Recent reviews by ᵀғ Zelda Merda

O jogo é bom, apesar de:

- A História do game ser pique filme de sessão da tarde;
- O combate ainda ser um pouco frustrante (mas que ainda assim houve boas evoluções nessa parte);
- O Stefano e o Theodore serem vilões medíocres.

Mas então porque achei o jogo bom? Porque de certa forma é uma boa evolução do primeiro jogo, que convenhamos, o primeiro jogo envelheceu como leite. O ponto alto do game é justamente a exploração, especialmente a partir do capítulo 3, em que o jogo vira quase um jogo de mundo aberto, podendo o jogador explorar o mundo enquanto opta por seguir as missões principais da campanha ou as missões secundárias espalhadas pelo mapa. Além disso, você consegue de fato se importar com personagens do game, destaque para a Myra, em contraponto com alguns personagens do primeiro jogo que são completamente esquecíveis. Dito isso, acho que vale a pena sim pegar o game quando ele estiver em promo, e eu teria gostado muito de ver um The Evil Within 3 com uma história melhor e uma gameplay aprimorada (com a adição de uma mecânica de parry ou esquiva, por exemplo). Uma pena que a Microsoft, empresa patética que é, tenha encerrado a Tango. Recomendo também que quem estiver lendo dê um olhada em outro jogo do estúdio: Ghostwire: Tokyo. Baita jogão.

Quando você prefere limpar uma casa virtual invés de limpar seu próprio quarto

Decidi dividir os pontos positivos e negativos do jogo em tópicos porque tenho muitas coisas para falar e fica mais fácil de visualizar a quem estiver lendo, mas já adianto que curti demais o jogo e pra mim é um dos melhores de 2024, senão o melhor.

Pontos positivos:

- Gráficos excelentes, mesmo sem hardware ray-tracing ativado. A névoa característica dos jogos da série Silent Hill tá muito bem feita aqui e os detalhes de ferrugem no cenário quando você entra no Otherworld estão muito bonitos (me lembrou bastante o primeiro filme do Silent Hill). Não tinha nada a ver com o que foi mostrado nos trailers (aliás o marketing desse jogo foi horrível, corrobora com o relato da Bloober que a Konami não estava mostrando nos trailers o que o jogo era realmente. Eu mesmo detestei como estavam os models dos inimigos nos trailers iniciais, parecia que eram feitos de massinha). Três ocasiões em específico me surpreenderam no quesito gráficos: Entre o trecho que você pega a chave para acessar o Woodside Apartments e a chegada até lá (que o clima do jogo literalmente muda), o pátio externo do Woodside Apartments que você percebe com maior nitidez a oclusão de ambiente que o jogo apresenta e o trecho noturno de Silent Hill que você percebe melhor o excelente trabalho que fizeram com relação à iluminação do jogo. Posto tudo isso, acho que é um dos jogos mais bonitos graficamente que já joguei nos últimos anos.

- Ótima trilha sonora. Não supera a do original, mas curti essa diferenciação, pois no fim das contas uns podem ter como preferida a trilha sonora do original, já outros podem ter a trilha sonora do remake como favorita. Das novas músicas que estão no remake, a que eu mais curti foi uma chamada "Celestial Dissonance".

- Quanto à gameplay, o combate é o melhor já feito na série Silent Hill. O jogo está mais difícil em relação ao original, ainda assim, foi adicionada a esquiva, que não tinha no original, o que pode acabar facilitando um pouco para a maioria dos jogadores. Apesar de o gameplay não ser exatamente fluído igual você vê nos Resident Evils atuais, você consegue sentir o impacto dos danos que você causa nos inimigos, principalmente ao matar os inimigos com as armas melee. O recoil das armas também está excelente, principalmente no rifle, dando uma sensação de como elas "são poderosas". Também curti muito usar a combinação atirar na perna de um inimigo com a pistola (que fazia ele ficar vulnerável por uns instantes) e finalizar com a melee. Todas as boss fights também foram reformuladas e agora estão muito mais dinâmicas e divertidíssimas em relação às do jogo original, o que é uma boa notícia para quem achava as boss fights do jogo original um tanto chatas (e algumas de fato são).

- Foram adicionados novos cenários, cutscenes e novas falas de personagens, sem estragar a essência do original, o que eu achei muito massa. Curti também que alguns coletáveis do jogo são localizações ou objetos do jogo original que você precisa revisitar ou interagir (e fora isso, ainda tem muita referência dos outros jogos da série que você acaba encontrando no decorrer do jogo). Além disso, no original tinham apenas seis finais e nesse remake adicionaram mais dois, que ainda não tive tempo de vê-los, mas com certeza irei eventualmente.

Pontos negativos:

- A parte do labirinto é MUITO LONGA. Já era uma parte que eu não curtia muito no original, mas lá levava uns 30 ~ 40 minutos, e aqui no remake leva 1h30 ~ 2h. Achei meio desnecessário, mas nada que me faça achar o jogo mediano por conta disso. Não chega muito a ser um problema no NG+, porque você já vai conhecer a área e acaba passando ela rapidão.

