Por algum momento, o mundo ao meu redor parou; o céu estava tão limpo e estrelado que, quando a Lua se mostrou para mim, sorriu.
     Um sorriso bobo, um tanto quanto inocente. Aquele sorriso que damos sem culpa e sem motivo. Tímido e discreto, mas simplesmente feliz.
     A Lua estava à meia altura, não muito grande, nem muito branca; seu brilho era dourado, até que a luz piscante de um avião passou ao seu lado: era a Lua "dando uma piscadinha".
     Eu cuidei ela, e ela cuidou de mim. Juntos, caminhamos até a minha casa, onde tive de entrar e me cercar por 4 paredes. Minha despedida foi triste:
— "Eu preciso partir, minha doce companhia sorridente. Amanhã, certamente nos veremos mais uma vez. Prometo-te que meu próximo quarto terá uma sacada grande o suficiente para me deixar fugir e ir te encontrar. Até logo, inspiração."

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