170
Products
reviewed
167
Products
in account

Recent reviews by Lord_Dracon

< 1  2  3 ... 17 >
Showing 1-10 of 170 entries
3 people found this review helpful
8.8 hrs on record
The Big Con (“O Grande Golpe”) é um joguinho de aventura e exploração, com visão “pseudo-isométrica” ambientalizado nos EUA da década de 1990.

Você é Ali (Alison), uma adolescente filha de uma dona de locadora de VHS, que está devendo quase 100 mil dólares para agiotas. Oportunamente, após descobrir a situação, Alison se depara com Ted, um golpista que logo resolve lhe ajudar, lhe ensinando suas táticas bem questionáveis e então, contrariando a sua mãe, ao invés de ir para um acampamento musical em suas férias, Alison resolve seguir com o golpista para atravessar os EUA, com o objetivo de roubar e aplicar golpes para conseguir a quantia devida e salvar a locadora.

Embora o jogo tenha essa premissa moralmente incorreta e errada, ela funciona muito bem porque os desenvolvedores adotaram um tom leve para o jogo, que não chega a ser infantil mas também não é “pesado”. A jogabilidade consiste em você sair “batendo carteira” das pessoas (literalmente) e aplicar diversos golpes em formatos de mini-games que, apesarem de serem simples, são divertidos.

Eu achei bem interessante a proposta gráfica do jogo, com essa arte de “giz de cera” saturado de cor, embora eu ache que isso combine mais com os anos 1980. A ambientação é boa, embora seja focado nos EUA da época.

A trilha sonora é boa e consegue embalar em diversos momentos da aventura de Ali.

O desfecho do jogo tem uma reviravolta moralmente interessante, que “se torna óbvia” só depois que você passa por ela, ensinando uma bela “lição de moral” tanto à Ali quanto ao jogador. Como o jogo parece ter apenas um final, o que vale é a jornada.

Portanto, se você quer jogar um joguinho indie diferente, divertido e politicamente incorreto, eu recomendo The Big Con apenas em uma promoção, pois R$ 46,99 é um preço um tanto... roubado (com o perdão do trocadilho) para um game simples de curta duração.
Posted 21 April. Last edited 21 April.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
5 people found this review helpful
5.2 hrs on record
No Case Should Remain Unsolved (“Nenhum Caso Deve Ficar Sem Solução”) é uma visual novel com uma jogabilidade point and click de resolver puzzles.

A premissa da história é simples: Uma jovem policial resolve investigar um caso de uma garotinha chamada Seowon que está desaparecida há 12 anos e que o caso tinha sido arquivado como “sem solução”. Para isso, essa policial procura uma idosa (que é uma personagem chave na história) para fazê-la lembrar de tudo o que aconteceu.

A partir daí o jogo apresenta sua jogabilidade, que consiste unicamente em diversos chats enfileirados, como se fossem cartões do Trello. Cada fileira é o relato de um personagem envolvido no caso à policial que está investigando o desaparecimento.

Inicialmente você começará com poucos personagens e poucos chats, e cada chat possui algumas hashtags que servem para abrir novos chats relacionados. Pode parecer simples, mas não demora muito para o jogo te revelar que os chats que surgirem não necessariamente estarão na ordem correta, e para aumentar o desafio, alguns deles não pertencerão à pessoa da fileira em que ele surgiu. Em uns 20 minutos há grandes chances de você ter um verdadeiro caos de informações espalhadas pela tela, com chats que aparentemente não fazem o menor sentido e misturados entre diversos personagens. Por isso é importante ler e prestar atenção aos mínimos detalhes dos depoimentos que estão neles. Alguns chats só são desbloqueáveis com uma “chave dourada”, que você consegue quando conectar alguns chats em ordem cronológica e outros você precisa descobrir informações específicas como alguma contradição que foi dita ou a data de algum acontecimento – inclusive, o campo de data é bem confuso, porque são 4 dígitos, e o jogo normalmente pede para você digitar “o dia de algum evento”, então já deixo a dica para vocês não empacarem que o formato da data é DD/MM ou MM/DD (por ex.: 27 de setembro seria "2709" ou "0927").

Quanto mais você vai investigando, conectando os chats e abrindo novos, mais clara vai ficando a história, que tem em seu desfecho uma trama surpreendente e comovente, com pelo menos duas grandes reviravoltas.

O jogo possui dois finais pelo que pude ver, sendo um deles o verdadeiro.

Dado a sua simplicidade e curta duração, eu recomendo este jogo em uma promoção, se você gosta de jogos investigativos onde você precisa resolver um grande quebra-cabeças para desvendar a sua história de cortar o coração.
Posted 3 April.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
3 people found this review helpful
4.6 hrs on record
While We Wait Here (“Enquanto Esperamos Aqui”) é um walking simulator em primeira pessoa que possui foco narrativo e algumas mecânicas de gameplay diferentes do que se costuma encontrar nesses tipos de jogos.

