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Recent reviews by Satoshii Kon

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22.5 hrs on record (3.7 hrs at review time)
É um game divertido, porém lançado nas coxas, como tudo o que a industria de videogames faz atualmente.

Se comprar agora, você vai encontrar problemas pra se conectar e, se conseguir acessar as salas do jogo, talvez enfrente problemas com a progressão do seu personagem.

Uma completa bagunça que demonstra o tamanho do despreparo dos desenvolvedores.

Uma pena, a última que comprei um jogo dayone foi em 2020, com a frustrante experiencia de Cyberpunk 2077. E bem... passados alguns anos, é decepcionante constatar que nada mudou nesse mercado. Enfim... até que concertem isso, esta análise permanecerá negativa.
Posted 11 February, 2024. Last edited 11 February, 2024.
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88.2 hrs on record
E mais uma vez a 2k mostra que não aprendeu nada com os erros do jogo anterior. Os produtores construíram uma belíssima cidade, inspirada numa New Orleans dos anos 60, riquíssima em detalhes porém carente demais no que diz respeito à conteúdo.

A cidade é morta, não há nada a se fazer nela além das missões principais, onde nas mesmas, temos as submissões paralelas que se resumem a fazer de você o garoto de recados dos seus parceiros máfiosos. Você basicamente começa buscando informações com um estranho, em seguida desarticula os esquemas dos subchefes e por fim pega o chefão.

O tempo passa, a dinâmica não muda e você começa a rezar pra Deus e todos os seus orixás pra dar a sorte de cruzar com Sal Marcano na esquina mais próxima, mata-lo e enfim terminar esse suplício. A maior parte do tempo será gasta com a morte de milhares de NPCs totalmente desprovidos de uma IA decente, ligada sempre no modo kill kill. Matou um, dois ou três grupos e pronto! Padrão identificado e vai por mim, não vai ser alterado até a conclusão do game. Basta se esconder num bom lugar, chamar a atenção deles e então amontoar corpos e mais corpos, esperando um a um, sem o minímo esforço. As opções de customização são outro ponto de extremo demérito, elas são rasas demais em todos os seus aspectos, chegando até a serem inferiores às de Mafia II.

A história, ao menos ela, é muito boa, tem um excelente background e trilha sonora impecável, porém com poucos personagens que de fato empolgam. Lincoln Clay é um bom protagonista, o fato de ser um negro buscando vingança num mundo de poder branco me deu boas razões pra comprar a briga do personagem, ainda que pra mim, ele pareça tudo, menos um mafioso em ascensão, o que sempre foi a ideia central da franquia. Os membros da "família", a princípio, parecem uma excelente adição ao enredo, mas logo após suas respectivas introduções, perdem força e são de pouca relevância no desenvolvimento do enredo. O jogo só volta a entregar um pouco mais desses personagens, das suas histórias, ambições e etc (como por exemplo o que diabos aconteceu com Vito e Joe após o final de Mafia II), horas mais tarde, depois de muitas side missions extremamente repetitivas, se você sobreviver a todas elas, é claro.

E isso é uma verdadeira lástima, porque que o esforço empregado pelos desenvolvedores no excelente trabalho com as expressões faciais, aliado à excelente equipe de dubladores, deixa claro que o jogo poderia ter rendido muito mais apelo emocional.

Mafia III está longe de ser a pior coisa já feita pela humanidade, mas peca miseravelmente ao criar (outra vez) um game de mundo aberto cheio de limitações. Que prefere espalhar meia dúzia de coletáveis pela cidade (vou procurar as revistas PlayBoy da década de 60 na internet pra não passar mais raiva do que já passei jogando isso) ao invés de criar atividades paralelas minimamente pensadas pra enriquecer o background dos personagens ou dos anos 60 aqui retratados.

A jogabilidade é boa? É sim! A física dos veículos decepciona? De modo algum? As rádios tem boa música pra ouvir? De sobra! O plot (ainda que um pouco previsível) te mantém interessado do começo ao fim? Sem dúvida! No entanto, o caminho até o derradeiro desfecho é tão tortuoso, mas tão tortuoso... que você fica em constante dúvida se dropa o game ou dá mais uma chance dele melhorar mais adiante.

