O jogo oferece campanhas padrão para cada era, com eventos mais ou menos históricos. É possível jogar com os descendentes do viking Ragnar Lothbrok, com Carlos Magno e filhos, com Guilherme, o Conquistador, por exemplo. Mas é possível escolher qualquer nobre no mapa. Basta ver a bandeira de cada família no mapa e clicar.

Há três níveis de nobreza, cada um com domínio de quantidades de terra: rei (todo o território), duque (dois ou mais territórios), conde (um território). Os reis são representados por escudos, os duques, por signos redondos com uma cruz, os condes, com símbolos redondos pequenos.

Um nobre tem dinheiro, prestígio, piedade, tamanho de domínio, quantidade de vassalos, tamanho do território e escore. Dinheiro serve para exércitos e melhorias. Prestígio atrai simpatia e permite realizar certas decisões. Piedade permite fazer pedidos ao papa e realizar algumas atrocidades, como execução de prisioneiros. Tamanho do domínio informa quantos territórios seu nobre consegue gerir sem penalidade de opinião, dinheiro e recrutamento. Quantidade de vassalos mostra a quantas pessoas seu nobre pode distribuir terras. Tamanho do território é autoexplicativo. O escore é contabilizado cada vez que um nobre morre.

O objetivo do jogo é a sobrevivência gloriosa da família. É preciso fazer um herdeiro para continuar jogando. Uma vez que seu nobre morre, o jogo continuará com o herdeiro. Será preciso ganhar as graças dos vassalos. Se o nobre morto tiver mais que um filho homem, possivelmente haverá disputas de terra entre eles, por reclamações de terra da parte de quem estiver melhor militarmente.

Um domínio é formado por títulos de nobreza. Existe um número de domínios que seu nobre consegue gerir sem penalidades. Se mantiver domínios acima do que pode gerir, a opinião de seus vassalos e cortesões cairá constantemente. É preciso criar vassalos e entregar terras a pessoas confiáveis e de valor que aparecerem na corte de seu nobre.

Quanto maior a capacidade de gestão de seu nobre (stewardship), maior a chance de ganhar +1 domínio. É possível aumentar o número de domínios por alteração da lei, tornando o domínio mais centralizado.

Seus domínios contêm várias obras possíveis. É possível melhorar forte, guarnição, quartéis, portos, estábulos, cidades tributárias etc. Veja o que é mais interessante e não deixe de investir para continuar crescendo.

Um domínio precisa de vassalos. Procure manter vassalos confiáveis e valiosos. Quanto mais pessoas competentes nos seus domínios, maiores serão suas capacidades. Se um vassalo estiver com opinião ruim sobre você, pode mandar um presente para ele, oferecer um cargo no conselho ou um título menor de nobreza (regente, copeiro, mestre dos cavalos, mestre de caça, companheiro de armas). É interessante dar títulos menores a filhos primogênitos, para que já ganhem prestígio.

Há três tipos de vassalos: casteleiros (nobres), religiosos (bispos, godis) e citadinos (prefeitos). Os casteleiros praticamente não pagam tributo, mas são bons comandantes em geral e seus domínios são bem defendidos. Os religiosos não têm filhos, podem pagar tributo a uma autoridade religiosa se gostarem mais dela do que de você, mas pagam bem os tributos e geram piedade ao nobre se gostarem dele. Os prefeitos pagam bem, mas cidades cedem mais rápido durante sítios.

O conselho é formado por um diplomata, um marechal, um gestor, um espião e um acadêmico. Cada um tem três missões possíveis.

Diplomata pode melhorar relações com outros nobres, fabricar reclamações de terra e estimular dissídios em terrenos rivais.

Todos os outros se resumem basicamente a estudar tecnologia ou a darem um bônus na sua área de expertise.

Ter um bom espião é fundamental para evitar tramas de assassinato, fazer boas tramas de assassinato e descobrir reclamações de terra falsas sendo fabricadas. O espião também pode ajudar a sabotar rivais com uma rede de espionagem.