A história gira em torno de Cliff e Nora, um casal que administra uma lanchonete de beira de estrada onde além de atender e preparar os pedidos dos clientes, também conversam com eles, fazendo-os se abrirem sobre suas próprias vidas e dilemas, enquanto um evento climático extremo acontece em paralelo.

O diferencial deste walking simulator com foco narrativo é como ele é executado, o que me surpreendeu positivamente. Aqui, além de termos uma história adulta, temos uma mistura de um cooking simulator, onde você terá que preparar os pedidos dos clientes, ao mesmo tempo em que revive traumas do seu passado e descobre a história e os traumas de seus clientes. A maneira diferente que o jogo revela os passados dos personagens ao jogador, além de fazer uso de cutscenes, é dando ao jogador a possibilidade de jogar esses eventos com mecânicas variadas, da mesma maneira que jogo What Remains of Edith Finch faz. Adicione a isso tudo um toque de terror psicológico conforme a trama se desenvolve e você tem uma excelente história e narrativa, com alguns plots surpreendentes, sem cair na monotonia.

Os gráficos do jogo são simplistas, remetendo ao 3D do início dos anos 2000. Não é algo ruim de se acostumar e eu acho que combina com a direção de arte. A única sugestão que eu faço é para vocês desativarem as opções “Granulação de Filme” e “Intensidade de pixelização” no menu “Opções” -> “Efeitos visuais” para os gráficos ficarem mais bonitos e nítidos. A trilha sonora é discreta, crescendo nos momentos de suspense e revelações. A dublagem em inglês é ótima.

O jogo possui múltiplos finais que são apenas variações diferentes, dependendo das escolhas e conselhos que você der aos seus clientes.

Só lamento que seja um jogo curtinho, onde você faz um final em pouco mais de 2 horas, e consegue platinar em 4 horas.

Considerando a experiência do jogo como um todo e seu preço baixo, eu recomendo para todos que queiram experimentar uma história de mistério com temática adulta e com toques sombrios com uma gameplay diferenciada.
Posted 30 March. Last edited 30 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
34 people found this review helpful
7.6 hrs on record
Introdução

Lançado no final do ano passado (Dez/2024), MiSide é um daqueles jogos que, à primeira vista, parece ser mais um visual novel de terror psicológico, seguindo a receita atemporal de Doki Doki Literature Club, onde tudo parece normal e kawaii até o jogo “quebrar” (e te “quebrar”) repentinamente. Contudo, embora seja perceptível a inspiração no visual novel da Team Salvato, MiSide consegue ser uma experiência bem peculiar e inédita, trazendo uma grande variação de gameplay e uma ótima história, passando uma crítica para alguns tipos de jogadores refletirem em seu desfecho.

Não é a toda que, desde o seu lançamento, este jogo causou um “burburinho” nas comunidades de jogos indies. O “burburinho” foi tamanho que, três meses depois de seu lançamento (no momento em que escrevo esta análise), o jogo encontra-se traduzido para 26 idiomas incluindo o português. E não para por aí. A comunidade brasileira gostou tanto do jogo que uma uma vtuber brasileira chamada Eveline Teach dublou todos os diálogos da Mita (a personagem do jogo), e sua dublagem ficou tão excelente que foi incorporada ao jogo de maneira oficial. Eu gostaria de deixar meus parabéns, não somente para essa vtuber, mas também pelos desenvolvedores, que criaram uma ferramenta que é instalada junto com o jogo e de fácil uso que ajuda qualquer pessoa criar a sua própria dublagem, seja para a Mita ou para as falas do protagonista (jogador). Espero que isso sirva de exemplo para outros jogos indies.


Análise

MiSide é um visual novel em primeira pessoa no estilo “walking simulator” na maior parte do tempo. Você é o protagonista da história, podendo dar o nome que quiser à ele. Tudo começa quando você recebe uma mensagem no seu smartphone para baixar um jogo, e ao executá-lo, este revela ser um joguinho no estilo de um Tamagotchi, onde você tem que conviver, ajudar, interagir e cuidar de Mita, a personagem do joguinho de celular. Que mal teria em passar dias jogando isso, não é mesmo?

A partir daí não há muito o que se falar da história para não estragar a sua experiência. Logo o jogo desenvolve uma narrativa peculiar e perturbadora em alguns momentos, com diversas variações de gameplay e risco de morte do protagonista. O jogo possui um pouco de exploração com diversos easter eggs mas no geral é um jogo linear. Também complementam o gameplay alguns puzzles (bem simples) e diversos minijogos bem legais. A trilha sonora é ótima e acompanha o ritmo das cenas, assim como os efeitos sonoros que são bem caprichados.

O único ponto negativo é que, até o presente momento, o jogo não é compatível com controles. Dado a natureza do jogo é bem de boa jogar com o teclado e mouse, mas eu espero que os devs lancem um suporte oficial para controles no futuro.