Enfim... se eu recomendo Mafia III? Recomendo a quem tiver paciência ou muito tempo livre, pois diante de tamanha falta de inspiração para um gameplay tão repetitivo e tedioso, você vai precisar. E aproveitando o ensejo ainda me pergunto: um dia veremos um Mafia IV? Quem sabe? Mas se a resposta for sim, talvez fosse uma boa ideia os produtores darem uma passadinha lá na Rockstar, porque tá precisando...
Posted 2 February, 2020.
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7.0 hrs on record (1.4 hrs at review time)
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Posted 27 November, 2017.
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21.0 hrs on record (20.0 hrs at review time)
Tentando fazer valer a minha, ainda recente, experiência na plataforma Steam, comecei a adquirir todos os jogos da 7° geração que por algum motivo deixei passar. Dentre eles, Máfia II, game que mal terminei e apesar de não ter planejado nada, já me vejo agora deveras curioso para a sua sequência, que por coincidência ou não, sai no mesmo ano em que escrevo essa humilde opinião.

A primeira coisa que me chamou a atenção em Mafia II foi o seu mundo aberto e o quanto os produtores do game simplesmente não o aproveitaram. O mapa do game é bastante extenso (obviamente não para os padrões de hoje, com games como The Elder Scrolls V Skyrim e The Witcher 3 na praça, mas sim para os padrões de 2010, ainda que com algumas provaveis ressalvas), mas o game simplesmente não possui missões paralelas pra preencher e dar mais vida e riqueza de detalhes ao ambiente.

Com excessão de alguns eventos bem aleatórios, como por exemplo, concertar o carro de uma dama na beira da estrada ou impressionar uma prostituta dando uma surra num vagabundo na frente dela, o game é completamente linear, bem ao estilo de um Uncharted ou Tomb Raider.

Alguns dos elementos mais básicos já trazidos pelo maior expoente dos sanbox (Grand Theft Auto) estão lá. Você pode roubar e "tunar" carros, encher a sua garagem com eles, comprar armas, abarrotar o seu armário com roupas novas e por ai vai. No entanto, a completa ausência de side missions não te estimula a explorar tudo o que essas pequenas adições oferecem, no fim das contas elas estão todas lá apenas por estar e é só.

No mesmo passo, a impressão que fica é a de que o mapa também serviu unicamente de background, um plano de fundo apenas e nada mais. Algo curiosíssimo se pararmos pra pensar que já tinhamos presenciado GTA IV em 2008, ou seja, jogos de mundo aberto com inúmeras possibilidades já eram realidade há tempos.

Apesar disso, particularmente a linearidade do game não me incomodou muito. Sandbox já são mais do que conhecidos por tomar parcelas assustadoras do seu tempo, logo, fiquei até que positivamente surpreso quando não encontrei isso em Mafia II. O gameplay focado no TPS sempre me agrada muito e como de 2010 pra cá não houve grandes revoluções nesse departamento, considero que o jogo não envelheceu mal e segue bem agradável de se jogar nos dias de hoje. E o mesmo vale para os gráficos.

Outra coisa que não envelheceu mal é a dirigibilidade dos carros. Não sei ao certo dizer o por quê, mas uma das coisas prazerosas do game pra mim foi dirigir, principalmente os carros mais rápidos. Não sei se foi pela beleza dos automóveis da década de 50, pelos excelentes clássicos tocando nas rádios ou simplesmente porque a polícia do game é chata pra cacete (aplicando até multa por alta velocidade), mas realmente dava dó até de atravessar faról vermelho com medo de bater os carros. Provavelmente eu gastei mais concertando os meus veículos do que comprando armas ou roupas.

E por fim, a parte menos contestável de Mafia II, o seu enredo. Nesse departamento tenho pouca ou quase nenhuma ressalva. A história, apesar de parecer dar algumas voltas no mesmo lugar em alguns momentos, evolui bem e agrega valor a praticamente todos os personagens. Muito disso se devendo à diversidade dos mesmos e à excelente dublagem que cada um ganhou, dando vida e personalidades bem distintas na dose certa e enriquecendo o roteiro a cada interação com os protagonistas.

Também curti bastante o ritmo da história, principalmente nos seus momentos finais, onde o game entra numa crescente sensacional, culminando num final que ao menos pra mim foi um tanto abrupto, mas nem por isso menos surpreendente.

Só não pude evitar me senti um tanto quanto ingênuo enquanto subiam os créditos, pois segui ao longo das 20 horas de gameplay acreditando que no fim da história veria Vito e Joe no topo da máfia, algo estilo Breaking Bad, sabe? Mas enfim... suas vidas cheias de altos e baixos, a forte parceria, os bons diálogos, a química entre os dois me fez criar uma certa empatia por eles, me deixando com aquele gostinho de quero mais no final.

