Análises recentes de CASÃO

Comprei o jogo pensando ser mais voltado pro gerenciamento do reino (o que não deixa de ter bastante), mas a história me surpreendeu ao ponto de achá-la o verdadeiro ponto alto desse jogo.

Ele lembra um pouco Papers, please, com gerenciamento de reino, aliada a excelente história que te põe em guerras, mentiras, intrigas, assassinato, tudo isso ao lado de cuidar de sua família e seu reino. Há várias reviravoltas, além de várias decisões que impactam no final. As escolhas são difíceis e você realmente sente o peso delas em alguns momentos (há outros que parecem irrelevantes). A tradução PT-BR é bem boa e mostra que os criadores se importam com nós brasileiros.

Enfim, um excelente jogo que você poderá zerar em um final de semana. Recomendo!

Kingdom Come: Deliverance vai além de um jogo, é uma experiência primorosa no mundo dos games. Pelo fato de ser um RPG em mundo aberto, você já imagina o tanto de conteúdo que o jogo vai botar na sua mão. Mas o melhor é que além da quantidade, ele também coloca qualidade em tudo o que ele propõe.

Nesse jogo você é ambientado na idade média, mas sem dragões, sem magias, sem fantasia. Apenas o mundo real da época muito bem retratado. Acho que, em um RPG de mundo aberto, nada semelhante foi feito anteriormente. A quantidade de informações históricas europeias é gigante, não só na ambientação, mas na literatura, na cultura e até no modo em que os cidadãos viviam (colocando religião literalmente acima de tudo).

A história é bem legal, desde o começo você já se apega ao protagonista e a sua história. Mas diferentemente de muitos jogos, aqui o seu personagem é um zé ninguém e vai precisar se provar pra crescer no jogo. E não só o protagonista dentro da história, mas o jogador também. O combate é muito criticado, mas acho que ele retrata perfeitamente o protagonista: você é ruim e precisa ser melhor pra conseguir seus objetivos. No decorrer do jogo, você aprende o combate e luta melhor. No início um oponente já é seu terror, no final do jogo você luta com 5 e ainda sai vivo. E bem. É exatamente assim que o protagonista se desenvolve.

O mapa é maravilhoso, o jogabilidade é bem legal. Ele é todo traduzido em português (e muito bem traduzido). As missões vão te prender (é claro que há missões insuportáveis, como em qualquer mundo aberto, mas quem já tá acostumado entende). O que achei mais legal das missões é que você tem caminhos diferentes de realizá-las e nem sempre é o caminho óbvio que você acabará tomando.

Você vai enfrentar alguns bugs, sendo uns engraçados e outros completamente irritantes. Mas nada que atrapalhe sua experiência. Os DLC’s são muito bons e indico a jogatina de todas, é um excelente acréscimo de tempo para você curtir ainda mais essa obra prima. Pra mim, esse é o ponto mais negativo do jogo, porém devemos levar em conta que não é um estúdio grande e é um jogo com 8 anos de existência.

Finalizando, recomendo fortemente o jogo se você gosta de RPG, de mundo aberto, de boas ambientações e, em especial, de história. Se você tiver dificuldades no combate, persista, porque vale a pena. Que venha Kingdom Come: Deliverance II.

O joguinho é legal, a campanha é curtinha e ele é bem simples. Você é responsável por designar as unidades de emergência (polícia, bombeiros e paramédicos) para os incidentes, sendo que o jogo começa bem tranquilo e no final você fica até maluco. Você pode contratar novos funcionários, comprar os veículos e até os itens que eles usam, com base no dinheiro que você ganha em cada missão. Tem umas ligações que acontecem por parte de NPC's que são bem realistas, tanto na chamada, quanto nas conversas, inclusive em determinadas ligações a sua escolha realmente importa.

O jogo é bem feito e rende alguma diversão por um tempo, mas o grande contra é que ele fica enjoativo bem rápido. Se você consegue terminar a campanha, dificilmente vai querer continuar jogando, porque fica bem repetitivo e não tem muita coisa nova que realmente justifique perder mais tempo.

