A aventura do Cabeça de teia foi modernizada, com claras influências do Morcegão da Rocksteady, o jogo apresenta o Teioso numa Manhattan atual com várias referências dos quadrinhos e da realidade misturadas. Peter está mais velho, já fazem 8 anos desde que ele perdeu seu tio Ben e sua cruzada como o Herói mais sem sorte dos quadrinhos começou, a primeira missão do jogo é sobre isso, vemos Peter animado com sua grande chance de botar o Rei do crime atrás das grades, um dos grandes vilões da galeria do Miranha, nesse mundo ele é o principal vilão do Teioso por esses 8 anos, mesmo enfrentando outros super vilões como Vulture, Shocker, Rhino, Camaleão, Scorpion e Electro. Mas como a história de Peter sempre nos ensina com grande poderes, vem grandes responsabilidades e estar nesse momento com a capacidade de prender o maior criminoso de Nova Iorque vai se provar um desafio ainda maior pro Homem Aranha, com o trono vazio deixado por Wilson Fisk, outros vilões vão surgir querendo se aproveitar, será que o Cabeça de Teia dará conta de impedir uma nova ascensão criminosa em sua amada cidade?

Quando falei que o jogo é bem moderno, quis dizer também sobre sua linha do tempo. Mary Jane, Black Cat, Normal Osborn, Harry Osborn e Tia May retornam para seus papéis mais que consagrados dos quadrinhos/filmes/jogos, com a adição de Yuri Watanabe e Martin Li, personagens mais atuais dos quadrinhos do Aranha.

Marvel's Spiderman é um jogo de mundo aberto, explore a cidade coletando colecionáveis, derrotando "dungeons" de criminosos, resolvendo puzzles e acabando com o crime na cidade. O jogo colocará vários marcadores no mapa e indo até eles você pode começar uma missão, bem ao estilo já consagrado pela Ubisoft. As missões secundarias são as mesmas de sempre com alguma variação, bater numa galera, salvar cidadãos, perseguir carros, usar o spiderbot para destruir bombas, etc. As missões principais e secundarias vão liberar experiencia e tokens para dar upgrade ou comprar roupas/gadgets do Aranha. Algumas roupas e gadgets só podem ser comprados a partir de algum nível e por tanto você vai se encontrar repetindo muito combate ao crime e missões secundarias se quiser obter todos os extras e colecionáveis do jogo.

O combate do jogo consiste em combar os criminosos até que eles sejam nocauteados, prender eles com teias em alguma superfície ou arremessar eles de lugares altos. A variação se dá pelos upgrades dos adversários que começam como bandidos comuns de gangue e capangas do Rei do Crime, para mercenários treinados, zumbis, gangue dos demônios e até mafiosos da Maggia. O combate do jogo é bem satisfatório, você abusará de desviar ataques nos últimos segundos graças ao sensor Aranha, arremessar seus adversários amarrados em teias e prender eles combinando seus gadgets, o lugar mais seguro do combate é no ar, além de poucos inimigos terem alguma forma de te atacar lá, a maioria fica inofensiva no alto até que caiam no chão. Existe no jogo uma tentativa de stealth, mas para meu gosto, achei muito fraco, você pula de lugar em lugar nocauteando inimigos distraídos com um soco ou chute, ou prendendo eles em paredes e lugares altos amarrados em teia sem que os outros capangas descubram sua localização.

O Aranha pode subir até o nível 50 fazendo com que todos os seus combos tenham eficacias contra inimigos mais forte, dando mais mobilidade a sua locomoção, aumentando seu arsenal de golpes e melhorando sua barra de foco, que te permite finalizar qualquer inimigo com o apertar de dois botões ou usar sua energia acumulada para recuperar vida, algo extremamente necessário nas dificuldades mais elevadas do jogo e nas DLCs.

Nessa jornada Peter ira enfrentar vários vilões clássicos de sua galeria e um mais recente. Devo dizer que gostei bastante de algumas lutas e achei outras bem fraquinhas, o ponto positivo fica pela atuação dos vilões e do próprio Miranha, sempre há um diálogo acontecendo para te entreter nas batalhas até dos chefes mais repetitivos.

