P͓̽I͓̽O͓̽L͓̽H͓̽O͓̽
Paraiba, Brazil
 
 
Jogo pelas histórias e escolho a dificuldade "fácil" quase sempre que possível. Meus gêneros favoritos são: RPG, Aventura/Exploração, VN, Ficção Interativa e Plataforma.

PC


Placa Mãe => MSI Pro B650M-P PCIe 4.0
Processador => AMD Ryzen 5 7600 6-Core 12-Threads 3.8 GHz (5.1GHz Turbo)
Placa de Vídeo => ASRock AMD Radeon RX 7900 GRE Challenger OC 16GB DDR6 256-bit PCIe 4.0
Memória RAM => Pichau Velvet 32GB (2x16GB) DDR5 5600MHz CL38
Armazenamento => SSD NVMe PCle 3.0 Pichau Rover 2TB (Leitura 2100 MB/s e Gravação 1500MB/s)
Cooler => Cooler Master MasterLiquid ML360 Mirror
Ventoinhas => Lian Li Uni Fan P28 120mm (6 un.)
Fonte => Pichau Nidus 750W 80 Plus Bronze
Gabinete => Pichau HX700A Enthusiast Edition


Periféricos


Monitor => LG OLED C1 55" 3840x2160 120Hz Freesync
Mouse => MG750-BK C3Tech
Teclado => Fortrek G Pro K7
Controle => Xbox Series S/X Carbon Black
Headset => JBL Quantum ONE
Webcam => Logitech C920e
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6.9 Hours played
Jogo fabuloso e injustiçado. Resumidamente, é um walking simulator de suspense com escassos QTEs. Se esta descrição te causa repulsa, sugiro parar a leitura por aqui e procurar outro jogo. Se não é o caso, te convido a continuar lendo.

Fort Solis se passa algumas décadas no futuro, quando a Terra começou a colonizar Marte. Você joga como Jack, um engenheiro da empresa Terra. O jogo começa com o protagonista e sua colega Jessica consertando o casco externo do Prospect One, uma plataforma de perfuração de Marte.

Tudo aparenta ser um procedimento padrão e os dois personagens tem conversas descontraídas entre si enquanto trabalham. Em um certo momento, descobrimos que este é o último turno de Jack antes de suas férias.

Então, de repente, um alerta é emitido pelo centro de pesquisa próximo ao local. Jack decide responder ao alarme de rotina pensando que não passa de uma falha de energia.

Em seu veículo, Jack segue em direção até o local num corte de cenas misto entre cutscenes e gameplays bem integradas que ilustram o trajeto pelo terreno marciano. A direção de cena do translado é impecável e une técnicas cinematográficas em relação a forma como a câmera se move com uma gameplay minimalista, mas suficiente.

Toda a cena inicial faz um ótimo trabalho em criar um setup da campanha de 6h que a procede. É válido destacar, que a arte dos personagens é lindíssima. É de um fotorrealismo expressivo que amplia as movimentações faciais e a desolação do cenário. É uma experiência como poucas outras e a prova de um design de jogo experimental que busca uma maneira única de contar uma história sem quebrar a imersão.

Continuando em relação a história, após estacionar o seu veículo e inutilmente tentar entrar em contato com a estação de pesquisa, Jack decide colocar o seu capacete e sair a procura de respostas. O jogo então começa a mostrar elementos que deixam subtendido que as coisas não são o que parecem. Descobrimos que um lockdown está em vigor, mas toda a equipe está desaparecida. O que está acontecendo? O que houve naquele lugar? Através de gravações de vídeo, áudio e email, Jack (e o jogador) vão aos poucos reunindo pistas sobre os eventos. Essas pistas não contam a história de forma linear e estão envoltas em mistério e intriga. Tudo o que posso dizer é que os eventos começam a ficar fora de controle e o que parecia ser um último turno tranquilo antes das férias de Jack se transforma em uma noite muito, muito longa. E em um certo ponto da narrativa, o jogador passa a controlar Jessica, mas revelar o motivo disto seria um spoiler.

Li várias reviews de pessoas que se incomodaram com a velocidade com que os personagens andam. Eu penso que é uma escolha de design dos desenvolvedores para refletir o estado psicológico dos personagens no jogo. Para Jack e Jessica eles chegaram ao local sem saber o que realmente está acontecendo. Ambos estão calmos, pois acreditam que tudo não passa de uma queda de energia. Portanto, correr não parece certo aqui para quem está calmo. O mesmo acontece novamente quando as coisas começam a piorar. É toda aquela coisa de lutar ou fugir, quando involuntariamente começamos a desacelerar na hora da tensão, em vez de acelerar.

Outro aspecto que fez este jogo se destacar foi que as localizações pareciam extremamente verossímeis. Cada cômodo tem uma história para contar. Você pode ver que esta costumava ser uma estação de pesquisa próspera e agora parece presa no tempo, enjaulada. Quase como se ela fosse um outro personagem. Além disso, quando Jessica chega ao local, a reação dela com o ambiente vai mudar dependendo das interações que Jack teve anteriormente.

Em termos de música e som, o jogo faz bem em criar aquele ar de tensão que preenche um amplo espaço. Passos ressoam, você pode ouvir partículas de poeira atingindo seu traje lá fora durante a tempestade, cada parte de seu traje faz um barulho enquanto se move enquanto você anda. É exatamente como você ouviria coisas na vida real. A música faz um ótimo trabalho construindo este mundo e atraindo o jogador para a tensão do jogo. Em nenhum ponto a trilha sonora está realmente na sua cara, e sim apenas sutilmente no fundo, fortalecendo a atmosfera.

No geral, estamos diante de uma experiência cinematográfica incrivelmente envolvente que ousa ultrapassar os limites de maneiras que alguns não aceitariam, enquanto outros verão o que realmente seu criadores estão tentando alcançar. Por fim, dois finais são possíveis de serem atingidos. E se você gosta de estar imerso em um mundo totalmente vívido com uma história envolvente que explora com os limites convencionais, tanto em sua abordagem narrativa quanto visualmente, então este jogo é certamente para você: aproveite a jornada.