Se recomendo Máfia II? Sem dúvida, basta simplesmente não encará-lo tão a sério como um sandbox e curtir o bom enredo e personagens. Vale muito a pena, ainda mais com o terceiro jogo da franquia vindo aí e prometendo expandir os horizontes da franquia em todos os sentidos.
Posted 1 July, 2016.
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3 people found this review helpful
6.0 hrs on record
Tcheco no Castelo do Sarney (ou Tcheco in the Castle of Lucio) é um game indie brasileiro, estilo plataforma bem, mas beeem à moda antiga.

Se você for tão curioso quanto eu sou, vai descobrir pesquisando um pouquinho, com a ajuda do nosso amigo "Pai dos Burros" Google, que a origem do personagem/protagonista que dá nome ao jogo teve origem num canal comunitário de Porto Alegre, com um desenho sendo exibido no final da década de 90. Apesar não ter ganho grande notoriedade, nem mesmo à nível nacional, o desenho ganhou um pequena base de fãs. E caso você queira saber o porquê, basta procurar pelos episódios disponíveis no YouTube.

Fora o desenho, um grande desejo do seu criador, Marcelo Barbosa, era criar um game do personagem e bem... anos depois eis aqui ele.

Tcheco no Castelo do Sarney segue a risca aquela receita de bolo dos jogos da era 16 bits que jogávamos nos tempos de Nintendinho e Master System, onde geralmente tinhamos jogos extremamente curtos, mas que nos rendiam horas e horas de gameplay simplesmente pelo fato do nível de dificuldade ser altíssimo, muitas vezes chegando até a beirar o absurdo.

Absurdo este que não é um adjetivo aplicável ao game, a dificuldade existe mesmo em razão do simples fato do game não possuir qualquer tipo de save ou checkpoint, replicando aquela velha forma de jogar decorando todas as fases percorridas e ganhando experiência a cada game over.

O gameplay é bom e puramente simples: percorra o castelo saltando em plataformas e coletando todas as chaves para abrir caminho por onde passa. Tcheco não conta com nenhum tipo de arma ou power up, o grande objetivo a curto prazo é sobreviver ao máximo às armadilhas do castelo e chegar inteiro pra confrontar o próximo boss. As fases são bem criativas e diversificadas, mudando sempre de forma sútil a dinâmica do game para que o desafio seja constante.

Entre um ponto ou outro ainda dá pra aliviar a barra pegando pegando pontos de vida, mas no geral o game segue tão frustrante quanto instigante. A cada game over a sensação de desafio é maior e pra quem não possui o hábito de revisitar jogos antigos, fica impossível não lembrar de clássicos deste estilo, como Double Dragon, Shinobi e tantos outros.

Hoje em dia, com cada vez menos tempo em virtude das obrigações da vida adulta, jogos assim não fazem mais o mesmo sucesso de outrora, mas nem por isso eles devem ser esquecidos. Logo, por meros 0,99 centavos... sim, eu recomendo e muito a experiência.
Posted 18 June, 2016.
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6.6 hrs on record
Shooter sidescrolling com aquele visual bacana de pixel art, Relic Hunters Zero é um jogo bem simples: atire em tudo e todos que vir pela frente para derrotar as tropas de... patos e tartatugas sob as ordens do temível comandante Ducan. Com pouco mais de 10 fases no modo aventura, seis personagens pra desbloquear, uma boa quantidade de power ups e apenas dois modos single player, o jogo não vai muito além dessa premissa.

Apesar disso, o game traz uma boa dose de dificuldade, sempre crescente, à medida que se avança pelas fases e como, tanto novos estágios quanto novos personagens, só são desbloqueados com as estrelas ganhas durante as batalhas, a premissa simples acaba sendo mais que o suficiente pra te incentivar a fazer/completar o máximo de atividades que puder dentro do que o game te proporciona.

Cada personagem por exemplo, possui um tipo de habilidade ou arma que pode fazer a diferença pra derrotar o chefão final e seus asseclas. Os power ups e relíquias também exigem a sua atenção e devem ser comprados sempre que possível, especialmente as relíquias que lhe rendem condições especiais antes de entrar no campo de batalha, como o dobro de shield, barra de life mais alta e por ai vai. Ignorá-los, essencialmente se você não estiver jogando com mais alguém no modo cooperativo local, pode provocar verdadeiros momentos de stress.

Além do modo aventura, ainda há o modo infinito, um survivor mode para testar as suas habilidades de verdade.

