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28.1 hrs on record (4.1 hrs at review time)
1º O Último Desejo
2º A Espada do Destino
3º O Sangue dos Elfos
4º Tempo do Desprezo
5º Batismo de Fogo
6º A Torre da Andorinha
7º A Senhora do Lago
8º The Witcher
9º The Witcher 2: Assassins of Kings
10º The Witcher 3: Wild Hunt

Por um lado, é uma tremenda pena que a quase totalidade das pessoas sejam introduzidas no universo de The Witcher justamente pela décima e última obra de toda a saga, saltando, por puro desconhecimento inocente, toda a série de sete livros (que são mais antigos do que, por exemplo, Harry Potter) e os dois jogos subsequentes. Por outro, o simples fato de essa mesma quase totalidade das pessoas, tendo apenas conhecido um desses dez capítulos, afirmarem ser o melhor jogo de suas vidas, ou de todos os tempos, e com o melhor enredo da história dos jogos, é um ponto determinante pra minha afirmação de que The Witcher é a maior saga de fantasia já criada. Andrzej Sapkowski e CD Projekt Red me fizeram ter um orgulho alheio gigantesco pela Polônia. E espero profundamente que Tomasz Baginski multiplique esse orgulho no ano que vem com sua adaptação cinematográfica.
Posted 30 October, 2016.
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0.3 hrs on record
Antes de mais nada, Life Is Strange deve ser visto como uma minissérie mais do que como um jogo. Todo jogo possui primariamente quatro aspectos que formam o seu corpo de experiência e que serão objetos de análise: gameplay, gráficos e visual em geral, história e trilha sonora. Mas no caso de Life Is Strange, a sua proposta de experiência é tal que eu considero que qualquer análise deve tomar como matéria aquilo que, pela sua natureza mesma, constitui uma unidade entre enredo e trilha sonora, e também em parte o seu visual artístico, mas deixando gameplay como um aspecto secundário, talvez até subconsciente. Por isso mesmo, indo na contramão da natureza da experiência de se jogar videogame que se tem desde o início dos tempos, ao oferecer pouquíssima ação em um gameplay onde entre ter que andar, explorar os mais diversos cantos e lugares, ler documentos e interagir com objetos, o máximo de ação que existe é utilizar o poder de rebobinar o tempo para os mais diversos fins, porém sendo na maioria das vezes nos incontáveis diálogos, cada qual podendo ter três, cinco ou mais variações, causando desfechos diferentes e consequências posteriores, o que com toda a certeza é mais um elemento de enredo do que de gameplay propriamente dito, é que o jogo acaba sendo prematuramente monótono àqueles que não esperam ou não estão acostumados a um tipo de jogo com uma dinâmica majoritariamente passiva. No entanto, eu posso assegurar que isto ocorre exclusivamente em função da sua história, cuja combinação com esta dinâmica prova ser perfeita e também definitivamente incompatível com qualquer coisa diferente (diferentemente dos jogos da Telltale, eu diria), e é precisamente por esta combinação que eu digo que este jogo deve ser visto como uma minissérie.

O fato de Life Is Strange ter sido feito como um jogo é perfeito do ponto de vista de oferecer uma experiência completa de imersão, por levar o jogador a se sentir dentro da história e pela mecânica das escolhas, fazendo o jogador definir o rumo dos acontecimentos. Por outro lado, eu sempre lamento que obras-primas de enredos como esse não tenham sido feitos como um filme, pois ela merecia ter, e definitivamente teria, um alcance de impacto e repercussão absurdamente mais largo ao redor do mundo, espalhando sua mensagem, suas emoções e tudo o que ela traz de bom a muito mais pessoas comuns do que nós meros jogadores. Eu não faço a mínima ideia de como uma trama de cinco episódios se encaixaria em um filme de, digamos, três a quatro horas de duração, mas eu não não tenho dúvida alguma de que, feito da forma que fosse, seria o tipo de filme pra marcar época por uma, duas, três gerações no mínimo e ganhar ao menos uns oito ou dez Oscars. Life Is Strange é o melhor drama adolescente já feito na face da Terra e possivelmente um dos maiores enredos sobre amizade de todos os tempos, tanto quanto Titanic é uma das maiores histórias de amor. E essas duas atribuições só existem uma em função da outra, na medida em que não poderia haver simbiose mais perfeita do que uma história de amizade em um período da vida em que ela se expressa da forma mais pura e genuína possível, onde a transição da adolescência para a vida adulta que as personagens vivem também proporciona o balanceamento mais conveniente e perfeito, sem fazer o drama do enredo cair, de um lado, em um besteirol mais imaturo e, do outro, em um melodrama exageradamente sério ou piegas, daí a beleza da história.

Outro detalhe essencial, que não por acaso eu deixei por último: Se você for jogar este jogo, PELO AMOR DE DEUS, NUNCA, JAMAIS DESATIVE O SOM E A MÚSICA. A trilha sonora desse jogo é uma das coisas mais sensacionais que eu já ouvi, no sentido estrito da palavra, de dar a sensação perfeita pra cada momento em que ela se faz presente. E não tem faixa melhor dessa trilha do que o dos créditos de cada episódio, sempre a mesma, mas sendo o pano de fundo indissociável para os nossos queixos caídos, sempre mais caído do que no episódio anterior.

Life Is Strange é uma das experiências mais intensas que você vai ter em qualquer tipo de obra, seja filme, livro, série ou, neste caso, jogo. Desde que eu terminei esse jogo, eu não consigo parar de recomendá-lo a todo mundo, ou ao menos mencioná-lo. E recomendar Life Is Strange me faz lembrar do primeiro diálogo do Batman com o Superman, com suas devidas adaptações:

Batman: "Tell me...Do you cry?"
Superman: Dá as costas e vai embora.
Batman: "You will."
Posted 8 August, 2016. Last edited 9 August, 2016.
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