────────█──▀──
─────────────▄▄▀▀█──────
───────────▄█▒░░▄░█─────
──────────▄▀▒▀▀▀▄▄▀─────
─────────█▒░░░░▄▀───────
───────▄▀▒░░░░▄▀────────
──────█░░░░░░░░▄▀▀░▐
────▄▀░░░░░░░░▐░▄▄▀
──▄▀░░░▐░░░░░█▄▀░▐
──█░░░▐░░░░░░░░▄░█ ─
──█▄░░▀▄░░░░▄▀▐░█
───█▐▀▀▀░▀▀▀▀──▐░█
──▐█▐▄──Ỏ̷͖͈̞̩͎̻̫̫̜͉̠̫͕̭̭̫̫̹̗̹͈̼̠̖͍͚̥͈͏̮̼͕̠̤̯̻̥̬̗̼̳̤̳̬──────▐░█▄▄
───▀▀──────────▐▄▄▄▀

-------------------------
Damage Given to "FLAVIN DO BANRISUL" - 42 in 3 hits
Player: p7zzz☭ - Damage Taken

Às vezes, sinto que minha família me contou a verdade sobre o Papai Noel cedo demais.

Lembro bem: tinha uns oito anos e no natal alguém simplesmente virou para mim, enquanto eu desembrulhava presentes, e me lançou a seguinte pergunta: “você não acredita mesmo nessa história de Papai Noel ainda, né?”.

Também lembro que meu sorriso deu uma travada e que eu gaguejei. Menti que não, eu não acreditava mais “naquela história de Papai Noel”. Daí para frente, minha família se livrou do fardo de ter que ficar pensando em peripécias que me impedissem de ver a árvore de natal na hora em que colocavam lá os presentes.

Aos oito anos, talvez eu já estivesse num momento bem tardio para ainda acreditar em Papai Noel (e propositalmente não vou pesquisar qual a idade comum para deixar de acreditar antes de terminar de escrever esse texto). Eu tinha ligado nos natais mais recentes um modo “investigador”, começando a questionar de fato a existência daquela criatura tão fantástica, e sempre tentava de todos os jeitos ficar acordado, ou espiar escondido no topo da escada para o canto da sala onde ficava nossa árvore de natal.

Esse meu espírito questionador ainda mantinha acesa a ilusão da existência do senhorzinho barbudo e seu trenó voador. Eu questionava e investigava porque o Papai Noel era, para mim, uma possibilidade suficientemente coerente para merecer questionamentos e investigações.