- A performance poderia ser melhor. Meu PC é uma RTX 3060 + Ryzen 5 5600 + 16GB de RAM, e em vários momentos meu jogo caía para menos de 40fps, principalmente quando eu subia ou descia algum andar na parte do hospital, isso com o jogo em DirectX11 e em 1080p com DLSS em modo qualidade, sombra no low e shader no médio. Mas isso já é típico de jogos feitos na Unreal Engine 5.

Outra coisa que não considero exatamente um ponto negativo foi a música do último boss, que poderia ter sido mais impactante, ou que pelo menos deveriam ter deixado a música do jogo original mesmo, mas sei lá, vai de gosto.

Posto tudo isso, até o momento pra mim esse aqui é um dos melhores jogos de 2024, e pra quem não conhece a série Silent Hill é a melhor porta de entrada para a série no momento. Acho que não supera o original, mas comparando com outros remakes de outras franquias de terror como Resident Evil, acho que curti Silent Hill 2 Remake mais do que Resident Evil 2 Remake. A Bloober fez um trabalho sensacional aqui e se ela queria ser reconhecida como uma desenvolvedora de jogos de respeito, ela conseguiu. Fico na expectativa de um Silent Hill 1 Remake, porque hoje ele tá muito datado, ou até mesmo do Silent Hill 4 Remake, que inclusive tá rolando uns rumores aí que ele poderia vir. Mas curti demais a experiência, pode mandar Silent Hill nessa qualidade aí à vontade que eu jogo (e que o próximo jogo venha bem otimizado).

O jogo é legal, mas desisti do jogo por conta de um bug que me impediu de avançar na parte do Neptune's Bounty, e eu simplesmente não tava com paciência de recomeçar o jogo denovo por conta disso. Quem tiver interesse recomendo que jogue o Bioshock original mesmo, e não esse chorume

Esse foi o primeiro Doom que eu zerei. Já havia testado no Xbox anteriormente mas jogar ele no PC à 144fps é uma experiência completamente diferente. O jogo é frenético e a vibe dele é única, muito por conta da trilha sonora que toca durante os momentos de confronto com os inimigos, e estes inimigos que têm designs excelentes, pois cada um ataca de formas diferentes e você não pode simplesmente ficar parado no cenário e atirando neles, tem que combar porradaria, tiro e correria pra conseguir lidar com esses confrontos, e eu achei isso espetacular. Pra mim já virou um clássico instantâneo, e mal vejo a hora de catar o Doom: Eternal em uma promoção.

Passei 40% do jogo só andando até chegar no primeiro inimigo, até lá já tinha me cansado e desinstalei o jogo

O jogo é bom e viciante (destaque pro sistema de cartas do jogo), mas possui alguns defeitos como uma história medíocre e o combate ser bem mais travado em comparação ao próprio Left 4 Dead, que foi lançado 13 anos antes do Back 4 Blood e fez melhor. Tirando isso, dá pra se divertir com o jogo, mas não vá jogar ele pensando que o jogo é um sucessor de Left 4 Dead, porque afinal ele não é, igual insinuavam lá na época do lançamento do jogo, do contrário você vai acabar se decepcionando.

Sobre o conteúdo da DLC? Curti muito, e me senti novamente como se estivesse jogando o Elden Ring lá em 2022 pela primeira vez, e sim, é uma das melhores DLCs já lançadas para um game, se não a maior. Mas a razão pela qual essa análise é negativa é por conta do que fizeram com essa DLC no que diz respeito a parte técnica, porque basicamente a otimização dela foi feita com a b.., que é pior ainda do que já era no jogo base, mas pelo menos lá era menos incômodo porque era só em alguns momentos, como quando você explorava Liurnia, já aqui a maior parte do tempo o jogo sofre para manter os 60fps em uma 3060 + Ryzen 5 5600. Mas o pior mesmo é quando você chega na segunda fase do último chefe da DLC, que já é dificil para um escambau, e o jogo fica com a pior performance que você já viu desde que começou a jogar a DLC. Não gostaria de fazer um review negativo dessa DLC porque eu me diverti muito jogando ela, explorei cada canto, e no final investi quase 70 horas de gameplay nela, mas infelizmente, por conta da carência na parte técnica, até o The Last of Us: Part I no lançamento roda melhor do que isso. Então se você realmente quer jogar Shadow of the Erdtree, e por acaso tem um PS5 ou um Series X, eu recomendaria você jogar a DLC por lá, pelo menos enquanto não resolverem os problemas de performance que estão presentes aqui, isso é, se algum dia irão resolver, visto que dois anos depois do lançamento do jogo base, ainda não tem uma bendita opção de ativar um DLSS ou um FSR, coisa básica nos dias de hoje.

Confesso que já havia dropado o jogo no Xbox One em 2021 por conta dos 30 FPS, mas no PC esse jogo muda completamente por conta da taxa de quadros maior e a imensa quantidade de mods disponíveis. Embora eu não tenha curtido muito a gameplay, o mundo aberto do game é um dos melhores já feitos, a trilha sonora é ótima e a história do jogo te prende do início ao fim. Recomendo

Melhor que Starfield