O ponto alto do jogo é seu “dinamismo visual”, como as legendas e os gráficos do jogo interagem entre si, seja no modo padrão (quando você joga em primeira pessoa) ou em suas variações. Também tenho que destacar a excelente dublagem da vtuber Eveline Teach, que fez uma incrível atuação, digna de dubladora profissional.

Jogando em Português do Brasil, somente a Mita e um NPC com poucos diálogos terão dublagem em português. Todos os diálogos do protagonista (você) não possui dublagem. Embora isso talvez não incomode a maioria, eu achei estranho meu protagonista “mudo” interagindo com uma voz dublada, o que me quebrou um pouco da imersão. Dei uma pesquisada na Internet e descobri que existem algumas dublagens em português para o protagonista.

A melhor versão que eu achei foi a do Hyper Salgadin, que eu recomendo que você instale e faça um teste. Você pode baixar no link abaixo pelo NexusMods.

Jogador Dublado-MISIDE- (De Hyper Salgadin):
https://www.nexusmods.com/miside/mods/552?tab=description

Provavelmente deve ser a melhor dublagem amadora disponível até o momento para o protagonista, que é dublado por um humano (e não por IA) que até tem talento, ainda que seu timbre seja um pouco grave para o personagem e que lhe escape alguns sotaques em alguns diálogos. Mas a sua atuação está ótima, além de algumas localizações pontuais em algumas falas que ficaram melhores que a tradução oficial. Eu acho que essa dublagem do jogador também poderia ser incorporada ao jogo oficial.


Conclusão

Eu confesso que inicialmente eu achei que o jogo seria outro terror psicológico “mais do mesmo”, só copiando a fórmula de Doki Doki Literature Club, e estava protelando em comprá-lo por achar caro pagar R$ 46,99 em um jogo com duração média de 4 horas. Na última promoção de outono, mesmo com apenas 10% de desconto, resolvi dar uma chance e comprá-lo, para ver se ele era tudo isso mesmo.

De fato, o jogo me surpreendeu. Não só por toda a trama e as variações na condução da narrativa mas ele parece durar bem mais do que 4 horas (joguei 7,6 horas no momento da minha análise mas parece que foram 10). Ele também tem um pouco de fator de rejogabilidade, permitindo que você destrave finais diferentes. E parece que vem mais conteúdo por aí em breve.

Se gosta desse estilo de jogo pode comprá-lo no preço cheio, pois ele vale cada centavo. Recomendadíssimo!
Posted 26 March. Last edited 28 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
2 people found this review helpful
25.3 hrs on record
Dungeons of Hinterberg é um jogo em terceira pessoa de ação, com elementos de RPG em um mundo semi-aberto. Nele, você é Luisa Dorfer, uma advogada junior que resolve viajar de férias para o vilarejo fictício de Hinterberg nos Alpes Austríacos, onde há vários portais mágicos que levam às masmorras mágicas, que são a principal atração turística mundial do pacato vilarejo.

Basicamente, esses portais surgiram do nada. As autoridades do vilarejo investigaram essa aparição e chegaram a conclusão que elas são “super seguras” e as transformaram em um “parque temático” para todos poderem visitar e tentar completá-las. Para isso, as pessoas precisam receber poderes mágicos específicos para cada região das masmorras, que lhe ajudarão a atravessá-las resolvendo seus puzzles.

Confesso que inicialmente pensei em se tratar de um jogo com historinha slice of life inverossímil com masmorras de puzzles sem propósitos, e isso quase me fez dropar o jogo. Porém, uma vez superada a suspensão da descrença da premissa da história, resolvi continuar a jogatina.

Em questão narrativa o jogo demora para engatar, e de início você acha que a história não sustenta e/ou justifica as masmorras, mas depois de 1/3 do jogo a trama começa a ficar interessante, embora toda ela sempre soe inverossímil mesmo sendo uma ficção.

Parte do jogo tem uma grande inspiração na franquia Persona, pois além do jogo se passar em dias – e você só pode ir até uma masmorra à tarde –, quando você retorna ao vilarejo à noite você é livre para passear e conhecer diversos NPCs, para poder criar um vínculo de relacionamento com eles. Quanto maior o seu vínculo, mais benefícios esses NPCs irão fornecer à protagonista para ajudá-la nas suas “férias”. Sempre no início de cada dia a protagonista terá que escolher uma das quatro regiões de Hinterberg, que são os mapas onde as masmorras estão. Cada região tem seu “bioma” característico e dois tipos de magias (curto e longo alcance) específicos, que lhe ajudarão nas masmorras daquela região. O combate é estilo hack and slash e são razoavelmente fáceis, desde que você sempre consiga novos equipamentos e principalmente melhore seu vínculo com os NPCs que dão recompensas de combate. Você também terá escolhas de diálogos na interação com esses NPCs mas sinceramente não acho que influenciam na história.

