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Zamieszczono 31 października o 10:35
Zaktualizowano 23 listopada o 6:33

É até clichê falar, mas sim, eu sou uma das pessoas que passaram 10 anos esperando uma continuação de Dragon Age. Apesar de só ter jogado o Origins recentemente, sempre tive um carinho enorme por Dragon Age 2 e, principalmente, por Dragon Age: Inquisition. Esses 10 anos de espera, somados a algumas decepções recentes da BioWare, fizeram com que, após o primeiro trailer de The Veilguard, minhas expectativas e esperanças em uma volta por cima fossem lá para as alturas. E olha, mesmo esperando muito, eu consegui ser surpreendido... positivamente! Dragon Age: The Veilguard foi uma das melhores experiências que tive com um jogo recentemente, e vou tentar explicar o porquê:

O primeiro ponto positivo é algo que você percebe logo nas primeiras horas controlando o Rook: sem sombra de dúvida, este é um dos jogos mais bonitos da geração. Não só pela parte técnica (como, por exemplo, os cabelos, que são simplesmente os fios mais realistas já feitos em um jogo), mas também pela arte de The Veilguard, que é um verdadeiro primor! Foram várias as vezes que me peguei embasbacado com algum cenário ou composição de cena que fazia meus olhos brilharem. E o jogo sabe usar toda essa beleza: muitas vezes, os encontros com inimigos são estrategicamente posicionados no topo de prédios ou em penhascos, para que o jogador possa contemplar toda a grandiosidade visual. A BioWare nos entregou sua obra-prima em termos técnicos.

E por falar em parte técnica, outra coisa que me chamou muita atenção foi o level design. SIM, por incrível que pareça, Dragon Age: The Veilguard tem fases que parecem feitas como um convite à exploração. Isso é uma novidade na série, já que, para mim, o ponto fraco da franquia sempre foi justamente esse aspecto. Dragon Age 2 tinha mapas extremamente repetitivos, e Inquisition, embora tivesse mapas enormes, pecava por serem confusos e pouco intuitivos. A BioWare claramente aprendeu com seus erros anteriores e decidiu focar na criação de mundos divertidos e interessantes de explorar. The Veilguard conta, ao todo, com 140 baús escondidos, e, sinceramente, foi uma delícia explorar cada cantinho de Thedas à procura deles.

Ainda na parte técnica, preciso falar sobre o que, para mim, é o ponto mais forte do jogo: o combate.
Dragon Age: The Veilguard não só tem o melhor combate já feito pela BioWare (o que, convenhamos, nem era tão difícil) como também entrega um dos melhores sistemas de combate que um RPG já teve nesta indústria. É daqueles jogos que te deixam ansioso pelo próximo encontro com inimigos.
As animações são impecáveis, os comandos são responsivos e intuitivos, e, quando você combina isso com um excelente sistema de customização de builds e uma árvore de habilidades riquíssima, o resultado é um combate maravilhoso. E o melhor de tudo? TEM PARRY!
Vi algumas críticas dizendo que o combate pode se tornar repetitivo, mas confesso que não senti isso. Mesmo com mais de 100 horas de jogo, ainda me diverti bastante. Isso porque experimentei várias builds e diferentes formas de jogar durante minha jornada: desde builds focadas em parry e ataques carregados até um estilo mais voltado para arqueiro. Variei bastante, e isso fez toda a diferença para manter o jogo dinâmico e divertido.

Mas, para muita gente, o combate é algo secundário em Dragon Age. O que realmente importa é a história... E é aqui que Dragon Age: The Veilguard divide os jogadores e causa bastante polêmica.
Deixe-me ser claro: eu não sou o maior fã de Dragon Age no mundo. Não li os livros, não acompanhei todas as HQs, filmes, etc. Eu joguei todos os jogos, gosto bastante do universo, mas minha relação com a franquia termina aí. Para quem é mais apegado ao universo, The Veilguard pode ser uma grande decepção por um motivo: ele é bastante isolado dos outros jogos.
Apesar de ser uma continuação direta de Inquisition, este é, sem dúvidas, o título mais “independente” da franquia. Dragon Age sempre teve um senso muito forte de “continuidade”: é uma série onde suas decisões anteriores impactavam diretamente o estado do mundo (como a própria BioWare chama). Porém, nada disso é relevante em The Veilguard. Suas escolhas, personagens e acontecimentos dos jogos anteriores são praticamente ignorados, e isso pode deixar aquele gosto amargo na boca.
No entanto, essa é uma decisão que eu consigo entender. A BioWare escolheu suas batalhas, e tornar The Veilguard mais isolado – e, portanto, mais acessível para um público iniciante – foi a forma encontrada de fazer o jogo funcionar mercadologicamente. Não por acaso, The Veilguard talvez seja o título mais vendido da franquia até agora.
Essa troca funcionou para mim. Apesar de inicialmente ser um pouco frustrante, o que a BioWare fez com a história acabou me agradando bastante. O foco na relação entre os personagens, no desenvolvimento da party e dos vilões foi uma escolha acertada. O jogo utiliza muito bem o tempo que tem, e, aos poucos, aquele gosto amargo que mencionei foi desaparecendo. The Veilguard me conquistou.
E, falando na party, aqui é onde o jogo realmente brilha. No final das contas, The Veilguard é um jogo da BioWare, e se tem algo que ela nunca esqueceu como fazer é escrever personagens. Desde um guardião que é pai de pet até um necromante com seu alegre e carismático companheiro morto-vivo, a party de The Veilguard é um dos maiores destaques do jogo.
Gostei de TODOS os personagens. Comprei suas motivações, arrependimentos, prazeres e desprazeres. Todos foram escritos com tanto carinho que garanto: você vai sair do jogo amando cada um deles.

No fim das contas, The Veilguard me conquistou. Está longe de ser um jogo perfeito e, talvez, não seja exatamente a continuação de Dragon Age que eu queria. Mas acho que é injusto analisar esse jogo com base no que ele poderia ter sido.
Analisando The Veilguard pelo que ele realmente é, posso dizer com certeza: é um dos melhores jogos da BioWare. Um título que me deixa muito feliz e genuinamente empolgado com o futuro do estúdio.

Vida longa à BioWare!
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