Primeiro de tudo, eu preciso dizer que estava morrendo de medo desse jogo me decepcionar (até porque eu não esperava muito mesmo) e acabar sendo uma experiência péssima. Mas, na verdade, eu gostei mais do que achei que fosse gostar.

Aqui a gente acompanha o Marcus, um personagem carismático e que é, de fato, um grande acerto nesse jogo — já que, na prequel, o Aiden é praticamente uma tábua. O Marcus consegue te empolgar e animar pra conhecer mais dele. Em poucos minutos de jogo, você já entende que ele é uma espécie de prodígio, mas que ainda não chegou no seu ápice. Dá aquela sensação de que a Ubisoft finalmente decidiu acertar e que, daqui pra frente, seria só pra cima… mas aí aconteceu Watch Dogs: Legion.

Continuando no tema de personagens: seguindo a campanha principal, a gente encontra os membros da DedSec, um grupo de hackers ao qual o Marcus se junta pra tentar derrubar a grande corporação que controla tudo nesse mundo — a Blume (já já eu volto nela). Entre os membros da DedSec, temos:

- Sitara (responsável pela propaganda do DedSec),

- Josh (programador e especialista em segurança),

- Horatio (análise de dados)

- e, finalmente, Wrench (engenheiro e praticamente um faz-tudo).

Pra mim, de todos os personagens da DedSec, o que mais se destaca é o Wrench — e não é à toa que ele é o que tem mais desenvolvimento (ainda que, pra mim, seja insuficiente; eu queria ver mais do passado dele sendo explorado). Ele consegue te cativar só com o visual, e quando abre a boca, aí que você sente mesmo o quão interessante o personagem é. Sério, eu jogaria uma campanha inteira só com ele.

Agora, voltando à Blume: fiquei surpreso com o quanto a Ubisoft conseguiu trabalhar bem essa corporação. É quase como se a própria empresa e o ctOS fossem personagens também, de tão bem construídos e representados que são dentro da história.

Gostaria de destacar também o worldbuilding. A Ubisoft é muito boa quando se trata de representar locais reais nos seus jogos — e aqui não é diferente. San Francisco está linda, e é realmente um prazer andar pela cidade. Isso ajuda bastante na imersão, e é algo que merece ser destacado. Porém, estamos falando da Ubisoft, então não dá pra tudo ser perfeito. A falta de atividades no mundo aberto acaba deixando um pouco a desejar. Basicamente, toda a cidade disponível pra explorar fica entediante depois de algumas horas. Acredito que, se tivessem adicionado alguns eventos aleatórios, isso já resolveria bastante coisa.

Ainda dentro desse raciocínio, tem outro ponto que eu gostaria de ressaltar: o modo online. Parece que a Ubisoft não colocou eventos aleatórios justamente por causa dele. Como funciona? Basicamente, toda vez que você entra no jogo, já está hospedando uma sessão online, e qualquer outro jogador pode entrar a hora que quiser pra fazer o que deveriam ser os “eventos aleatórios” do jogo. Isso me desanimava bastante de explorar, porque eu percebia que, se eu quisesse mais conteúdo no mundo aberto, teria que jogar online com alguém.

E não me entenda mal — eu não sou uma pessoa que odeia jogos online. Mas, quando eu jogo um single player, eu quero jogar A PORRA DO SINGLE PLAYER. Se eu quisesse jogar com outras pessoas que eu não conheço, eu não estaria jogando esse tipo de jogo. De verdade, acho que esse sistema foi um dos maiores erros que a Ubisoft já cometeu.

No geral, eu sinto que aqui a gente tem um jogo bem “padrão Ubisoft” — mas é um padrão bem feito. Segue a formulazinha, mas ainda consegue te divertir, com uma história boa e até importante. Saca?

This is definitely one of the best Ubisoft game. Can't believe this is the same Ubisoft who make ♥♥♥♥ like SW Outlaw, AC Mirage. What happened to this studio.

BEST GAME I EVER PLAYED,MY FAV GAME IN MY LIFE