As masmorras em si são fases especiais, caracterizadas de acordo com a região, onde você precisa resolver diversos puzzles para chegar na saída. Eu achei os puzzles bem de boa, não é nada que te deixe empacado em algum lugar por mais que 5 minutos, e quando isso acontecer, basta observar os detalhes à sua volta e as magias à sua disposição para entender o que fazer. Intercalado com os puzzles há locais de combate contra monstros e algumas masmorras possuem chefes. Eu diria que eu gostei dos desafios e da variedade de gameplay que os devs deram aos puzzles dessas masmorras, algumas delas mudando a visão da câmera fazendo o jogo parecer de plataforma, outras deixando o jogo com visão isométrica, e uma masmorra em específico me pareceu ser uma grande homenagem ao jogo mobile Monument Valley. Para mim, a experiência nas masmorras foram bem satisfatórias, e depois de completar umas cinco eu fiquei “viciado” nelas, não vendo a hora de ir para a próxima.

Embora pareça, Dungeons of Hinterberg não é um RPG. Você tem elementos de RPG como poder trocar seu equipamento, equipar poções para uso rápido, “conduítes de ataque” (que são uns ataques especiais), equipar “amuletos”, que servem para você dar algum poder extra ou aumentar ataque/defesa da protagonista, e funcionam em forma de “slots”, com um número limitado de espaço e os amuletos variando de tamanho (igual aos chips de NieR:Automata), mas fora isso, o jogo tem uma progressão quase linear. A protagonista não ganha XP e seu level é baseado em seu ataque e defesa. Ficar enfrentando monstros só serve para ganhar dinheiro e alguns itens de troca/venda. Além disso, durante as masmorras, muitas vezes você encontrará baús com armamento melhores do que aquele que você acabou de gastar uma grana alta na loja do vilarejo, de modo que o jogo sempre vai te “uppando” conforme você progride.

Os gráficos são no estilo de Cel-shading com estética de quadrinhos, com alguns efeitos de dithering aplicado nas texturas, dando um aspecto único sem soar retrô. Eu achei bem bonito e diferente, apesar da protagonista ter um sorriso em forma de um mustache. A trilha sonora é ok, não tem nada memorável mas seus arranjos combinam com as situações.

O único ponto negativo do jogo para mim foi a decisão dos devs de popular o pequeno vilarejo de Hinterberg com “NPCs fantasmas”. Você verá diversos NPCs genéricos que alternam de cor cinza (quando estão longe) e que ao se aproximarem se tornam coloridos, mas que nem interação e colisão possuem (você pode atravessá-los como se fossem fantasmas). Pra piorar, muitos deles simplesmente surgem ou desaparecem na sua frente, e o jogo não faz nada para disfarçar isso, o que quebra muito a imersão no início. Depois de um tempo você se acostuma, mas teria sido melhor que os devs tivessem deixado poucos NPCs “reais”, ainda que sem interações, do que criar esses “NPCs fantasmas” para simular uma alta densidade populacional.

Junto do jogo base você terá uma DLC gratuita que foi adicionada recentemente entitulada “Episódio: Renaud”, que é uma prequel e conta a história de um desses NPCs que irão ajudar a protagonista no jogo base. Aqui, o tal do Renaud precisa desvendar o mistério de sete fendas que surgiram, e que na verdade se tratam de “proto-masmorras”. Diferentemente do jogo base, esta DLC é totalmente linear e curtinha, com umas 2 horas de duração. Entretanto, confesso que eu achei ela interessante, principalmente as “proto-masmorras”, onde algumas delas inovaram em algumas mecânicas de puzzles que as masmorras do jogo base não possuem.

Para terminar, Dungeons of Hinterberg é um jogo que, de início, você não dá nada para ele. A ficção inverossímil da história também não ajuda, mas depois de jogar algumas horas você acaba gostando, seja pela trama ganhando forma, seja pelo prazer de completar as masmorras. Por isso eu recomendo este jogo se você quer algo diferente, com combate hack and slash e puzzles, levemente casual e visualmente bonito. Embora você provavelmente gaste 20 horas fácil para concluí-lo, não acho que ele vale 100 conto, então espere por uma promoção de pelo menos 50% de desconto.
Posted 23 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
2 people found this review helpful
21.0 hrs on record
Beyond Galaxyland é um RPG de plataforma com gráficos 2.5D, batalhas em turnos e um “universo aberto” para descobrir e explorar, com uma história e ambientação fortemente inspirada na obra O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Criado por um desenvolvedor solo, o jogo conta a história de Doug, uma pessoa comum da “praticamente inofensiva” Terra, que repentinamente vai parar em um sistema solar diferente com diversos planetas e seres alienígenas peculiares. Assim como a obra de Douglas Adams (seria o nome do protagonista uma referência? 🤔) em alguns momentos a narrativa do jogo beira ao absurdo mas ao mesmo tempo se mantém coesa dentro da sua proposta, sempre mantendo um tom leve e de comédia, até em situações urgentes, te engajando logo de início e te deixando curioso para o que vai acontecer em seguida.

