[Jogado ate o final no Xbox One]

Brilhante, único e simples. Essas são as três palavras que descrevo sobre Psychonauts™.
Uma aventura que você não esperava que seria tão marcante, pois a apresentação do game é bem fraca e pode ter passado batido por muita gente.

Você controla Razputin (Raz), uma criança de 10 anos, que nasceu com poderes psíquicos, mas, mesmo assim, é proibido de levitar sequer uma caneta. Uma noite qualquer, avistou um panfleto com várias páginas sobre a existência de um acampamento que treinavam crianças para elas conseguirem terem a chance de serem grandes agentes secretos, que possuem poderes psíquicos chamados Psychonauts para combater pessoas de má índole. Nisso, Raz entra de escondido na palestra inicial e, depois, ele é notado e descobrem que ele não foi inscrito. Logo após disso, Raz faz um discurso pelo por que ele deve continuar no acampamento, comovidos com as palavras, aceitaram porque perceberam que ele tem potencial, mas por uma condição, até a hora que os pais do protagonista cheguem, já que ele é menor de idade e precisa da aprovação dos pais para poder entrar nas atividades paranormais. O seu arsenal de poderes psíquicos ainda está fraco, e ao longo do tempo você vai ganhando conhecimento de novos poderes com seus tutores e professores.



Lembra que eu disse que o jogo é simples? Então, para muitos pode ser um ponto negativo.
O JOGO tem um foco direto em jogabilidade, que nem um arroz com feijão, prato simples que você já apreciou várias vezes, com pitadinhas e toques diferentes, (planar, mover coisas e etc). A grande diferença que você vai encontrar são os leve designs e objetivos muito bem pensados e criativos criando uma variedade legal na experiência.
Os coletáveis de Psychonauts são 50/50 em utilidade, não irei citar todos, mas sim os mais importantes; um deles é um dos mais criativos e divertidos, que é uns desenhos de giz chamados de pigmentos que tem mais 30 formas diferentes e são representados na mente da pessoas (por exemplo, um ex-soldado, os pigmentos são granadas, bandeiras, tanques etc.) Sobre os desenhos de giz, meio que eles funcionam como as notas musicais em Banjo-Kazooie. Porque, ao ir coletando várias vai ganhando upgrades para os seus poderes psíquico, mas elas são necessárias para a progressão de história mesmo parecendo um coletável bobo.
Já a currency do jogo é um sistema que não foi bem planejado no quesito de quão você ganha e quanto tu precisas gastar para pegar um item que precisa avançar na história. Visto que se você não procura a coletar no começo, o farm para conseguir o item fica +/- 1~2h, e isso mata o pacing do game.
Outro coletável que existe no jogo são Emotional Baggages ou em PT/BR bagagem de emoções, são coletáveis mais escondido que precisa achar a tag de qual bagagem pertence (exemplo: tag triste é da bagagem de tristeza). Eles não trazem muita eficiência, pois para tu conseguir algo em troca tem que achar todas e, mesmo assim, você aumenta 1 rank, então muito trabalho para pouca coisa.
E o ultimo e o que fiquei de cara, que ele foi umas das inspirações para A Hat In Time, é Memory Vaults que são cofres que guardam grande marcos da vida da pessoa, tantos os bons e os ruins e são visualizadas em forma de slide show de fotos.


Olha, primeira coisa que tu vais pensar que os personagens lembram muito uma obra de Tim Burton: cores escuras e frias, personagens com design um horripilante suave. Mas, no mundo artístico, muitas vezes lembrar de algo de outro criador, é visto como algo pejorativo, mas acredito que essa semelhança faz sentirmos que já conhecemos esses personagens, então, é basicamente uma sensação de conforto.
Cada mundo é uma viagem de conceitos e ideias de como uma mente de um personagem funciona, isso possibilita uma diversidade de elementos e formas que um mundo pode ter em uma temática bem rica e diferente, é fascinante como cada cabeça interpreta emoções e historias totalmente surpreendentes simulada a temática.
Os gráficos são excepcionais para 2005, texturas bem-feitas e, visto que os personagens são meio "deformados", eles não precisavam se preocupar com a contagem de polígonos nos modelos e investiram num cenário mais rico e cheio de detalhes.
As Músicas são compostas por Peter McConnell, que trabalhou em Sly Cooper 2, 3 e Grim Fandango, que tem músicas que você procura ouvir de novo de tão boas que são, mas como Psychonauts é um jogo com uma pegada sinistra, não se vingou tanto, mas elas são ótimas enquanto você está jogando. Entretanto, nada cativante em grande parte. As únicas que posso citar que me agradou fora do game são as "Whispering Rock" "Black Velvetopia", "Bunk Time" e mais duas que não irei citar porque os nomes são spoilers.


Sim! 2005 já existia ferramentas que ajudava o jogador. Porque, em um certo ponto da história, você recebe um item que pode te ajudar a saber como passar do objetivo que esta, como lidar com um inimigo ou até mesmo de um boss, o sistema é tão bem feito que vamos supor que um objetivo tem 25 passos, literalmente fizeram textos e voice lines para as 25 etapas dos objetivos. Isso ajuda MUITO e tu nunca vai sentir que está perdido ou sempre achar o que deve fazer.

Ele é sim um dos grandes 3D Platformers que muitos dos desenvolvedores se inspiram, mas é pouco conhecido ou jogado, se você tem o poder de jogar, faça esse favor que vai ser uma experiência boa para você. Me fizeram tirar o chapéu para eles várias vezes, mas o melhor exemplo, foi como e porque o protagonista tem habilidades de fazer platforming, isso ganha um ponto pois grande maioria só mete o louco mesmo.


+Excelente jogabilidade
+Historia e Personagens ricos em carisma
+Um ótimo final boss e final de historia
+Acessibilidade bem elaborada
+JOGUE PSYCHONAUTS
-Uso de currency mal feito e farm exagerado

Nota: 9,1

pizza gamer