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Recent reviews by LISA, Mona

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1 person found this review helpful
28.4 hrs on record
Seguindo a progressão clássica de como funciona um jogo de Resident Evil, Revelations realmente se mostra pensado pra ser jogado no portátil. Os episódios extremamente fragmentados carregam a ideia de se jogar em pequenas sessões que é algo característico dos jogos de bolso. E jogando na versão de mesa, isso fica bastante incomodo, mais do que qualquer textura em baixa resolução ou modelo com poucos polígonos para os padrões dos jogos de mesa da época. A estrutura semi aberta do cenário principal é sombreada pela divisão em episódios e pela própria lógica da narrativa, pois não é propício para a exploração, igual o complexo modelo tridimensional do mapa no menu faz parecer que é. A princípio ele se vende como um jogo aberto, mas ele é muito mais linear e direto ao ponto, fazendo com que a maioria das tentativas de exploração acabem sendo frustrantes. Duas coisas que ficam perdidas na tradução do portátil para a mesa é a falta da mira em primeira pessoa e o suporte a visualização em 3D, que são detalhes, mas são coisas interessantes que infelizmente ficam relegadas apenas a versão do 3DS e impedem a versão de mesa ser considerada uma versão definitiva.
Agora que esses pontos sobre a adaptação foram tirados da frente, vou falar mais diretamente do jogo.
A preocupação em estabelecer um clima de terror ligado a bastante escuridão e pouca disponibilidade de luz é uma boa novidade na série. Tenho a impressão que eles fizeram isso porque não conseguiram criar cenários muito complexos e expressivos, vide as longas sessões de corredores que o jogo tem. Esses corredores são lugares bastante repetitivos e pouco marcantes, que se não fosse a linearidade do jogo, deixaria tudo muito confuso. Essa monotonia causada pelos infinitos corredores sem graça fazem se destacar bastante os espaços mais complexos, como o Cassino; O Salão de Jantar; O Salão dos Elevadores ou as Cabines de Comando. Que eu acho que são sub utilizados apesar do quão bem feito são, provavelmente a linearidade do jogo tenha atrapalhado nisso.
Adoro eles tentarem fugir dos zumbis e construirem monstros novos pra esse jogo, ficaram bem característicos e marcantes (pelo menos o monstro comum). Esses monstros serem mais fortes e mais individuais ajuda bastante na construção do clima de terror, porque um encontro numa esquina pode acabar com você facilmente dependendo da dificuldade.
A complexidade de movimentação dos inimigos vem junto com a própria complexificação das suas possibilidades de combate. Atirar e andar é permitido pela primeira vez na série. Combinando isso com um sistema de modificação de armas que possibilita você usar de maneira bem livre as armas que mais gosta, faz com que o jogo entregue uma das melhores estruturas de ação da franquia até então. E esse combate só não se destaca tanto exatamente por ser sub utilizado também, graças aos mapas simplificados e o abandono do sistema de arenas de combate.
Existem alguns pragmatismos aqui na necessidade do jogo se provar um Resident Evil. Um deles é o uso de enigmas, que são tradicionais da série, mas aqui eles parecem estar presentes apenas pra cumprir tabela do que tem que haver em um jogo dessa franquia. Fracos e pouco presentes. Outro por exemplo é trazer para a narrativa figuras conhecidas, seja colocando os clássicos Hunters do primeiro jogo de volta ao invés de criar uma nova ameaça, seja trazendo protagonistas que já estão presente excessivamente nos outros jogos. Sobra pouco espaço para os novos personagens se desenvolverem. A dupla Keith e Quint, que trazem um ar de frescor para a série, são totalmente jogados pra escanteio, infelizmente.
Uma tradição que tinha se estabelecido desde o quarto jogo da franquia e retorna aqui é a história rocambolesca envolvendo bio terrorismo e conflitos internacionais. É brega e piegas, mas é um trama política açucarada o suficiente pra você curtir aquele mundo com bastante calma. Principalmente se for pra ser jogado em pequenas sessões igual era o plano inicial para o portátil
Adoro o processo de renovação que a série Resident Evil teve ao longo dos anos, eles se recusam a se engessar e sempre tentam algo minimamente novo de tempos em tempo. Mas esse jogo tenta se passar pra ser algo da série principal da franquia, mas o menor escopo (em orçamento e tipo de videogame) deixa escancarado que aqui foram usadas boas ideias, mas que murcham um pouco por não conseguirem dimensionar bem até onde eles poderiam atuar com qualidade.
Posted 23 September, 2024.
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9.3 hrs on record
muito detalhado e profundo
Posted 7 March, 2020.
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28.8 hrs on record (25.6 hrs at review time)
Ainda descobrindo os impactos reverberados.
Posted 24 November, 2017.
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