Em 99% do tempo o jogo é um platformer, onde você poderá explorar diversas regiões de diversos planetas (quando o momento chegar), podendo ir e voltar, e resolver alguns puzzles neles, que são bem de boa. Suas batalhas são como um típico RPG de turno, de maneira simplificada de início, mas conforme você avança na história as batalhas vão se tornar desafiantes. Os outros 1% são alterações de gameplay em minijogos de algumas sites-quests, como corridas de “moto” e de naves.

Para um RPG, eu diria que a dificuldade é até bem equilibrada na primeira metade do jogo, se tornando um pouco desafiante na metade final. E aqui começo a citar alguns pontos negativos, como o jogo não te dar muitas opções para uppar os personagens do grupo – te deixando refém de muitas side-quests – onde maioria delas são tudo de nível alto (20+). Para agravar a situação, seus companheiros de grupo que estão na reserva não ganham experiência. Então meio que você é obrigado a decidir cedo quais personagens você vai querer manter na ativa. O jogo permite três no máximo.

Em compensação, algumas missões dão experiência o suficiente para você avançar uns 5 níveis quase que de uma vez, embora se você não souber ou tiver preguiça de analisar os inimigos, só uppar não será o suficiente.

Falando em analisar os inimigos, o jogo tem um sistema de “Álbum de Fotos” onde você pode tirar uma foto de qualquer inimigo ou ser vivo na tela e então poder analisar seus atributos. Isso é especialmente importante para você enfrentar um inimigo e poder ter de antemão informações de seu elemento vulnerável (água, fogo, terra, elétrico, luz e trevas) e para poder visualizar seu HP durante a batalha.

Também vale mencionar que você pode capturar todos os monstros – e até alguns chefes – para usá-los posteriormente ao seu favor em batalhas futuras, no melhor estilo Pokémon. Não entendo porque as pessoas gostam tanto disso mas aqui eu até achei interessante, até porque os grandes danos por elementos só são possíveis através desses monstros capturados. Logo, você terá que coletar alguns. Recomendo muito tentar capturar os chefes, quando possível, por possuírem ótimos ataques e buffs.

A direção de arte e ambientação deste jogo são incríveis. Eu gostei muito de como o pixel art foi usado aqui para fazer esse universo 2.5D e particularmente me senti imerso nele durante toda a jornada, tudo isso acompanhado por uma ótima trilha sonora, que transmite a sensação dos lugares em que você visita.

O único ponto negativo “grave” que eu tenho que mencionar é que aqui temos outro jogo que armazena seus saves no Registro do Windows. Eu já havia criticado essa prática na minha análise de Dex, só que aqui os saves são bem maiores. Eu terminei usando 2 slots e o export dos saves deu quase 40 MB. Pode parecer pouco mas isso não é o tipo de coisa que você coloca para gravar no Registro do Windows. Cheguei a passar meu feedback para o desenvolvedor através deste tópico e eu espero que isso seja arrumado no futuro. Você pode jogar de boa, não vai estragar seu Windows ou coisa do tipo, só não é uma boa prática mesmo, além de ser difícil para pessoas leigas fazerem backup (pode esquecer backup em nuvem).

Se você quiser fazer backup das suas configurações e saves do jogo para um arquivo .reg, você pode usar o comando abaixo no “Prompt de Comando” do Windows (tudo em uma linha só):
reg export "HKEY_CURRENT_USER\Software\Sam Enright\Beyond Galaxyland" "%USERPROFILE%\Desktop\Beyond Galaxyland - Settings and Saves.reg"

Esse comando exporta para a sua Área de Trabalho um arquivo chamado "Beyond Galaxyland - Settings and Saves.reg" (que você pode colocar outro nome, desde que não mude a extensão) com todas suas configurações e progresso. Você terá que repetir esse comando toda vez que terminar uma partida, caso queira sempre ter um backup recente. Se eventualmente você precisar recuperar e/ou restaurar o backup, basta clicar duas vezes sobre esse arquivo e depois em "OK".

No mais, eu gostei bastante da jornada, história e gameplay de Beyond Galaxyland. Diferentemente de algumas análises negativas eu gostei e entendi o final (que parece terminar no clímax) e eu não acho que justifica negativar toda a experiência. Apesar dos pontos negativos mencionados anteriormente eles não atrapalham os pontos positivos e a experiência completa do jogo em si, e é por isso que eu estou recomendando ele, até no preço cheio, considerando sua qualidade, capricho e duração.

Pegue a sua toalha e acompanhe Doug nessa aventura para descobrir os segredos da vida, do universo de Galaxyland e tudo mais, e esteja preparado para enfrentar grandes desafios, mas NÃO ENTRE EM PÂNICO!

Até breve, e obrigado por ler até aqui.
Posted 12 March. Last edited 13 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
2 people found this review helpful
5.1 hrs on record
Eu fiquei um bom tempo em dúvida se eu comprava ou não este jogo. A maioria das análises me convenciam que era bom, e as poucas análises negativas me pareciam bem certeiras em me convencer do contrário.

Então eu resolvi dar uma chance e comprei ele em uma promoção, por 90% de desconto, por R$ 3,69.