Enfim, o jogo é divertido e até exige um mínimo de estratégia em alguns momentos. Apesar de um pouco mais difícil quando jogado sozinho, os tiroteios, power ups e artimanhas das fases deixam sempre tudo muito divertido. Acho que o único contra seria a falta de um modo multiplayer, não só para estimular quem já jogou a voltar mais vezes, como também tornar a jogatina ainda mais frenética.

De todo modo, o jogo é open source, ou seja, está aberto à todos aqueles, com o devido conhecimento, que se dispuserem a tornar a experiência ainda mais completa. Logo, não acho que demorará muito até vermos uma atualização trazendo essas e outras features ao game.

No mais, Relic Hunters Zero é gratuito e vale sim o seu tempo. É isso.
Posted 12 June, 2016.
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1.4 hrs on record
Confesso que sempre torço um pouquinho o nariz sempre que vejo um game com um visual tão retrô assim. Culpa da pouca vivência com games da era dos 8 bits? Talvez, mas nesse caso o termômetro dos demais usuários da Steam foi meu guia. E como a comunidade não mente, me surpreendi mais uma vez com a criatividade de uma produção indie, que como de costume, sempre entregam uma experiência muito legal com tão poucos recursos em mãos.

You Have To Win The Game é um jogo à las antigas, do estilo plataforma extremamente simples, tanto em mecânicas quanto visualmente, porém igualmente desafiador. As mecânicas a princípio são bem simplórias, mas à medida que as àreas vão sendo exploradas pelo jogador, novas habilidades vão sendo adicionadas.

A grande sacada do game é não só forçar o jogador a revisitar as àreas (que com o passar do tempo acabam meio que se transformando num maldito labirinto) como também forçar a sua memória em busca de partes e/ou pequenos detalhes dos cenários que possam transportá-lo para locais novos, que antes se encontravam inacessíveis.

Como um bom explorador, o seu objetivo será alcançar o 100% encontrando todos os tesouros e segredos escondidos nesse lugar, o que vai te exigir uma boa dose de paciência e muuuuuita atenção, essencialmente aos detalhes de cada local pra não se sentir frustrado ou imaginando que aceitou um desafio sem chance alguma de solução.

Enfim... jogo é gratuito e extremamente leve, acredito que vale uma conferida.
Posted 11 June, 2016.
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49.2 hrs on record (45.3 hrs at review time)
Já ouviu falar naquele ditado de que "em time que tá ganhando não se mexe"? Pois bem, defino boa parte do que vi em Rise Of The Tomb Raider desta forma. As mecânicas, a física a até mesmo o enredo, tudo foi trazido de volta sem nenhum ou quase nenhum sinal de mudança em comparação ao jogo de 2013. Não é algo que considere exatamente ruim, mas os saltos da Lara por exemplo, ainda me parecem não respeitar muito bem as leis da gravidade.

No que diz respeito ao enredo, concluo que foi OK, nada de espetacular. Agora temos uma Lara Croft mais madura, mais decidida. A teimosia dela e todo o seu esforço em busca da verdade por trás do artefato que move os personagens constrasta totalmente com as atitudes da garota que ainda estava numa fase de descobrimento no primeiro jogo. Ainda não é 100% aquela Lara badass que tinhamos nos primeiros jogos, e sinceramente... melhor que continue assim.

Que a nova Lara Croft desenvolva uma personalidade forte, mas siga um rumo totalmente diferente de tudo que já nos foi apresentado. Eu ao menos voto por isso.

Como maior demérito, destaco os vilões, os irmãos Ana e Konstantin não são nada marcantes e ao final do jogo fiquei até com a impressão de que se fosse somente um grande vilão talvez ele pudesse ser melhor trabalhado. Um dos plot twists (ou ao menos uma tentativa de...) envolvendo a madrasta da Lara por exemplo, é como posso dizer... engolível, e só. A personagem (bem como um background mais amplo da família da Lara) até onde me recordo não recebeu mensão alguma no primeiro jogo e seu surgimento nessa sequência é no mínimo repentino demais para te deixar surpreso quando a revelação acontece.

Indicando claramente que a personagem surgiu unicamente para ser um elo, algo pra explicar e deixar mais clara a ligação entre Lara, seu pai e a inevitável obsessão de ambos pela grande relíquia do jogo. Fora isso, a relevância da personagem é quase zero, mesmo com as inúmeras fitas de gravações dando conta da relação dela no passado com os Croft espalhadas pelo jogo.