Por fim, recomendo o jogo se você curte esse estilo de gerenciamento com essa temática. De quebra ainda vai aprender um pouco sobre socorro, como atuar em alguns tipos de acidente, etc.

Decidi dar uma oportunidade a esse jogo, mas não criei muita expectativa. Quando comecei, me senti extremamente perdido, sem entender nada. Pouco a pouco fui entendendo as mecânicas, a história e o que estava acontecendo ali. E te afirmo que, se você tiver paciência e gostar de jogos mais lidos do que efetivamente jogados, você vai amá-lo.

De forma lenta, você passa a entender o que é, onde está e o que está acontecendo em sua volta. Conhece personagens, cada um com seus sofrimentos e histórias, e se apega a eles. Você se apega ao local em que se encontra (o famoso Eye) e se sente realmente decidindo o que fazer na história. Quando fui me inteirando da história, comecei a pesquisar sobre o jogo na internet e vi que você se sentir perdido é normal, porque é uma experiência, é a experiência do personagem. Você, de certa forma, acaba jogado ali e é a sua função entender como é aquele mundo, como as coisas funcionam e o que, de fato, você é. Cada resposta, cada explicação realmente mostram o porquê a história do jogo é fascinante.

Há situações em que você percebe analogias da vida real misturada com a história do jogo, que é fantasiosa pela natureza espacial. Mas não tão fantasiosa, porque se um dia os humanos chegarem naquele ponto de exploração e domínio espacial, pode muito bem ser uma realidade. Mas as analogias, diferentemente, já acontecem hoje. Grandes corporações explorando pessoas e jogando-as fora como lixos, danificando ambientes, enfim, tudo o que a gente já vê hoje.

A gameplay é bem fácil quando você entende. Basicamente você depende dos seus dados e a quantidade deles depende de sua "condition": se ela estiver baixa, você terá poucos dados. Também há um sistema de árvore de habilidades típica de RPG, porém bem simplificada e curta. A gameplay, diferentemente da história, é bem tranquila de entender.

Minha única crítica pra não ser um daqueles jogos com nota máxima pra mim é a ausência de tradução PT-BR. O jogo é muito textual e ler em inglês é cansativo pra quem não tem o domínio total da língua. E é um jogo razoavelmente novo, então acho que seria legal ter implementado ao menos mais tarde. E o Citizen Sleeper 2, que saiu há pouco tempo, também despreza o PT-BR (até a data dessa análise), então parece que a empresa realmente não liga para as demais linguagens.

Recomendo muito o jogo pra quem gosta do estilo (há quem diga que lembra Disco Elysium). Se tiver dificuldades com inglês, mas tiver paciência, use o Google Lens no app Google Tradutor pra acompanhar a história. Mas quem não tem e gosta do estilo, vai fundo, vale a pena.

Bom jogo no geral.
São 12 capítulos, sendo que alguns eu gostei bastante e outros eu achei mais entediante. A história é boa, mas nada surpreendente, senti que algumas coisas foram meio forçadas. Os personagens não são muito carismáticos e você realmente não se apega a nenhum (acho que só ao cachorro com cadeira de rodas). Também não senti o peso das escolhas que você acaba fazendo, inclusive algumas delas parece que te fazem chegar ao mesmo final (percebi isso, porém não joguei novamente para verificar outros finais).
A gameplay é bem feita, há puzzles bem fáceis, um sistema de investigação bem simples que não te pune por eventuais erros, o que pra mim acaba deixando meio fácil demais.
Para quem gosta do gênero, por um preço promocional, vale a pena dar uma oportunidade ao jogo. É uma boa experiência no geral.