Foi então que minhas dúvidas acabaram, juntamente com a vontade de jogar.

O jogo começa bem promissor mas logo se mostra confuso e sem sal. Os gráficos em pixelart são bem bonitos e a ambientação estão ótimas, mas a jogabilidade é bem ruinzinha se você está habituado a jogar com um controle, principalmente a mira da arma, onde você usa o analógico direito. A fase no “Ciberespaço” é outra desgraça.

A interface é confusa e mal organizada.

A história, até onde joguei, não te engaja. Eu diria que é bem superficial. Você não consegue se conectar com ninguém, pois quase todos os NPCs possuem diálogos e histórias genéricas. Não há nenhum diferencial que sirva de tempero para uma narrativa cyberpunk clichê da “personagem escolhida contra megacorporações”.

O mapa, embora seja um mundo aberto 2D, só é bonito, porque possui pouca interatividade. Os únicos NPCs que você consegue interagir só querem te dar missões secundárias. Faça uma pequena exploração no início do jogo e logo você estará com umas dez side-quests sem graça. Claro, você pode optar não fazê-las, mas aí não sobrará mais nada para fazer. Algumas dessas side-quests não agregam quase em nada no universo do jogo e eu temo ser o único método de você “uppar” o level da protagonista, visto que os inimigos derrotados não dão respawn.

Para completar, os devs conseguiram a façanha de armazenar os saves do jogo DENTRO DO REGISTRO DO WINDOWS. Então, não tem save na nuvem porque não tem save nem em arquivos. Você vai ter que manjar o básico de uso do REGEDIT para fazer backup e não correr o risco de perder seu save caso seu Windows dê algum problema. Além disso, para algo armazenado no Registro do Windows, o jogo consome muito, algo em torno de 2 MB de dados, o que pode parecer irrisório, e de fato seriam, se fossem armazenados em arquivos. E olha que eu só usei dois slots de save.

Enfim, eu juro que tentei gostar de Dex, mas não deu. Mesmo os jogos que eu negativo eu costumo terminá-los, mas este eu dropei de tão chato e tedioso que foi. Não recomendo para ninguém.
Posted 27 February. Last edited 27 February.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
8 people found this review helpful
5.1 hrs on record
Firewatch é um walking simulator em primeira pessoa em um mundo aberto onde você é Henry, um homem adulto que aceitou um emprego de “Vigia de Incêndios”, um tipo de guarda florestal de menor hierarquia onde seu objetivo é ir para uma área rural e viver uns meses no alto de uma torre observando eventuais focos de incêndios florestais.

Uma das coisas que me chamou a atenção deste jogo foi o seguinte aviso na página da loja: “Firewatch é um jogo sobre adultos tendo conversas adultas sobre assuntos adultos.” Como eu prezo por uma narrativa mais madura isso me deixou curioso, então decidi comprá-lo.

E de fato, jogadores jovens podem não compreenderem ou encontrarem alguma conexão com as diversas situações que já são apresentadas ao jogador logo no início, em uma espécie de “prólogo da vida de Henry”, e os diversos dilemas que posteriormente Henry terá com sua única companhia e chefe, Delilah, através de um walkie-talkie, já que a história do jogo é ambientada nos anos 1980.

O gameplay é bem simples e consiste em você realizar as tarefas que sua chefe lhe mandar. Quase sempre ela conversará com você e você poderá respondê-la como quiser (se quiser), o que te deixa “menos solitário” e o jogo menos monótono. Durante suas tarefas, Henry conhecerá melhor Delilah e seu passado, e também vai acabar se envolvendo em diversas situações inusitadas, muitas delas com teor conspiracional, mas que não cabe a mim dizer mais para evitar spoilers.

Pelo que pesquisei, o jogo possui apenas um único final, onde algumas coisinhas podem variar baseado nas suas escolhas no prólogo e durante as suas interações com Delilah. Devo dizer que achei o final bem... “bruto”, e que muitos jogadores talvez não vão gostar. Acho que o objetivo do jogo é passar diversas mensagens ao jogador durante a jornada e uma última no final. Para mim fez sentido, mas vai depender da interpretação de cada um.

Como o forte de Firewatch é sua narrativa, é importante entender a história. Então se você não sabe inglês, agradeça a um fã que fez uma excelente tradução para o Português do Brasil disponível no guia abaixo, que eu recomendo muito de você usá-la.
https://steamproxy.net/sharedfiles/filedetails/?id=3239381666

No mais, Firewatch é uma experiência narrativa interessante e gostosa de jogar, que aborda diversos dilemas da vida adulta. Por ser curtinho e ter uma duração média de 5 horas, eu recomendo você esperar uma promoção, pois ele fica com 90% de desconto, custando apenas R$ 5,99.
Posted 22 February. Last edited 3 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
4 people found this review helpful
4.5 hrs on record
Outcore: Desktop Adventure é mais uma daquelas joias de jogo gratuitos que você encontra por acaso e que te entregam uma experiência peculiar e completa que muitos jogos pagos falham em fazer, e com suporte a 14 idiomas, incluindo o português.