É interessante matar rivais, pessoas que não gostam de você, pessoas pouco competentes, a fim de substitui-las por outros vassalos. Pode ser interessante também matar herdeiros de seus vassalos, para que quando morram os domínios voltem para você. Isto é importante quando você se torna capaz de gerir mais um domínio e não quer destituir um vassalo de um domínio, irritando os outros por insegurança.

Pontos vão sendo gerados com o tempo e de acordo com as missões dos conselheiros. Quando tiver uma certa quantia de pontos, você pode investir o que falta em cada campo, para aumentar um nível de uma vez.

Uma das maneiras mais fáceis de aumentar seus domínios é ver quais reclamações de terra seu nobre tem e se são fortes ou fracas. Há dois tipos de reclamação, de fato ou de direito (de jure). As reclamações de jure podem ser feitas se um território era seu e foi perdido, ou se você tem a maior parte dos territórios de um certo título. Por exemplo, um ducado tem três territórios e domino dois. Posso tentar fazer uma reclamação de jure do terreno que falta e dizer que sou duque.

É possível pedir a diplomata que fabrique reclamação, mas custará dinheiro e prestígio para usá-la (ou seja, se for mandar diplomata fazer isso, tenha dinheiro e prestígio antes). Com estes tipos pretensiosos de reclamação, você pode declarar guerra pelo domínio de um território.

Vale lembrar que para começar uma guerra é preciso um caso bélico (casus beli). Existe um direito à guerra e o mais comum é reclamar que um território é seu de direito. Alguns povos nórdicos conseguem fazer guerras só pelo prazer da conquista e já tem um caso bélico de conquista. Há casos bélicos específicos, como cruzadas, disputas por independência, por religião etc. Nem sempre é possível fazer guerra contra um nobre menor (conde ou duque). Nesses casos, tente ver de quem o nobre é vassalo. Veja quantas tropas o senhor rival tem, se seus números o superam. Por fim, declare guerra ao senhor rival.

São a espinha dorsal do jogo. Há exércitos próprios e dos vassalos. Cuidado com os gastos na guerra e com a irritação dos vassalos pelo tempo de uso dos exércitos deles. É possível contratar mercenários também, mas são bastante caros. São bons para atacar um exército mais numeroso que o seu, compensando a falta de gente.

É sempre importante investir nos próprios domínios para aumentar a quantidade de gente disponível. Se tiver DLC Legacy of Rome, você pode fazer exércitos regulares a partir de certo tempo. Este exércitos regulares têm um teto e se constituem de unidades escolhidas, que contam até completarem o teto. Por exemplo, uma unidade de infantaria pesada contabiliza 200 e seu teto é de 1.200. Será possível fazer outras unidades, até chegar ao teto.

Os objetivos dos exércitos são tomar territórios com sítios ou vencer batalhas. Com portos é possível fazer galés para levar exércitos além-mar.

Consiste em cercar um domínio e atacá-lo até que ceda. Durante um sítio aparecerá uma torre, com uma barra verde, do lado da moral do exército. Quanto menor a moral dos sitiados, mais próximo do fim do sítio está. Não é possível montar sítio se seu exército é menor do que o da guarnição, o sítio ficará parado (torre com exclamação vermelha). É possível fazer um ataque durante o sítio, mas custa bastante moral e unidades suas morrerão. É interessante fazer um ataque quanto o sítio estiver quase no fim, pois custa pouco e é vantagem de tempo na guerra.

Uma guerra chega ao fim quando seu escore ou o do inimigo chega a 100%. Costuma já se atingir 100% quando uma capital é tomada. Do contrário, é preciso concluir batalhas e sítios até que escore chegue ao máximo. Caso vença, reforce as demandas. Se estiver empatado, pode fazer um pedido de paz, um tipo de reconhecimento de empate (white peace).

É possível fazer pactos de não agressão e alianças, por casamentos entre filhos de nobres. Procure esposas e maridos competentes para seus filhos, porque os filhos deles terão qualidades boas também. Evite casar seus filhos com pessoas não nobres, pois custa prestígio. Só vale a pena se houver um cortesão ou cortesã muito competente. Tente ter boa relação com quem você não quer dominar e que possa ajudá-lo numa guerra, vice-versa.