Recent reviews by José

ta ficando enjoativo mas vamos que vamo

carrinho muito maneiro eu comprei :D

melhor jogo para se jogar casual

O Company of Heroes 2 é o jogo mais tático e estratégico que já joguei na vida, e olha que eu já joguei muitos jogos de estratégia na vida.

Eu não conhecia o Company of Heroes (1), mas já havia jogado (e terminado) todos os jogos de estratégia da série Warhammer 40K, do mesmo desenvolvedor, que são igualmente baseados na mesma abordagem profundamente tática e estratégica.

Decidi comprar o Company of Heroes 2 para jogá-lo mais depois de testá-lo gratuitamente no Free Weekend. Gostei muito. Assim como nos jogos da série Warhammer 40K (não sei qual veio primeiro), pequenas decisões, tomadas em segundos (ou frações de segundo), decidem o resultado de um encontro. A constante antecipação dos movimentos do adversário e o posicionamento (a logística) decidem o resultado da guerra (da partida) com muito mais força do que a produção em massa de unidades.

Mecanismos como o uso de cobertura (onidirecional e unidirecional) pela infantaria (cover, em inglês) abrem espaço para a movimentação, o posicionamento e o uso inteligente do cenário como elementos extremamente importantes (na maioria das vezes decisivos) para o sucesso de um encontro. É extremamente possível e comum ver um grupo de infantaria mais básico e barato forçar um outro, mais caro e especializado (às vezes até mesmo um especializado em combater infantaria), a recuar (fugir) simplesmente por estar numa posição mais favorável.

Os blindados (e veículos de maneira geral) possuem graus de blindagem variados na frente, nos lados e atrás. As diferentes características, como a presença ou não de torre (para o canhão poder girar independentemente da direção em que o blindado está indo), a velocidade de giro da torre, a taxa (frequência) de tiro, a velocidade, o calibre, o percusso e o alcance do projétil, a aceleração, a velocidade máxima, a taxa de curva e uma série de habilidades especiais, particulares de cada blindado, são fatores que trazem ao jogo o flanking (ataque por trás ou pelos lados) como o fator mais decisivo nos confrontos onde veículos (especialmente blindados) estiverem presentes. Um Tiger alemão (o "melhor" tanque do jogo, falando de maneira geral) pode simplesmente defletir (fazer desviar, deixando apenhas um arranhão) um projétil de calibre pesado que atinja sua blindagem frontal mas, ao mesmo tempo, sofrer sérios danos estruturais (com a possibilidade de atordoamento da equipe ou de destruição do motor) se o mesmo projétil (ou outro de calibre até menor) atinjir suas "costas". No Company of Heroes 2, o flanking é quase um jogo a parte, extremamente envolvente.

A eficácia das unidades, sejam elas infantaria, veículos de apoio, blindados ou artilharia, é determinada pelo esquema "pedra, papel ou tesoura". Posicionar a composição de unidades apropriadas para enfrentar o posicionamento e a composição adversária tem um efeito de peso incomparavelmente maior do que o de simplesmente tentar produzir mais unidades e avançar com todas de uma só vez. Uma única equipe de metralhadora pesada (HMG) corretamente posicionada pode fazer com que três ou quatro (ou mais) equipes anti-infantaria fiquem deitados no chão, imóveis (sem poder atirar nem fazer mais nada), deixando-lhes a fuga (retreat, ou corrida ininterrupta de volta à base) ou a morte como as única saídas.

Eu precisaria de muito mais parágrafos para discorrer acerca de todos os pontos que fazem deste jogo (de toda a série, na verdade) uma obra-prima. É melhor simplesmente jogar e conferir.