Sobre as DLCs, elas entregam mais do jogo, mas nada memorável, a história sobre a Maggia e o Hammerhead não é tão boa quanto a da campanha principal. Os inimigos só são mais difíceis e o Teioso não ganhou nada novo para usar contra esses inimigos mais fortes, fazendo a DLC ser apenas conteúdo reciclado para acompanhar o Aranha com arsenal completo. Na segunda DLC já me sentia arrastando jogo, pensando na maneira mais rápida possível de fazer as side quests e derrotar o chefe. O lado bom são as roupas extras, exploração do arco de alguns coadjuvantes do jogo base e a batalha final contra o HammerHead.

Senti claras referencias ao jogo do Morcego e quanto a isso precisa melhorar a sensação do stealth, o Teioso não é o Batman, ele tem muito mais recursos para se esconder e atacar, criar armadilhas usando só teia, sem precisar de gadget, etc. As lutas dos Chefões também, embora algumas são ótimas, sinto que num jogo desse tamanho todas deveriam ser pelo menos memoráveis e não repetitivas. O jogo é meio repetitivo, mas creio que esse é mais um problema na forma de mundo aberto do jogo e não um problema do jogo. Destaque especial para a história da campanha principal, que é maravilhosa, melhor que muitos filmes do Homem Aranha.

No futuro, depois de guerras nucleares, a humanidade está por um fio, nesse planeta devastado e com suas ruínas se soltando do planeta e flutuando na atmosfera, as chamadas lágrimas da terra, a humanidade se esforça para sobreviver. Nossos protagonistas recebem a árdua tarefa de encontrar a causa do envenenamento do rio que corre em seu vilarejo e partem para se aventurar na provável fonte do problema. A torre das Gorgonas.

Astalon é um jogo lindo com cores vibrantes e uma estética que lembra os jogos de nintendinho ou gameboy, é um metroidvania, isso é, um jogo que mescla combate e exploração com plataforma. Você controla três protagonistas, que podem ser alterados nos savepoints.

Cada protagonista tem uma arma diferente e habilidades exclusivas, mas dividem a mesma quantidade de HP. Kyuli a arqueira abate seus alvos a distâncias seguras e pode ter um segundo salto após pular em uma parede ou quina, Arias, o cavaleiro, ataca de perto com sua espada, que pode cortar raízes que bloqueiam o caminho e conta com um escudo para receber dano reduzido, Algus usa magia para acertar alvos entre obstáculos e pode ativar interruptores mágicos.

Spoiler: Existem mais dois personagens desbloqueáveis com novos tipos de ataque e habilidades exclusivas, além de itens que alteram e adicionam habilidades exclusivas para todos os protagonistas.


O jogo tem uma mecânica roguelike onde ao morrer você volta para o início da torre, precisando explorar ela para desbloquear itens e habilidades que te permitam voltar mais rápido para o lugar de sua morte. O jogo conta com uma lojinha que pode ser acessada ao morrer para fortalecer seus personagens e comprar habilidades que te ajudam a explorar a torre.

O combate é bem simples, já que o jogo conta com dois botões praticamente, pular e atacar, aumentando a dificuldade nos chefes e mini chefes. Há vários segredos para serem explorados na torre, desde itens e habilidades até segredos para serem acessados no menu principal.

Gostei muito do jogo, especialmente da trilha sonora como os destaques: Dark Serenity, Arteries e This Cursed Tower. Como pontos negativos destacaria o grind, que se torna supérfluo após achar multiplicadores de almas e algumas cenas que perdem a profundidade delas pois são inseridas de qualquer forma, como a revelação de um segredo do protagonista ser emendado na mesma cutscene de cura do time. Mas, mesmo nas falhas, o jogo continua com aquele charme retrô com sua paleta de cores vibrante entre personagens e cenários e sua trilha sonora chiptune nostálgica .