deixam os mais ansiosos por mais conteúdo, como eu, um pouco frustrados.

Vale a pena? Oh, com certeza vale! É um excelente investimento, mas marque em seu calendário para revisitar este belo jogo daqui a uns 6 ou 7 meses, quando provavelmente haverá um final um pouco mais definitivo. E, se seguir o exemplo do primeiro Hades, pode se preparar para uma série infinita de atualizações e extras. Isso é ótimo, claro, mas exige paciência.

E aqui vai uma dica para quem quiser sobreviver rumo à casa de Hades e ao Olimpo: o golpe Ômega é seu melhor amigo. Priorize os boons que reforçam habilidades utilizando golpes carregados (quando você pressiona o botão por alguns segundos antes de soltar uma poderosa magia da bruxa Melinoë).

No mais, vá matar o Tempo e divirta-se!

O melhor adventure que já tive o prazer de jogar. Uma história bem escrita e com decisões pesadas que realmente afetam o decorrer da narrativa e o jogador. Personagens marcantes que ficaram na memória de qualquer um que chegar ao final dessa jornada. A relação entre Lee e Clementine é uma das mais intensas que já vi em qualquer enredo, seja de filmes, seriados ou jogos. Não deixe de vivenciar esse jogo, apesar do começo um tanto mediano, a cada capítulo a experiência melhora até ao ponto de ficar sensacional. E que final incrível, tenso e emocionante. Sério, não deixem de jogar essa obra prima.

É uma experiência curta mas única. Puzzles inteligentes e uma arte espetacular. O final abrupto talvez decepcione algumas pessoas, mas mesmo assim é uma jornada gamística que vale a pena conferir. Na dúvida espere uma promoção para adquirir esse jogo, mas não deixe de jogar.

Se você deseja jogar seu dinheiro fora é uma ótima opção. Eles passaram 12 anos tentando fazer interação com tudo quanto é bobeira de objetos e o Duke nem possui animação de pulo. Tenso. Sério o jogo possui um péssimo ritmo, poucos momentos engraçados e uma física triste. Fique longe.

O melhor jogo de plataforma do ano, e um dos melhores de todos tempos! Muito humor, referências nostálgicas e desafio extremo, mas em pequenas doses e com vários modos de completar as fases, graças aos muitos personagens secretos dessa pérola. Pelo preço que o Stean está vendendo, é um absurdo não pegar esse jogo! Ajude o Meat Boy a resgatar a Bandage Girl! Ou você é um Dr.Fetus, e ninguém ama o Dr.Fetus :P.