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Uma das coisas impressionantes de Portal 2 é que agora os puzzles não se limitam aos laboratórios. Graças ao estado catastrófico do complexo, várias partes do jogo são realizadas em um ambiente “externo” às salas de teste. Isso permite puzzles completamente diferentes que, em certos momentos, mistura ação com quebra-cabeças fantásticos. Para a realização dos puzzles temos diversos elementos, alguns antigos como as clássicas caixas e turrets, outras novas como a caixa refletora, os géis (azul, laranja e branco), as pontes de luz e os túneis de gravidade. Os puzzles parecem mais simples, mas estão na medida certa. Começam fáceis para que o jogador aprenda a lidar com os itens disponíveis e tem seu grau de dificuldade aumentado a cada fase que passa. Essa progressão na dificuldade é levada muito bem, mas em nenhum momento você se encontra em um puzzle impossível.

portal2_screen

Eu que nunca fui muito de jogar jogos desse gênero me virei bem, demorando cerca de sete horas para completar o modo singleplayer. A adição dos três géis dinamiza de forma bem interessante os puzzles, sendo o gel azul para pular alto, o gel laranja para correr e o gel branco para que se possam criar portais em áreas antes impossibilitadas. Os puzzles externos são os que melhor utilizam os géis, obrigando o jogador a pensar de forma bem criativa para solucionar os passos e avançar no jogo. Já as pontes de luz são utilizadas de diversas maneiras: para se andar por elas, para bloquear as turrets, para que caixas não caiam no ácido, ou simplesmente para impedir que uma determinada caixa (ou você mesmo) seja arremessado longe demais. Os túneis de gravidade trazem uma boa dificuldade para alguns puzzles e são utilizados também fora das salas de teste, em alguns momentos do jogo.

Felizmente, a diversão não acaba quando você termina o modo de campanha. Jogar o cooperativo pode ser uma experiência muito agradável, pois os personagens Atlas e P-Body cativam muito. Cada jogador controla o seu respectivo robô, e é hilário ver as trapalhadas do parceiro na tentativa de resolver os puzzles. Jogando em casa, você pode dividir a tela da Tv com um amigo. Mas jogando online, você terá que coordenar seus passos comunicando-se por voz ou por ícones, os quais você usa para várias funções: demarcar um local para que seu amigo abra um portal, contar “3, 2, 1…” e realizar uma ação ao mesmo tempo, e por aí vai. Melhor ainda é sacanear o seu parceiro colocando um portal debaixo de seus pés para que ele seja arremessa ao buraco. Coisa saudável, uma vez que os robôs renascem infinitamente.

Visualmente, o game lembra o original, exceto por melhorias na física e efeitos de iluminação. O que realmente impressiona é o nível de humanização dos personagens. Eles tem expressões tão realistas que te cativam e prendem a sua atenção. Algumas reações de Wheatley, como o modo dele piscar mais rápido quando está apreensivo, reproduz perfeitamente a reação do olho humano. Eu diria facilmente que, se Heavy Rain é a revolução das expressões humanas, Portal 2 é a revolução das expressões robóticas. E como eu não poderia deixar de citar, Cave Johnson, CEO da Aperture Labs (que não está presente fisicamente no jogo), deixa sua voz marcar vários pontos da história.

Com a pitada certa de comédia, jogabilidade maravilhosa e personagens cativantes como os de bons filmes de animação, a Valve entrega em Portal 2 um produto completo. Não temos mais o bolo, mas o jogo garante várias surpresas.
Posted 22 November, 2019.
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