Konstantin, tão subdesenvolvido quanto Ana, também não vai muito longe na trama e no final se mostra só mais um peão com alguns privilégios a mais que os outros NPCs comuns que você mata no jogo todo não têm.

O restante dos personagens secundários que encontramos no caminho complementam bem a história e ajudam a reforçar a personalidade da nova Lara. O ritmo também é bastante satisfatório, só achei que o climax final deixou a desejar, perdendo até para o jogo de 2013. E não atoa, a conclusão de Rise Of The Tomb Raider deixa bem claro que um vilão ainda maior estava por trás das ações da trindade. Deixando aquele gostinho de fim de filme da Marvel, onde um filme por vezes te deixa a sensação de que serviu apenas para promover uma ligação com o próximo.

Nos gráficos a evolução é visível, as expressões dos personagens estão extremamente detalhadas, ainda que se perceba um nível detalhamento muito maior na Lara Croft do que no restante. O número de tumbas e seus puzzles são maiores que no jogo anterior e se tornou extremamente prazeroso cortar o ritmo, por vezes alucinante da aventura, para explorar as cavernas, os templos antigos e por aí vai.

A minha única ressalva nesse quesito seria quanto à dificuldade, pois colocando a somatória de tudo na balança (mesmo no modo sobrevivente), não percebi grandes desafios. Mas considerando que isso pode variar de jogador pra jogador...

As batalhas, a variedade das armas, tudo está lá como no jogo anterior. Arrisco dizer que houve alguma evolução na inteligência artificial, mas nada que possa impressionar. O sistema de upgrade continua igual ao do primeiro jogo, com a Lara fazendo pausas no meio das viagens em fogueiras pra se restabelecer.

A novidade mais significativa mesmo fica por conta das side missions que você pode fazer pra acelerar a obtenção de peças para a evolução dos seus itens. Foram um bom adicional pro jogo e variadas o bastante pra não causar uma sensação de repetição. O mapa agora também permite retornar a pontos já visitados para a resolução de puzzles, descobrimento de novas tumbas e possíveis relíquias deixadas para trás.

Confesso que esse sistema não me agradou muito inicialmente, pois apesar da mais que bem vinda expansão dos mapas, esse mesmo motivo tornava um pouco massante tentar lembrar de todos os locais que ficaram bloqueados nos primeiros capítulos. Apesar disso, foi um modo eficaz de fazer, quem teve interesse suficiente, de voltar à essas àreas para explorar as tumbas que ficaram para trás.

Em Rise, encontrar um nova tumba é sempre quase tão recompensador quanto resolver todos os quebra cabeças contidos nela. As mecânicas, apesar de praticamente não terem sofrido alterações, ganharam adicionais bacanas, tais como o arpéu pra se pendurar em diversos lugares, as diferentes variações de flechas servindo até mesmo de estrutura na escalada em alguns momentos e etc. Essas e outras coisas, aliadas a já preprarada estrutura do jogo anterior, mantiveram o gameplay extremamente prazeroso em todos os momentos.

Desde as escaladas com aquele tom cinematográfico meio que herdado da série Uncharted, até os tiroteios mais frenéticos.

Também curti o fator replay do jogo, que dessa vez veio sem multiplayer (até achei melhor assim, sinceramente...). O modo de expedições ainda me tomou algumas horinhas a mais já que foi inevitável finalizar o game com aquele gostinho de quero mais. Terminar os capítulos no menor tempo, adicionar obstáculos a seu gosto, somar umas estrelinhas de ouro ali, outras de bronze aqui, fora os achivements, me fizeram encerrar o game com umas 45 horas de jogo.

Ficou faltando adquirir as DLCs, mas pelo preço que está sendo cobrado até a presente data, continuarei sem elas até que surga uma promoção.

Enfim, Rise Of The Tomb Raider apostou na mesma fórmula do primeiro, trouxe de volta o que ficou bom no jogo de 2013 e concertou tudo aquilo em que seu antecessor ficou devendo. Porém, a sensação no fim das contas é a de que faltou um pouco mais de ousadia no enredo e mais coragem para apresentar evoluções de verdade no que diz respeito ao gameplay.

Nem de longe é um jogo ruim, vale a compra e vai vender o suficiente pra garantir mais uma sequência, que espero eu, mostre mais evoluções. Desta vez num contexto geral para a franquia e não somente num quesito A ou B apenas.
Posted 24 May, 2016. Last edited 11 June, 2016.
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