Foi nesse Tropico que eu conheci a franquia. É um excelente jogo de gerenciamento, construção de cidades e simulação de como ser um ditador. A jogabilidade é muito boa e tudo é muito intuitivo. A campanha é bem tranquila e muito engraçada, só é extensa (20 fases). Uma coisa que deixa o jogo repetitivo (que no Tropico 5 foi corrigido) é sempre ter que começar a sua ilha do zero no modo campanha. O começo é sempre o mesmo, sempre monótono. Além disso, de ponto negativo, também temos a ausência de tradução PT-BR (apesar de ser aceitável, é um jogo de 2011).
Joguei a DLC Modern Times e também é muito boa, a campanha é massa assim como no jogo principal. Adiciona novas construções muito úteis que tornam o jogo mais fácil. Os acontecimentos históricos a cada ano também trazem um dinamismo pras missões.
Enfim, recomendo muito o jogo pra quem gosta desse gênero de jogos.

Esse jogo é uma experiência única no mundo dos games.
É algo totalmente diferente de tudo que você já jogou, afinal, é um RPG com batalhas no qual você pode "zerar" sem matar ninguém. Quando você começa o jogo, não percebe muito sentido nisso. Mas no decorrer da história, principalmente no final, você percebe a moralidade por trás de suas ações. Há vários finais no jogo e eu terminei no final neutro (é o padrão da primeira jogatina). Não fiz outras jogatinas por hora, mas é altamente rejogável.
A história é muito boa e você só percebe isso bem mais pra frente. Alguns personagens são muito engraçados e outros mais emocionais. A gameplay é bem simples e intuitiva, com vários puzzles e "minigames". O sistema de som e o design, para o que o jogo se propõe, é muito bem trabalhado.
Enfim, não dá pra falar muito para não entrar em spoilers, mas assim que finalizei o jogo, pesquisei bastante sobre os finais e sobre a história, visto que é realmente muito bem elaborada. Como eu li em uma análise na internet: "esse não é um jogo sobre fazer suas escolhas. Mas é sobre lidar com os efeitos de suas escolhas".

Eu realmente gostaria de dar uma nota positiva pra esse jogo, pois tem boas ideias, mas a execução é muito ruim. Há pontos positivos como o sistema de construção, a variedade de itens, a ideia de fazer um turismo em sua ilha construindo casas e lojas, mas é tudo feito de forma bem preguiçosa.
A história é ruim, não cheguei até o final, mas ela simplesmente não te prende. Poucos NPC's e todos são sem carisma, totalmente robóticos. Parece que se eles não existissem, o jogo fluiria da mesma forma. O combate é fraco e a agricultura também é muito superficial. Depois que você libera os barcos e começa a viajar pras ilhas, percebe que as ilhas são apenas pontos pra coletas de recurso, sem vida nenhuma. E quanto mais você se aprofunda, mais percebe o vazio do jogo e como ele foi feito de forma preguiçosa (tipo, você constrói e tudo mais, mas não tem história, não tem NPCs legais, não tem nada, é só construção até sua fazenda ficar cheia de coisas e você parar por falta do que fazer).
Como há várias opções no mercado nesse estilo (Stardew Valley, a série My Time, Story of Seasons e uma infinidade de jogos), não acho válido perder tempo num jogo vazio.
Uma pena, porque não dá pra negar que a empresa tinha um grande potencial em mãos.

Sem dúvidas é um excelente jogo, seguindo muito o padrão de qualidade do primeiro, com diversas melhorias (inclusive maior variedade de finais).
Sobre a história, ela é bem trabalhada, apesar de algumas partes meio forçadas. Mas no geral ela segue um bom padrão, inclusive com um excelente desenvolvimento de personagem dos dois irmãos. O final, dependendo de suas escolhas, é bem legal e bonito.
Sobre a gameplay, é bem básica, com o mesmo padrão do 1.
A série Life is Strange trata de temas muito importantes do mundo atual. Apesar de ser um jogo feito há alguns anos, os temas abordados estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia.
Enfim, vale muito a pena jogar, pode comprar sem medo. E numa promoção fica bem baratinho.

Esse jogo é ruim demais. É bugado, é mal feito e não é divertido. Os NPC são horríveis, a construção é horrível e a simulação é péssima. Jogo bem preguiçoso mesmo. Acho que só serve pra streamer fazer 2 horas de graça em live e nunca mais abrir, porque fora esse cenário não vejo razão pra jogar isso. Não percam tempo.