Sua missão é ajudar a Lumi, a protagonista, que por alguma razão misteriosa vai parar na sua área de trabalho, a relembrar do seu passado. E aqui eu preciso destacar que, do ponto de vista técnico, “Outcore: Desktop Adventure” é o jogo mais sofisticado em criar uma quebra da quarta parede interativa com o computador que eu já vi. Do ponto de vista técnico ele supera em anos-luz o que OneShot já fazia com maestria. E em nenhum momento digo isso em demérito das aventuras de Niko, já que são propostas totalmente diferentes.

Mas não se engane: Este jogo não consiste apenas em interações da Lumi com o seu computador. Conforme você vai ajudando ela, o jogo irá alternar seu gameplay para um jogo de plataforma com chefes no final que podem se tornar desafiadores caso você não jogue com um controle. Contudo, o jogo é bem “bonzinho” e sempre lhe dá uma opção de pular a batalha de todos os chefes caso você queira somente seguir na história.

Não há mais o que dizer sobre a história do jogo, pois há risco de spoilers. Embora boa parte a narrativa parece servir apenas para parodiar diversos clichês e estereótipos de outros jogos e do mundo do entretenimento no geral, ela consegue desenvolver bem o propósito da protagonista como uma história de superação, com um desfecho digno de te levar a reflexão.

Definitivamente eu recomendo “Outcore: Desktop Adventure” para todos aqueles que procuram jogos indies incríveis e peculiares. Neste caso não custa absolutamente nada. Mas o valor da sua experiência não terá preço.
Posted 21 February. Last edited 3 March.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
17 people found this review helpful
142.1 hrs on record
Time marches on, and the age of a new king draws near...

Escrever uma análise para Metaphor: ReFantazio parece ser tão desafiante quanto o jogo. Como posso expressar resumidamente toda a minha experiência de mais de 140 horas e ressaltar todos os pontos relevantes do jogo sem escrever um livro?

Mas farei questão de analisar este que foi um dos melhores JRPGs que eu joguei nos últimos anos, se pá da minha vida. Foi aquele jogo que quanto mais próximo do fim, mais eu torcia para ele não acabar, e quando acabou, eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo.

Antes de começar, gostaria de esclarecer que eu nunca joguei Persona, franquia na mesma desenvolvedora e que o jogo parece ter muitas semelhanças. Então espere de mim uma análise mais direta do jogo em si, já que não tenho como fazer comparações.

O que é “Metaphor: ReFantazio”?

A primeira vez que eu vi sobre o jogo, li sua sinopse e assisti seus trailers, confesso que não entendi muito bem qual era o seu estilo. Parecia ser um JRPG em terceira pessoa com combates em turno, mas também parecia ser um hack'n'slash, mas também parecia ser um visual novel. Só entendi melhor como o jogo funcionava quando eu assisti a este vídeo do canal Cogumelando. Foi então que eu percebi que na verdade o jogo é um pouco disso tudo e muito mais. Adicione a essa mistura a uma direção de arte ESPETACULAR, uma história SENSACIONAL, atual, que envolve política em um mundo de fantasia mas sem soar chato, e uma trilha sonora ÉPICA.

História grandiosa e imprevisível disfarçada de clichê

Lendo apenas a sinopse, a história do jogo pode até parecer simples, bobinha e clichê, mas não se engane. Conforme você começa a jogar, logo você se depara com um vasto universo criado pela ATLUS, te apresentando a uma enorme lore, e a narrativa vai ganhando uma profundidade inesperada durante a jornada. Como está na sinopse, o rei foi assassinado e a “magia da democracia” 🤣 é liberada, onde somente o povo poderá “eleger” o próximo rei, não sendo possível burlá-la. A narrativa segue bem a receita da “jornada do herói” mas de maneira bem elaborada e com muitas, mas MUITAS reviravoltas e muitas quebras de expectativas, algumas totalmente imprevisíveis mas ainda dentro da plausabilidade de seu lore. Revelar mais sobre a história teria risco de spoilers, mas posso dizer que muito dela levará você a reflexão, por seus paralelos com diversas situações da vida real.

Definitivamente mereceu o prêmio de “Melhor Narrativa” do TGA 2024.

Mecânica variada de gameplay baseado em dias

O jogo possui diversas mecânicas. Inicialmente o jogo será bem linear e você vai ganhando liberdade aos poucos. Normalmente nesses momentos você assistirá a cutscenes, que podem ser em anime, renderizadas, ou com caixas de diálogos, como em visual novels. Há dublagem em todos os diálogos, excetos nos diálogos triviais do dia-a-dia e de algumas side-quests. Mesmo assim, os personagens e NPCs sempre se expressam por dublagem com palavras e pequenas frases curtas. Quando o jogo te der mais liberdade, ele se tornará um JRPG de mundo semi-aberto onde você pode ir quase a qualquer lugar, a depender do horário do dia e da situação no momento. A história do jogo se passa em dias, com uma simplificação do ciclo de dia e noite, onde você consegue jogar somente a “Tarde” e a “Noite”, e os demais períodos são eventos de cutscenes e gatilhos para certos eventos. Você terá acesso a um calendário e algumas missões principais terão prazo, e caso você perca o prazo é Game Over. Eu achei bem interessante essa mecânica, pois diferente da maioria dos RPGs, aqui você não tem como ficar enrolando infinitamente, e isso te dá uma sensação de urgência, de que o tempo de fato está passando.

O jogo possui tanto o combate por turnos (chamado no jogo de “Combate Tático”) quanto o combate hack'n'slash. Resumidamente, quando você encontra um monstro, se ele for mais fraco que você, você pode matá-lo com uma espadada sem precisar entrar no combate de turno. Se o monstro tiver o seu nível de força ou for mais forte, as espadadas podem no máximo adordoá-lo, para você começar com vantagem no combate em turno, que será inevitável. E não ache que os combates de turnos se tornarão monótonos depois que seu grupo estiver forte e você se acostumar com as suas classes preferidas (chamadas no jogo de “Arquétipos”). O nome “Tático” não foi escolhido a toa, e em algumas missões você terá que sair da sua zona de conforto e explorar outros Arquétipos e estratégias de combate para ter êxito, caso contrário, é bem comum que seu grupo seja nocauteado rapidamente por um inimigo que parecia fácil de batalhar.

Ao contrário de muitos outros JRPGs, as side-quests deste jogo não são monótonas e não se resumem apenas a coletar itens ou matar determinados monstros. Temos uma variedade de situações com os NPCs, principalmente as side-quests dos NPCs que se tornarão os “Seguidores” do protagonista, que são mais elaboradas e que vão te dar benefícios bem úteis para a sua jornada.

Definitivamente mereceu o prêmio de “Melhor RPG” do TGA 2024.

Direção de arte surrealista e psicodélica em estilo anime

Os gráficos deste jogo são uma obra-prima. Todos eles, desde a interface, os personagens, o mundo, os monstros e principalmente os chefes. Inicialmente você poderá sentir um certo desconforto porque toda a interface do jogo parece viva, ficando em movimento, piscando. De fato é até um pouco visualmente poluída, mas isso é feito de uma maneira que sincroniza harmonicamente com o jogo, e logo você se acostuma e passa a gostar. A arte, a fonte do jogo, são todas diferentes do habitual, deixando sua interface com um aspecto único.

Os chefes são os monstros mais bizarros que eu já vi na vida, como se Salvador Dali tivesse desenhado eles em estilo anime inspirado por alguma obra lovecraftiana. E eu não estou exagerando. A minha única crítica (e a única do jogo inteiro) é que a desenvolvedora poderia ter refinado melhor as opções de anti-aliasing para minimizar os serrilhados dos gráficos do mundo e seus NPCs.

Também gostei e achei interessante como as cidades e vilarejos do jogo são apresentados, com multidões de NPCs com onomatopeias grandes sobre eles, como “BLA BLA BLA” ou “TI TI TI”, com diálogos curtos dos NPCs pipocando em diversas posições na tela, como se você jogasse num mangá.

Definitivamente mereceu o prêmio de “Melhor Direção de Arte” do TGA 2024.

Trilha sonora épica que surpreenderiam Franz Liszt e Beethoven

A trilha sonora desse jogo é ABSURDAMENTE ÉPICA. Praticamente todas as faixas possuem aquele tom grandioso, muita delas com coros. Mesmo em lugares calmos como como um vilarejo por exemplo, a música sempre deixa tudo imponente, mas sempre mantendo-se crível nas situações onde são tocadas. Algumas delas me tirou a atenção do jogo quando as ouvi pela primeira vez, e falo isso como algo POSITIVO e não como uma crítica. Não tinha experimentado nada parecido desde NieR:Automata. Fiquei com ela na cabeça fora do jogo e com certeza é mais uma adição à minha playlist.

Definitivamente merecia ter ganho o prêmio de “Melhor Trilha Sonora” do TGA 2024.

Conclusão

Eu acho que eu consegui descrever tudo o que eu achava de relevante sobre Metaphor: ReFantazio, embora a análise tenha ficado enorme. Esse é aquele típico JRPG que se você pegar gosto, você vai querer fazer tudo nele.

Se você gosta desse tipo de JRPG e tiver R$ 300 sobrando, pode comprar no preço cheio, pois este jogo te entrega muito conteúdo (60 horas no mínimo), além de ser bem bem otimizado mesmo com Denuvo. É um tapa na cara desses jogos que custam R$ 350+ porcamente otimizados, com histórias e jogabilidades “mais do mesmo” e duração inferior a 10 horas.

Definitivamente merecia ter ganho o prêmio de “Melhor Jogo do Ano” do TGA 2024.
Posted 12 February. Last edited 12 February.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
< 1  2  3 ... 17 >
Showing 1-10 of 170 entries